A Carreira De Baggio Após O Pênalti Perdido Em 94

A carreira de Baggio após o pênalti perdido em 94 – 17/07/2024 – Esporte

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“Só aqueles que têm coragem de espancar um pênalti erram. Eu fracassei dessa vez. Ponto. E me afetou por anos. Foi o pior momento da minha curso. Eu ainda sonho com isso. Se eu pudesse extinguir um momento da minha curso, seria esse.”

Na autobiografia “Una Porta Nel Cielo” (Uma Porta No Firmamento), de 2001, o ex-meia-atacante italiano Roberto Baggio deixa muito simples o possante impacto que lhe causou o pênalti perdido contra o Brasil na final da Despensa do Mundo, em 1994.

Ele recorda ainda na obra estar “muito lúcido” quando se dirigia à marca da cal, e que planejava chutar no meio do gol, a meia profundidade, para evitar que o goleiro brasílico Taffarel defendesse o pontapé com os pés. “Infelizmente, e eu não sei uma vez que, a globo subiu uns 3 metros e foi por cima do travessão.”

Religioso —Baggio se converteu ao budismo em seguida suportar uma grave lesão no início da curso—, o italiano chegou a reportar o ex-piloto de F1 Ayrton Senna, que havia falecido meses antes da decisão nos Estados Unidos, entre as possíveis razões para a cobrança desperdiçada.

“Nunca havia cobrado um pênalti por cima do gol. Acho que foi o (Ayrton) Senna que puxou aquela globo para o eminente. Acredito que foi ele que fez o Brasil vencer”, afirmou em entrevista ao “Esporte Espetacular” em 2010.

Apesar do susto sofrido naquele 17 de julho há 30 anos no estádio Rose Bowl, em Pasadena, “Il Divin Codino” (A Trança Divina) —sobrenome recebido devido ao rabo de cavalo característico— conseguiu dar a volta por cima e levantar taças importantes pelos clubes que passou, embora nunca com o mesmo cintilação individual de antes.

De volta à Juventus de Turim em seguida o Mundial nos Estados Unidos, Baggio ajudou a equipe a levantar a taça do Campeonato Italiano na temporada 1994/95, encerrando um hiato de nove anos, com recta a três assistências na partida que sacramentou o título contra o Parma.

Participou também da campanha vitoriosa da Velha Senhora na Despensa da Itália e no vice-campeonato da Despensa da Uefa, em 1995.

O desempenho rendeu novidade indicação ao Prêmio Esfera de Ouro, da revista France Football, e de melhor jogador do mundo da Fifa (Federação Internacional de Futebol). Baggio já havia vencido ambos em 1993, quando guiou a Juventus rumo ao título da Despensa da Uefa. Mas, dois anos depois, acabou perdendo a disputa para o liberiano George Weah, do Milan.

Em julho de 1995, acertou sua transferência para o Milan, principal força do futebol italiano à idade, ficando novamente com a taça de vencedor pátrio na temporada 1995/96.

Mesmo com as conquistas, o jogador perdeu espaço na ‘Azzurra’ devido a desavenças com o técnico Arrigo Sacchi, que deixou o meia fora da Euro de 1996. A seleção italiana não passou da tempo de grupos, ficando em terceiro na sua chave detrás da Alemanha e da República Tcheca, campeã e vice do torneio naquele ano, respectivamente.

Depois de uma falta de quase dois anos, Baggio voltou a receber oportunidades sob o novo comando de Cesare Maldini, anotando um dos gols na vitória por 3 a 0 contra a Polônia, pelas Eliminatórias para a Despensa de 1998.

Fazendo uma boa campanha pelo modesto Bologna, para onde havia se transferido uma vez que forma de atuar com mais frequência do que em Milão, Baggio garantiu sua convocação à Despensa da França.

Na estreia do Mundial de 98, contra o Chile, deu o passe para Christian Vieri perfurar o placar, mas viu o atacante Marcelo Salas fazer dois e virar o jogo. Quando o cronômetro já se aproximava dos 40 minutos do segundo tempo, Baggio tentou cruzar na espaço, mas a globo desviou na mão do protector chileno Fuentes. O próprio Baggio foi para a cobrança do pênalti, bateu réptil no quina recta e converteu, tornando-se o primeiro italiano a marcar em três edições da Despensa.

Nas quartas de final, em seguida empate em zero a zero contra a França, a partida foi novamente para a decisão por pênaltis. Baggio abriu as cobranças pelo time italiano e converteu, mas Albertini e di Biagio perderam, com os anfitriões avançando rumo ao primeiro título mundial contra o Brasil.

O craque ainda chegou a ter o nome cogitado para disputar a Despensa de 2002, mas acabou fora da relação final de convocados do técnico Giovanni Trapattoni, que não se convenceu de que o jogador estava capaz a tutorar a equipe em seguida suportar uma grave lesão no joelho no início da temporada.

Por clubes, Baggio passaria ainda pela Inter de Milão, onde formou dupla com Ronaldo e alcançou o vice da Despensa da Itália, seguindo depois para o pequeno Brescia, onde encerrou a curso, em 2004.

Ao todo, entrou em campo em 700 partidas, com 317 gols. Pela seleção italiana, foram 56 jogos, com 27 bolas na rede.

“Naquele momento [logo após perder o pênalti na final da Copa de 1994], eu acusei o golpe, mas também tomei uma decisão sobre meu horizonte. Poderia permanecer chorando pelo resto da vida ou poderia levantar a cabeça para tentar dar a volta por cima. Essa escolha acabou determinando meu horizonte”, afirmou o italiano em entrevista recente ao periódico La Republicca.

Folha

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