À Espera De Angra 3, Energia Nuclear No Brasil Quer

À espera de Angra 3, energia nuclear no Brasil quer se mostrar segura

Brasil

O viajante que passa pela Rodovia Rio-Santos (um trecho da BR-101) e se aproxima do limite entre as cidades de Enseada dos Reis e Paraty, no Sul Fluminense, tem a oportunidade de visitar o Observatório Nuclear. O espaço é uma mistura de mirone com vista para a Médio Nuclear Almirante Álvaro Alberto, onde ficam as usinas Enseada 1, 2 e 3 – esta última em construção – e um meio de informações.

O visitante encontra objetos, simulações e painéis interativos pelos quais pode aprender porquê funcionam as usinas nucleares. O espaço faz segmento de um esforço da Eletronuclear, estatal que administra e opera as usinas, para apresentar a pujança nuclear porquê uma operação limpa e segura.

Entre os objetos expostos estão uma réplica de reator, equipamento da usina onde há a fissão nuclear – subdivisão do núcleo do urânio. Na réplica, é provável visualizar que o combustível (pastilhas de urânio) fica empilhado e solitário dentro de varetas, que funcionam porquê uma blindagem.

Cada pastilha é um pouco mais grossa que uma moeda e tem capacidade de pujança equivalente a 22 caminhões-tanque carregados com óleo diesel.

Outra mostra no meio de informações ilustra porquê a chuva captada no mar é usada para resfriar o vapor gerado pela fissão, porém sem contato qualquer com a radiação.

Geração

O processo de geração de pujança consiste basicamente em usar o calor emitido pela fissão para aquecer uma quantidade de chuva que circula pelo reator e gerar vapor. Essa chuva é captada em rios, passa por um processo de desmineralização antes de passar pelo reator e fica em um rotação fechado, ou seja, não há perda, é um processo de looping, porquê nos chafarizes.

A pressão do vapor gerado aciona as turbinas que geram a pujança elétrica. Para entender porquê o vapor é capaz de “exercitar força”, basta pensar no que acontece com a válvula da tampa de uma panela de pressão.

Depois de acionar as turbinas, o vapor é condensado (passa do estado gasoso para líquido), e a chuva volta para o reator. O processo de geração de pujança é considerado limpo, uma vez que não se emitem gases causadores do efeito estufa.

Combustível

Esse processo cria resíduos radioativos, que precisam ser armazenados com segurança. “Todas as indústrias geram resíduos, nós também geramos. Só que temos a obrigatoriedade de fazer a guarda de todo esse material”, explica o superintendente da Partilha de Gerenciamento de Rejeitos e Combustível Usado, Rodrigo Vieira da Fonseca.

Um dos principais resíduos são as pastilhas de urânio. Em seguida usadas, elas continuam produzindo calor e irradiação. Por isso, quando são trocadas, precisam permanecer anos em piscinas de resfriamento dentro da própria usina.

Neste ano, pela primeira vez, as usinas de Enseada iniciaram o processo de transporte do urânio usado das piscinas para Unidade de Armazenamento Complementar a Sedento de Combustível Irradiado (UAS). Na prática, isso representa que há uma liberação de espaço nas piscinas.

A UAS fica em um terreno a firmamento cândido a centenas de metros do prédio da usina. Para serem transportadas e armazenadas no novo rumo, são blindadas em grandes toneis de aço preenchidos com concreto, chamados de Hi-Storm.

A primeira tempo de transferência teve início no dia 26 de abril e deve terminar em 30 de setembro, quando serão transferidos unicamente os elementos de Enseada 2. A movimentação dos combustíveis de Enseada 1 para a UAS será em 2025 e em 2026.

“O combustível usado é muito muito controlado, de forma que os riscos são, praticamente, mínimos. Tanto o controle de chegada das pessoas, porquê a própria embalagem onde estão armazenados fornecem essa proteção, essa blindagem, de maneira que ninguém fique exposto”, detalhou Rodrigo Fonseca à Escritório Brasil. A reportagem conheceu o multíplice de usinas a invitação da Eletronuclear.

De entendimento com a estatal, o tipo de armazenamento na UAS é similar ao usado em 70 usinas americanas, sem qualquer registro de vazamento de material radioativo. O projeto garante a segurança em casos de terremotos, tornados e inundações, entre outros acidentes.

A primeira tempo de transferência preencherá a UAS com 15 unidades de Hi-Storm. Em seguida a transferência do urânio utilizado em Enseada 1, o número será 48. O UAS tem capacidade para 72, o que representa capacidade para até 2045.

Rodrigo Fonseca ressalta que o urânio usado não pode ser considerado um rejeito, pois ainda há pujança nas pastilhas. Inclusive, acrescenta Fonseca, alguns países têm processos de reciclagem do material. O Brasil ainda não aplica essa solução.

Rejeitos

A operação das usinas nucleares gera rejeitos, porquê ferramentas e uniformes contaminados por radiação. No cotidiano de Enseada 1 e 2, há rigoroso processo de identificação de materiais contaminados, para que não haja poluição ambiental e risco às pessoas dentro e fora da médio nuclear.

Esse material é solitário em tonéis de aço e em pequenos contêineres para serem levados à Médio de Gerenciamento de Rejeitos (CGR), um repositório formado por três galpões. Atualmente há muro de 7,9 milénio volumes estocados no espaço.

O superintendente do Departamento de Rejeitos e Proteção Radiológica, John Wagner Amarante, conta que três princípios são observados para manter a segurança do material contaminado: blindagem, intervalo e tempo. “Todo material radioativo, com o passar do tempo, tende a atividade tombar”.

Os conteúdos são monitorados regularmente, e alguns itens, quando considerados livres de radiação, são descartados.

Amarante reforça que, apesar de ter “subproduto radioativo”, as usinas nucleares, diferentemente de outras indústrias específicas, “não causam contaminação do ar, nem do lençol freático”.

Os galpões de armazenamento de rejeitos no multíplice de Enseada têm capacidade para até 2030. A Percentagem Vernáculo de Vigor Nuclear (Cnen), órgão regulador da atividade nuclear no país, tem a responsabilidade de fabricar reservatórios definitivos para os rejeitos, sejam de usinas ou outras indústrias que usam a atividade nuclear, porquê a medicina e alimentícia.

A Cnen comanda o projeto Núcleo Tecnológico Nuclear e Ambiental (Centena), que cuidará dos resíduos definitivos. De entendimento com descrição do projecto, é previsto um período de operação da instalação de 60 anos e de vigilância, depois seu fechamento, de 300 anos.

Países da Europa, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e África do Sul já têm repositórios de rejeitos radioativos.

No Brasil, o projeto está em tempo de escolha de lugar de implantação. A Escritório Brasil procurou a Cnen para obter detalhes sobre o curso, mas não recebeu retorno.

Caso não haja uma solução da Cnen até 2028, a Eletronuclear buscará uma solução no próprio terreno da médio nuclear, “seja por construção de novo galpão ou encontrando novidade tecnologia de armazenamento”, explica Amarante.

Laboratório ambiental

Na médio nuclear, funciona um laboratório de monitoração ambiental. Regularmente são feitos testes para verificar se há qualquer tipo de contaminação no solo, ar, mar, fauna e flora, em uma superfície que vai de Enseada dos Reis à vizinha Paraty.

“Não foram encontrados valores significativos que induzam a crer que há impactos no meio envolvente”, afirma, sobre a operação da médio nuclear o supervisor de Proteção Radiológica, Jayme Rodrigues.

As usinas Enseada 1 e 2 captam 110 milénio litros de chuva do mar por segundo. Para ter teoria do volume e da velocidade: é porquê se enchesse uma piscina olímpica em 30 segundos. Essa chuva passa por um rotação que atua na condensação do vapor gerado pelo reator. Em seguida o processo de resfriamento, a chuva do mar é liberada novamente ao oceano, sem qualquer contato físico com material ou substâncias contaminadas.

O deságue é na Praia do Laboratório, na costa de Enseada dos Reis, a 1,2 quilômetro das usinas. Por justificação do processo, a chuva encontra o mar muro de 10º Celsius (C) mais quente que a temperatura do oceano, sendo que não pode, de forma alguma, superar 40º C.

O laboratório faz análises detalhadas da praia, para conferir que a diferença de temperatura não esteja afetando a vida marítima. Uma vez que não há morte de espécie de peixes, o impacto ambiental é considerado não significativo.

Uma vez que a chuva que deixa as usinas não é contaminada, a praia é liberada para uso de banhistas. Consta no lugar unicamente uma sinalização da pequena correnteza formada.

Engenharia e treinamento

O superintendente apenso de Enseada 2, Douglas Ribeiro Salmon, explica que a segurança da operação nuclear é baseada em uma conjunção de fatores, porquê engenharia de blindagem – com prédios reforçados contra vazamentos, maquinário com manutenção regular e treinamento de mão de obra especializada.

“O projeto de engenharia é muito poderoso, os sistemas são redundantes, a segmento eletrônica, os equipamentos têm especificação muito subida. Isso tem que estar desempenado com o treinamento e a preparação técnica”, ressalta.

As duas usinas contam com simuladores das salas de comando, que reproduzem exatamente o funcionamento do “cérebro” das instalações.

Fukushima

Depois do acidente na usina nuclear de Fukushima, no Japão, em março de 2011, causado por um terremoto seguido por tsunami, a Médio Nuclear Almirante Álvaro Alberto criou um projeto para implantar novas medidas de segurança nas unidades.

Em 2011, ondas atingiram geradores de pujança, o que causou interrupção do processo de resfriamento da usina japonesa.

Em Enseada, depois estudar as falhas de Fukushima, foi criado uma espécie de quartel-general de emergência, com geradores a diesel, suplente de diesel e outros equipamentos que ficam no cimalha do Morro do Urubu, perto das usinas. Há uma relação com a médio nuclear, de forma que um acidente não impeça que o processo de resfriamento seja interrompido e cause acidentes.

“Foi criada uma estrutura justamente para poder fazer frente a um evento qualquer que fuja das bases de projetos nos quais foram concebidas as usinas”, explica o assistente da Superintendência de Coordenação da Operação, Ronaldo Cardoso. Ele acrescenta que os prédios das usinas são reforçados com concreto e aço. “Se tombar um avião ali, não vai sobrevir zero.”

Comunidade

A despeito dos procedimentos de segurança, a existência de riscos de acidente faz com que a Eletronuclear realize recorrentes simulações de emergência, envolvendo funcionários, moradores de vilas residenciais e comunidades vizinhas.

Os exercícios simulados de retirada de habitantes contam com até 1,2 milénio pessoas, incluindo agentes da usina, da prefeitura, resguardo social, sucursal reguladora e órgãos ambientais. De vestuário, nunca foi preciso fazer uma operação de evacuação, segundo a empresa. Os grandes bairros habitados mais próximos da Médio Nuclear Almirante Álvaro Alberto ficam sobre 3,5 quilômetros.

O superintendente da Assessoria de Planejamento de Emergência, Francisco Vilhena, reconhece que o vestuário de a médio nuclear ter chegada rodoviário unicamente pela BR-101 é um fator de atenção regular, uma vez que são comuns casos de deslizamentos na estrada durante chuvas fortes.

Segundo Vilhena, em casos que deslizamentos não identificados, é feita uma avaliação do cenário de risco e, porquê prevenção, a usina pode ser desligada. “Você mantém a tranquilidade até que a estrada seja desobstruída”, diz.

Entre funcionários da Eletronuclear há a percepção de que segmento da preocupação que algumas pessoas têm com a pujança nuclear é motivada pela questão de Chernobyl, usina da antiga União Soviética que sofreu uma explosão em 1986, depois um teste malsucedido e liberou uma enorme nuvem radioativa que se espalhou por outros países da Europa.

Uma vez que consequência direta, 31 pessoas morreram. Mas dezenas ou até centenas de milhares perderam a vida para doenças porquê o cancro, relacionadas aos altos níveis de radiação.

Licenciamento

O licenciamento ambiental para operação da médio nuclear é emitido pelo Instituto Brasiliano do Meio Envolvente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que faz séquito regular do funcionamento das usinas.

Em março de 2023, o instituto aplicou duas multas a Enseada 1 por justificação do descarte irregular de substância radioativa e por descumprimento de condicionante estabelecida na licença de operação, que foi a notícia tardia do vazamento.

A grande premência de desvelo regular com a operação da usina e com o rumo dos rejeitos radioativos faz com que grupos de ambientalistas sejam contrários ao funcionamento da médio nuclear. Um dos coletivos mais atuantes da região é Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê).

Por meio de campanhas, os ativistas põem em incerteza a eficiência dos planos de emergência, citam a questão de ter unicamente uma rodovia de chegada e exigem a geração de repositório definitivo para os rejeitos radioativos.

*A reportagem da Escritório Brasil viajou ao Multíplice Nuclear em Enseada dos Reis/RJ a invitação da Eletronuclear

Fonte EBC

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