À Espera Do Gabarito, Candidatos E Professores Avaliam Provas Do

À espera do gabarito, candidatos e professores avaliam provas do CNU

Brasil

A segunda-feira foi marcada por análises do teor das questões, correção extraoficial e comentários sobre as provas do Concurso Unificado, que foram aplicadas nesse domingo (18). O tema dominou as redes sociais, enquanto os candidatos vivem momentos de espera pela publicação dos gabaritos oficiais preliminares, na página do concurso, prevista para esta terça-feira (20). 

A criadora de teor do dedo e advogada, Rebeca Velozo, por exemplo, compartilhou em sua conta do Instagram as impressões dela sobre as provas. Ela fez o inspecção no Recife, para o conjunto temático 7, o de Gestão Governamental e Governo Pública. Rebeca contou que vinha estudando para carreiras jurídicas antes do concurso unificado e, segundo ela, os temas foram mais genéricos. Por isso, a advogada admite não ter se debruçado aos estudos para uma preparação eficiente e prestou a prova para conferir o novo formato.

“É melhor do que os [concursos] de decoreba. A proposta, desde o início, era de não querer uma pessoa que decore, mas, uma pessoa que entenda. As questões trouxeram um contexto, uma historinha e cobraram um concepção. O que [os organizadores do concurso] querem é que você saiba aquele ponto e consiga responder à questão, muito mais do que lembrar de coisas muito específicas. E um concurso público precisa ser uma grande tamis para filtrar as pessoas que vão para a segunda lanço do concurso”, disse a concurseira à Sucursal Brasil.

Já a jornalista Raquel Monteath achou que as provas, também do conjunto temático 7, foram cansativas, mas muito elaboradas. “A redação foi muito tranquila e adorei o tema sobre a situação do recluso no sistema prisional e a atuação do agente penitenciário. Na secção da tarde, as questões da secção específica foram cansativas. Houve aquele esforço físico e foi complicado voltar do almoço, aquela agonia do trânsito em Recife. Zero é fluido e tudo impacta”, relembrou. Ela também disse ter se surpreendido com o índice de continência, supra de 50%.

“Quando o concurso foi posposto, senti que muita gente pensou: ‘agora é a minha chance’. Uma vez que passou de maio para agosto, vai dar tempo.’ Quem tinha estudado, teve mais chance de revisar os conteúdos e quem não tinha [estudado], ia debutar. Por isso, fiquei surpreendida com o cima número de abstenções”, completou.

Em Brasília, a sanitarista Laís Relvas prestou um concurso público pela primeira vez. Laís se preparou para o processo seletivo em um curso online. “A prova foi extremamente interessante. Acredito que eles [do governo federal] buscaram, e vão conseguir, selecionar um perfil de servidor público comprometido com a transformação social, com os objetivos da governo pública, com a moral, com os direitos humanos, com as minorias”, afirmou.

Ela disse, no entanto, que seria melhor mais tempo para a prova discursiva. “Particularmente, acho que o tempo da manhã poderia ser um pouco maior considerando a [prova] discursiva. Meu grande duelo foi a gestão do tempo. Eu terminei a redação do jeito que foi verosímil “, contou.

Sem ter se devotado ao concurso, a assessora de prensa Lídia Maia, que prestou a prova na Ceilândia (DF), acredita não ter chance de aprovação no CNU e que, agora, vai focar nas provas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a serem aplicadas em 8 de dezembro. “A prova foi muito técnica e muito cansativa, por ser o dia todo. Não gostei do formato. Pela manhã, o tempo foi pouco para fazer a redação e as questões. Meu foco, agora, será o concurso do TSE Unificado.” 

Termo de professor

O professor de português e governo, Eduardo Cambuy, disse à Sucursal Brasil que as dificuldades das provas estavam equilibradas, com questões de compreensão mais simples e outras mais complexas. “O grande diferencial foi a forma uma vez que foi cobrada. Ao invés de  uma pergunta mais direta e objetiva, havia sempre uma contextualização que o candidato precisava interpretar o texto em cima, verificar os gabaritos inferior para ver qual resposta não respondia ao texto supra, porque sem fazer isso, por exemplo, o candidato poderia ter várias respostas possíveis no gabarito”. 

Sobre a continência de 54% dos inscritos, o professor afirmou que o percentual era esperado devido ao número significativo de candidatos e pela vagar na realização do concurso, em seguida o diferimento de maio para agosto, justificado pelas chuvas no Rio Grande do Sul.  “Concursos com menos inscritos têm um percentual de 25% a 30% de continência. Concursos que batem 800 milénio a 1 milhão de inscritos, normalmente, têm uma continência maior. O do Banco do Brasil teve mais de 1 milhão de inscritos e 50% de continência. Uma vez que teve um espaço de tempo, por razão do diferimento do concurso, houve um desânimo, muitas pessoas acreditaram que não iam sustentar o estudo ao longo do tempo. E durante o trajectória, muitos outros concursos foram abertos, as pessoas foram desviando para outras oportunidades que já estavam esperando”.

O professor observou que não houve prova de língua portuguesa, o que tornou o torneio muito dissemelhante dos tradicionais. “Acho compreensível não ter questões de língua portuguesa para focar na secção mais temática e relevante. É mais espaço que a gente tem para cobrança de assuntos de teor do função. Informática e português são assuntos que são quase pré-requisitos. Portanto, esse tipo de reforço não, necessariamente, seleciona candidatos, Essa foi a escolha do CNU e acho que pode manter assim, desde que tenha uma redação para estimar a cultura linguística na escrita.”

O perito defende que o protótipo deve ter outras edições e ser usado para seleção de servidores públicos de outros Poderes. No entanto, destacou que é preciso aprimorar pontos uma vez que o tempo de duração, a distribuição de matérias cobradas e evitar número excessivo de retificações de editais. “Algumas retificações prejudicaram muitos alunos, mudando a regra do jogo em cima da hora”, concluiu o professor Cambuy.

Eliminação

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou nesta segunda-feira (19) que os candidatos do Concurso Público Pátrio Unificado (CNU) que não preencheram toda a identificação do cartão de respostas serão eliminados. 

Uma vez que o concurso tinha vários tipos de prova, era preciso identificar a prova no cartão-resposta, onde é marcado o gabarito. O edital do CNU informa que o candidato deverá marcar o tipo de prova que consta na capote da sua prova nos respectivos cartões-resposta, sob pena de eliminação. A informação também estava escrita na primeira página de todas as provas do concurso. 

CNU

O Concurso Público Pátrio Unificado contou com inscrições de 2,1 milhões de candidatos, porém, o registro é de que muro de 1 milhão de inscritos participaram das provas.

Os cadernos de provas já estão disponíveis para consulta . O gabarito prévio será disponibilizado nesta terça-feira (20).

A divulgação do resultado definitivo está prevista para 21 de novembro e a lanço de convocação para posse e realização de cursos de formação será iniciada em janeiro de 2025.

Fonte EBC

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