'a Fotografia é O Espelho Da Sociedade', Afirma Sebastião Salgado

'A fotografia é o espelho da sociedade', afirma Sebastião Salgado após prêmio em Londres

Celebridades Cultura

Fotógrafo brasiliano é o grande homenageado do ano pela Organização Mundial de Retrato. Mostra em parceria com o ‘Sony World Photography Awards’ expõe 50 imagens da curso de Salso na Somerset House. Sebastião Salso posa para foto na Somerset House, em Londres, durante entrevista sobre prêmio em reconhecimento a sua curso oferecido pela Organização Mundial de Retrato
Benjamin Cremel/AFP
O fotógrafo Sebastião Salso, que apresenta em Londres uma retrospectiva de seus 50 anos de curso, explicou, em uma entrevista à AFP, que é preciso “conscientizar” as pessoas sobre o desmatamento do planeta.
“A retrato é o espelho da sociedade”, acrescentou, depois de ser premiado em Londres por sua curso, resumindo o objetivo que buscou com meio século de trabalho, concentrado nos últimos anos na proteção da natureza.
Salso apresenta na ‘Somerset House’ de Londres, a partir desta última sexta-feira (19) até 6 de maio, uma pequena mas representativa seleção das centenas de milhares de fotografias de sua curso.
“É uma seleção. Você nunca fica satisfeito, porque são murado de 50 fotografias e tão poucas não podem simbolizar 50 anos de curso. Cada uma representa um momento da minha vida que foi muito importante para mim”, disse.
Sebastião Salso posa para foto na Somerset House, em Londres, durante entrevista sobre prêmio em reconhecimento a sua curso oferecido pela Organização Mundial de Retrato
Benjamin Cremel/AFP
A exposição é consequência do prêmio facultado a ele pela Organização Mundial de Retrato, com sede em Londres, em reconhecimento à sua curso, e acompanha outra exposição mais ampla dos “Sony World Photography Awards” de 2024.
“É o prêmio pelo trabalho de uma vida”, afirmou, reconhecido, Salso.
Mais um prêmio
Sebastião Salso adiciona assim mais um prêmio à sua longa curso, na qual conta, entre muitos outros, com o Prêmio Príncipe das Astúrias das Artes de 1998.
“Um fotógrafo tem o privilégio de estar onde as coisas acontecem. Em uma exposição uma vez que esta, as pessoas me dizem que sou um artista e eu digo que não, sou um fotógrafo e é um grande privilégio ser um fotógrafo. Tenho sido um emissário da sociedade da qual faço segmento”, enfatizou.
Depois estudar Economia, Salso começou a fazer fotografias em 1973 e nunca mais deixou esse mundo.
Em 1998, ao lado da esposa Lelia, fundou o Instituto Terreno, em sua luta pelo reflorestamento da Amazônia brasileira e do planeta em universal.
“Perdemos 18,2% da Amazônia. Mas não foram exclusivamente os brasileiros ou outros países dessa região que destruíram isso, foi a nossa sociedade de consumo, por uma terrível premência de consumo que temos, de ganância”, afirmou.
“Se conseguirmos conscientizar as pessoas de que, juntos, poderíamos fazer as coisas de outra maneira, poderíamos salvar essa grande floresta da qual dependemos para a biodiversidade e também para esta grande suplente cultural que são os povos indígenas que vivem na Amazônia”, acrescentou.
Sebastião Salso na Somerset House, em Londres, durante entrevista sobre prêmio em reconhecimento a sua curso oferecido pela Organização Mundial de Retrato
Benjamin Cremel/AFP
Aquecimento global
Ao desmatamento progressivo do planeta, somou-se nos últimos anos o aquecimento global e a perda de chuva, segundo Salso.
“Há um segundo drama tão importante quanto o aquecimento global, que é a perda de chuva. O sul da França é um lugar onde sempre choveu e, nos últimos anos, uma grande quantidade de comunidades lá está sendo abastecida no verão por caminhões de chuva. Isso era um tanto que acontecia na África e agora está acontecendo na Europa, estamos perdendo chuva”, afirmou.
“Mas o pior com o aquecimento, com a perda de chuva, é a perda da biodiversidade. Estamos perdendo biodiversidade a uma velocidade terrível. Temos que fazer um tanto porque senão, daqui a alguns dias, vai ser complicado. As vegetais não têm polinização porque não têm insetos. A Alemanha, nos últimos 40 anos, perdeu 70% de sua biodiversidade”, indicou.
“É preciso levar a informação, não é que as pessoas sejam más, é que falta informação correta e conscientização das pessoas”, acrescentou.
Nesta última lanço da vida, Sebastião Salso continua a luta pela resguardo do meio envolvente sem maiores objetivos profissionais.
“Só me falta morrer agora. Tenho 50 anos de curso e completei 80 anos. Estou mais perto da morte do que de outra coisa. Uma pessoa vive no supremo 90 anos. Portanto, não estou longe, mas continuo fotografando, continuo trabalhando, continuo fazendo as coisas da mesma forma”, explicou.
“Não tenho nenhuma preocupação nem nenhuma pretensão de uma vez que serei lembrado. É minha vida que está nas fotos e zero mais”, concluiu o fotógrafo.
Sebastião Salso posa para foto na Somerset House, em Londres, durante entrevista sobre prêmio em reconhecimento a sua curso oferecido pela Organização Mundial de Retrato
Benjamin Cremel/AFP

Fonte G1

Tagged

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *