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‘A música pop atual não tem vida’, diz Moby com novo álbum – 13/06/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

“Oi?”, uma voz suave surge na rua estreita nas colinas de Hollywood, perto do famoso Griffith Park, em Los Angeles. Mas não há ninguém por perto, somente dois cães brincando e mulheres passeando pelas trilhas do lugar. “Oi?”, a voz fica mais subida e, por trás de arbustos e protegido pelas sombras dos carvalhos, aparece Moby.

Pode parecer um encontro inusitado para quem guarda na memória a imagem de Moby uma vez que o DJ, cantor, instrumentista e produtor que ajudou a popularizar a música eletrônica na viradela da dezena de 1990 para 2000. Mas esse superstar das pistas que bebia todas, lotava shows pelo mundo, namorava atrizes hollywoodianas e vendia milhões de discos não existe mais

Prestes a lançar seu 24º álbum, “Always Centered at Night”, Moby, de 58 anos, prefere “permanecer em mansão e fazer música”. O comportamento mudou não só com a idade, mas com o veganismo, ativismo ambiental e a sobriedade —ele não bebe há tapume de dez anos.

Ele vendeu sua antiga mansão, a réplica de um forte, em 2014. “Se eu gostasse de fazer festas, teria sido perfeito. Mas era somente eu sentado na cozinha, lendo a The New Yorker”, afirma o músico, agora vivendo numa mansão mais discreta que teve a garagem reformada para acoitar seu estúdio de gravação e um galeria onde mantém seus prêmios empilhados, que incluem discos de ouro e platina.

Nascido Richard Melville Hall, em Novidade York, Moby não esconde suas prioridades. Acorda antes do sol raiar na Califórnia e mantém uma rotina de jornada às manhãs pelo parque. “Virei o velho que conhece todas as trilhas”, brinca o artista que, há poucos dias, encontrou Christopher Nolan, seu vizinho de bairro, saindo de moletom uma vez que “um pai normal”.

“Um dos aspectos mais valiosos daqui é a natureza, um pouco similar à floresta da Tijuca no Rio de Janeiro, que nos mostra que os humanos não são o núcleo do universo. O que não deixa de ser irônico, já que há muito narcisismo em Los Angeles.”

Ele menciona que teve breves encontros com a morte no meio da natureza. O primeiro foi nos montes que formam as cavernas Bronson, mais conhecidas por serem a ingresso da caverna da série do Batman dos anos 1960. O músico ficou recluso no cimeira sob o olhar de coiotes e só conseguiu evadir ao segurar as vegetação que mantinham a terreno firme.

O segundo foi quando encontrou um urso enorme se alimentando no meio da Angeles National Forest. “Caminhei de costas lentamente, mas pensei uma vez que seria interessante se ele tivesse me O músico Moby, que lança o álbum ‘Always Centered at Night’ Lindsay Hicks/Divulgação matado ali, no meio do zero. Veio a aprovação de que não seria tão ruim”, lembra o artista.

Saindo da boca de Moby, a frase não soa tão mórbida. “Penso na morte sempre. Estranho que a humanidade faz tudo em seu poder para não pensar nisso, mas é um veste. Achamos que a podemos ocupar ao ignorar tudo isso”, afirma Moby.

“Quando eu morrer, serei reciclado. Está no meu testamento. Quero ser enterrado da maneira mais ecologicamente responsável, o que acredito ser com um ‘terno de cogumelos’, essencialmente um saco de dormir biodegradável pleno de esporos de cogumelos.”

Antes desse ciclo da vida se completar, o músico continua trabalhando todos os dias em novas faixas, com uma vigor invejável. “Always Centered at Night”, que estreia nas plataformas digitais nesta sexta-feira,traz 13 músicas em parceria com artistas de diversos países, uma vez que o cantor americano Serpentwithfeet, o poeta britânico Benjamin Zephaniah e J.P. Bimeni, nascido no Burundi. “Comecei a procurar vozes que não conhecia e virou esse processo quase antropológico”, afirma.

O disco foi inspirado nas casas noturnas e lojas de discos de Novidade York das décadas de 1970 e 1980, quando “a dance music não tinha identidade e as pessoas dançavam com qualquer gênero”. “Queria fazer um álbum de dance, mas que não fosse moderno”, diz, avesso à tendência dos “featuring”.

“A grande maioria é marketing. Não importa a qualidade da voz, mas o número de seguidores nas redes sociais. Prefiro trabalhar com uma cantora maravilhosa a uma cantora notoriedade”, ele afirma. “Talvez pensasse dissemelhante se tivesse 20 anos.”

Talvez, mas Moby tem quase seis décadas de vida e 20 milhões de discos vendidos. Ele está em silêncio com sua posição na indústria fonográfica e não tem susto de fazer críticas.

“A música pop atual não tem vida. A música pop atual não tem zero a ver com música. Tem a ver com redes sociais combinadas com notabilidade”, diz. “Os artistas não estão tentando gerar venustidade ou um pouco reptador, novo e dissemelhante. Querem somente fazer um pouco que vai invocar a atenção do algoritmo do TikTok. Imagine tentar lançar agora ‘Stairway to Heaven’, uma música de sete minutos com dois minutos sem vocais.”

Moby evita opinar sobre Taylor Swift porque não quer “ser crucificado por seus seguidores” e revela gostar de “algumas coisas” de Kendrick Lamar. A sentimento é a de que sua cabeça está no ativismo ambiental. Ele excursionará pela Europa pela primeira vez em uma dezena na comemoração dos 25 anos do álbum “Play”, que vendeu quase três milhões de cópias, mas doará o seu cachê para organizações dos direitos dos animais.

“Será completo, com toda a filarmónica. Todos vão lucrar salário, menos eu. Sou consciente do quantia que fiz e do que ainda faço. Não paladar de luxo. Quando você encontra um pouco mais importante que sua própria vida, o objetivo é trabalhar para isso”, diz o músico, que acrescenta já não ter uma relação peculiar com a obra que mudou a sua curso.

“Sou grato por isso ter me feito testar o mundo da notabilidade. Pessoas famosas não são interessantes, tendem a ser mimadas. Mas só pude rejeitar a notabilidade depois de vivenciar isso”, afirma ele.

Moby não descarta uma novidade visitante ao Brasil com o show que ele apelidou uma vez que um “Greatest Hits”. “Odeio quando vou a um show e o artista não toca a música que quero ouvir”, afirma o artista. “Vamos ver uma vez que serão as apresentações na Europa. Não paladar de viajar e tenho problemas para dormir. Palato de permanecer em mansão e fazer trilhas.”

Folha

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