Abertura Da Copa De 2014 Mergulhou Corinthians Em Dívida

Abertura da Copa de 2014 mergulhou Corinthians em dívida – 12/06/2024 – Esporte

Esporte

Quando Andrés Sanchez, em seu primeiro procuração porquê presidente do Corinthians, anunciou no dia 1º de setembro de 2010 a construção do estádio do clube, afirmou que a obra custaria R$ 335 milhões.

No ano seguinte, a estádio em Itaquera, na zona leste de São Paulo, foi anunciada porquê lugar da orifício da Despensa do Mundo de 2014, disputada há exatos 10 anos, quando o Brasil venceu a Croácia, por 3 a 1.

Na inauguração do campeonato, o preço final da obra havia saltado para R$ 985 milhões (R$ 1,9 bilhão em valores corrigidos), muito supra do dispêndio original, que revisto para 2024 seria de R$ 875 milhões.

Segmento desse aumento é atribuída às estruturas provisórias que o estádio teve durante o Mundial, com duas arquibancadas provisórias detrás dos gols, que aumentavam a capacidade de 48 milénio para 64 milénio lugares. A equipe alvinegra, todavia, não chegou a fazer nenhuma partida no lugar antes da retirada das estruturas.

Durante anos, o conta exato da dívida pela novidade vivenda alvinegra foi motivo de disputas internas no Parque São Jorge. Conselheiros de oposição criticavam, sobretudo, a falta de transparência da diretoria.

Em 2019, uma percentagem instaurada pelo Parecer Deliberativo apontou que o clube devia R$ 1,03 bilhão à Odebrecht, construtora responsável pela obra, fora o financiamento com a Caixa Econômica Federalista.

O valor era questionado por Andrés, sob o argumento de que partes da obra prevista no orçamento não haviam sido concluídas. Aliás, o clube afirmava ter repassado tapume de R$ 380 milhões à Odebrecht por meio de CIDs (Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento). Em setembro daquele ano, a empresa e o clube anunciaram um entendimento pelo termo da dívida. O Corinthians teria concordado em remunerar R$ 160 milhões para zerar a questão.

O projeto original do estádio era de autofinanciamento. A Odebrecht pagaria pela obra com seus recursos e depois recuperaria o moeda com receitas geradas pela estádio. Seria formada uma SPE (Sociedade de Propósito Específico), figura jurídica geral em incorporações imobiliárias em que uma segmento entra com o terreno (o Corinthians) e outra com a obra.

A estrutura financeira para a realização do projeto consistiria no empréstimo repassado pela Caixa no valor de R$ 400 milhões, além dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento), cedidos pela prefeitura, estimados na quadra em R$ 420 milhões.

Também estavam previstas “receitas provenientes da exploração mercantil da estádio”, conforme descrevia a ata de uma das reuniões da percentagem. A principal manancial seria a venda dos “naming rights”, estimados pelo clube em R$ 450 milhões —zero que a percentagem chamou de “superestimada”.

Quase sete anos em seguida a inauguração do estádio, em 2020, o clube vendeu o nome da estádio para a Hypera Pharma por R$ 300 milhões, em um contrato de dez anos que batizou o lugar com Neo Química Estádio. A morosidade para comercializar a propriedade é apontada porquê um dos motivos que inflacionaram a dívida com a Caixa.

Uma dezena em seguida o estádio ter sido palco da orifício da Despensa do Mundo, apesar do pagamento de parcelas ao longo dos anos, a dívida com o banco estatal não caiu porquê o clube projetava devido a juros, correções e encargos, provocados por atrasos na quitação do financiamento.

De entendimento com o relatório da consultoria EY divulgado no final de maio, sobre receitas, custos e despesas de 28 times das Séries A e B do Campeonato Brasílio, o clube ainda deve R$ 703 milhões à Caixa.

A dívida é reajustada pelo CDI (Certificado de Repositório Interbancário, que acompanha a taxa Selic) mais 2% ao ano.

Em 19 de novembro de 2023, a menos de uma semana da última eleição no Parque São Jorge, a diretoria, portanto sob comando de Duilio Monteiro Alves, chegou a anunciar um novo entendimento com a Caixa.

A proposta previa a quitação totalidade do débito com o saldo restante do contrato de “naming rights” somado a uma carteira de precatórios —títulos de admissões de dívidas do governo (estadual, municipal ou federalista) com pessoas ou empresas, mas sem um prazo de pagamento.

O pregão foi criticado pela oposição, encabeçada à quadra por Augusto Melo, por ocorrer na reta final do processo eleitoral do Corinthians e ainda depender da aprovação de órgãos públicos —aprovação que acabou não ocorrendo depois.

No pleito, Melo derrotou o candidato da situação, André Luiz Oliveira, o André Negão.

O atual presidente do Corinthians considera que a dívida é um entrave para sanar a saúde financeira do clube. “Nós precisamos permanecer livres disso, porque com isso nós não temos várias receitas da estádio. Logo, precisamos quitar essa dívida”, disse ele em recente entrevista à Band.

No orçamento deste ano, o Corinthians prevê passar R$ 80 milhões à Caixa, em quatro parcelas. O valor do pagamento é arrecado, sobretudo, com a bilheteria dos jogos. Desde sua inauguração, o estádio é motivo de orgulho para os corintianos e foi usado pelo clube nas campanhas de cinco títulos: do Brasileiros (2015 e 2017) e três Paulistas (2017, 2018 e 2019).

O clube estima que já tenha pagado R$ 265 milhões ao banco estatal. Desde 2023, o Corinthians paga exclusivamente os juros do financiamento. O valor principal começará a ser quitado a partir de 2025. A equipe do Parque São Jorge tem até 2041 para quitar o débito.

Ao somar o débito com as demais dívidas do Corinthians, a consultoria aponta um valor de R$ 1,58 bilhão, montante que, de entendimento com a empresa, faz do clube o mais endividado do país.

Traço do tempo

Janeiro de 2009

São Paulo apresenta à Fifa (Federação Internacional de Futebol) um projeto para reformar o Morumbi. Clube se dispõe a atender todas as exigências da entidade para receber a Despensa do Mundo de 2014.

Junho de 2010

Comitê Organizador Lugar da Despensa anuncia que o São Paulo não apresentou as garantias financeiras referentes ao projeto de modernização do estádio. Morumbi acaba descartado pela Fifa.

Agosto de 2010

Corinthians apresenta à Fifa o projeto de um estádio para 48 milénio pessoas, em parceria com a Odebrecht, com capacidade para receber a orifício da Despensa do Mundo. Clube recebe escora da CBF e do governo do estado de São Paulo para homiziar os jogos do Mundial.

Outubro de 2010

Fifa aprova o projeto do Corinthians, mas admite preocupações com estruturas temporárias e se nega a ajudar financeiramente.

Setembro de 2011

Corinthians assina contrato para a construção do estádio, com a presença de Luiz Inácio Lula da Silva, à quadra já porquê ex-presidente da República. Político assina o contrato porquê testemunha.

Outubro de 2011

Fifa anuncia que o estádio do Corinthians será o palco da orifício da Despensa do Mundo de 2014.

Maio de 2014

Estádio do Corinthians é inaugurada com roteiro do time alvinegro para o Figueirense pelo Campeonato Brasílio.

Junho de 2014

Seleção brasileira vence a Croácia por 3 a 1 na orifício da Despensa do Mundo de 2014, no estádio do Corinthians.

Maio de 2016

“Se não fosse para a Despensa do Mundo, teria sido muito mais simples, e teria tido muito menos dispêndio para o Corinthians. Mas o Corinthians atendeu um pedido da prefeitura e do governo do estado. Uma exigência, aliás”, diz Andrés Sanchez, em entrevista ao UOL.

Folha

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