Em entrevista ao g1, atores falam sobre voltar a trabalhar juntos na 1ª série de Gyllenhaal. Produção que estreia nesta quarta (12) atualiza livro e filme de 1990, estrelado por Harrison Ford. Jake Gyllenhaal e Peter Sarsgaard falam sobre ‘Supra de qualquer suspeita’
“Supra de qualquer suspeita” é daquelas séries que tem tantas credenciais que fica até difícil elencá-las por influência. Em ordem aleatória, a história de mistério, homicídio e tribunal é:
a primeira série da longa curso de Jake Gyllenhaal, indicado ao Oscar de ator coadjuvante por “O sigilo de Brokeback Mountain” (2005);
o reencontro dele com seu cunhado, Peter Sarsgaard (casado com Maggie, mana de Jake), em papeis opostos;
uma novidade adaptação do livro best seller de Scott Turow. O filme de 1990 foi estrelado por Harrison Ford;
e o encontro de David E. Kelley, ex-advogado e produtor de televisão gigantesco que criou clássicos uma vez que “Ally McBeal” e “Big little lies”, e J. J. Abrams, diretor de dois dos três filmes da trilogia mais recente de “Star Wars”.
Os dois primeiros episódios estreiam nesta quarta-feira (12) na Apple TV+, a plataforma de vídeos da obreiro do iPhone. Os outros seis capítulos serão lançados semanalmente.
Mistérios
A série segue a mesma trama de livro e de filme, mas atualiza alguns dos pontos que não envelheceram tão muito.
Gyllenhaal interpreta o mesmo personagem que foi de Ford, um promotor respeitado que se torna o principal suspeito do homicídio de sua colega e amante (Renate Reinsv).
Jake Gyllenhaal e Renate Reinsve em cena de ‘Supra de qualquer suspeita’
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Enquanto tenta manter a família unida, ele luta para provar a inocência e enfrenta no julgamento o macróbio rival vivido por Sarsgaard.
A experiência parece ter sido aprazível para a dupla, que, além da proximidade familiar, já trabalhou junta em filmes uma vez que “Soldado Anônimo” (2005), “O suspeito” (2007) e “O culpado” (2021).
Pareados para uma série de entrevistas de divulgação, dois dos atores mais talentosos de sua geração ficam tão relaxados a ponto de Peter soltar um elevado (e muito leal) miado antes mesmo da primeira pergunta, para a consternação de Jake – e do repórter.
A experiência não impede que a conversa prossiga, por mais que o mistério por trás da razão de tal sintoma seja maior até que o da série.
Estreia
Ao contrário do cunhado, Sarsgaard já esteve em um bom número de séries. Pela mais recente delas, “Dopesick”, recebeu uma indicação uma vez que ator coadjuvante ao Emmy.
Apesar de tantas boas experiências, não foi isso que determinou a estreia de Gyllenhaal uma vez que estrela de uma série própria posteriormente 33 anos de curso (com 43 de idade, o ator começou cedo, com 11).
“Vi o Peter fazer algumas de suas melhores atuações no longo formato da televisão. Vê-lo fazer isso foi definitivamente uma grande influência para mim”, diz ele.
“Mas, para mim, realmente foi uma questão de estar interessado no formato e também trabalhar com David E. Kelley e J. J. Abrams e ter a oportunidade de meio que explorar.”
“Para mim, não importou necessariamente se era televisão ou um filme, era um grupo de pessoas fazendo um pouco muito interessante que eu queria estar envolvido.”
O-T Fagbenle e Peter Sarsgaard em cena de ‘Supra de qualquer suspeita’
Divulgação
Detestáveis
“Supra de qualquer suspeita” não é do tipo de série com um herói evidente. Também não é verosímil considerar o protagonista um anti-herói.
Pelo menos ao longo dos sete primeiros episódios, disponibilizados para a prensa, todos são potenciais suspeitos – e a inocência do personagem de Gyllenhaal nunca é garantida.
Do outro lado, o promotor vivido por Sarsgaard também é um dos homens mais detestáveis da ficção recente. Aos 53 anos, o ator não se preocupa com isso.
“Muita vontade é gasta, da segmento dos atores em todos os lugares, em fazer o público gostar deles o tempo todo. Se você não se preocupar com isso, aparentemente muitos públicos se perguntam por que não queremos que gostem”, afirma o americano.
“Não é que eu quero que você não goste dele. É que eu não estou preocupado se você vai gostar dele. Estou só seguindo para onde ele me leva. O ponto de vista dele. As únicas pessoas que estou tentando convencer na série não é você, é o júri. Essas são as pessoas que eu penso a reverência, que quem eu sonho, que eu quero convencer.”
Jake Gyllenhaal e Bill Camp em cena de ‘Supra de qualquer suspeita’
Divulgação
Fonte G1
