Alice Braga Viaja Pelo Multiverso Na Série Matéria Escura

Alice Braga viaja pelo multiverso na série Matéria Escura – 08/05/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Multiversos se tornaram uma ordenado nas telas, chegando até o Oscar, historicamente pouco interessado em filmes de ficção científica. A premiação recentemente laureou “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” e “Varão-Aranha no Aranhaverso”, mesmo sob protestos de quem vê o tema porquê uma legado infantilizada do cinema de super-heróis.

Mas há quem queira explorar caminhos mais maduros para a teoria de que vidas alternativas às nossas correm em paralelo, em outros universos. Em “Material Escura”, o jornalista americano Blake Crouch se cercou de conceitos da física quântica para entrar na discussão, que agora leva ao streaming numa minissérie de mesmo nome.

Com estreia no Apple TV+ nesta quarta-feira (8), “Material Escura” narra a história de um físico que leciona para universitários desinteressados, mas que ao menos volta para uma família amorosa e feliz ao término do dia.

Uma notícia, porém, perturba a vida ordenada de Jason Dessen, papel de Joel Edgerton. Um camarada que preferiu investir na curso, abrindo mão da segurança de um núcleo familiar sólido, recebe um cobiçado prêmio de sua dimensão de pesquisa, inebriando o protagonista de inveja.

A contragosto, Jason vai à comemoração do camarada, mas é surpreendido por um sequestro. Ao convencionar do opioide que lhe dão, descobre ser, agora, um gênio da física e solteirão. Não lentidão muito até sabermos que seu sequestrador é uma versão de si mesmo vinda de uma veras paralela, que toma seu lugar no mercantil de margarina que é sua vida.

“Eu nunca vi o tema do multiverso num contexto parecido, tão pé no pavimento. É uma trama que poderia estar falando da minha vida, de tão humana que é. Todos nós nos digladiamos com a pergunta: ‘Estou feliz com a minha vida?’”, diz Matt Tolmach, produtor que brincou com o noção nos filmes do Varão-Aranha de Tom Holland e de Andrew Garfield.

“O interesse pelo tema deve ter um tanto a ver com as redes sociais, com o traje de sermos bombardeados por vidas idealizadas, fabricadas, perfeitas. Gera um tipo de frustração silenciosa”, completa Crouch.

Ele trilhou o vasqueiro caminho do romancista que adapta as próprias obras para o cinema ou a TV, já que não queria que um estranho estragasse ou, pior, melhorasse um de seus filhos, porquê diz o autor-roteirista do terror “Wayward Pines” e do policial “Good Behavior”.

“Material Escura” provoca o testemunha com seus dois Jasons. Um preferiu investir no trabalho e chegou à vida adulta profissionalmente realizado, porém solitário. O outro assumiu um fruto e casou cedo, o que lhe trouxe satisfação pessoal, mas não sem comprometimentos no ofício. Qual das duas vidas é a mais completa e qual é a mais medíocre, se é que podemos ceder à tentação de assim rotulá-las?

Numa das realidades de Jason, Jennifer Connelly surge porquê a mulher atenciosa e leal. Na outra, Alice Braga faz uma pesquisadora que trabalha em seu importante projeto de física. A atriz brasileira também já remexeu na teoria de multiverso em sua curso, no blockbuster “O Esquadrão Suicida”, uma espécie de remake precoce –ou releitura a partir de outro universo– do grupo de supervilões da DC Comics.

Braga conta também ter encarado as perguntas impostas pela série ao longo da curso. Sobrinha de Sonia Braga, outra que rompeu a bolha do cinema pátrio e fez sucesso em Hollywood, ela tem boa segmento da vida pautada pelas viagens entre Estados Unidos e Brasil.

Porquê o segundo Jason de “Material Escura”, ela também abriu mão de muita coisa para se estabelecer no ofício, colecionando uma variedade de papéis que vão do sucesso pátrio “Eduardo e Mônica” às séries estrangeiras “We Are Who We Are” e “A Rainha do Sul”. Sua agenda é enxurrada, basta olhar as entradas em seu currículo nos últimos anos.

“Mesmo que ‘Material Escura’ seja uma ficção, ela fala de questões que todos nós vivemos. Na vida do Jason não existe escolha certa ou errada, a felicidade está ali, tudo depende da lente com a qual você olha”, afirma ela, que tem um presciência sobre a popularidade crescente das realidades paralelas.

“Eu acho que a gente explorou tanto, na ficção, a viagem no tempo, que agora chegou a vez de explorar a teoria de estarmos em vários mundos ao mesmo tempo. Talvez por uma questão de tecnologia no cinema ou pelo próprio aprofundamento da física quântica essas histórias se multiplicaram. São artifícios que ajudam a abordar esse ordenado questionamento do ‘e se?’.”

Essa incerteza se impôs recentemente. Na ressaca do sucesso de “Eduardo e Mônica” e diante de um governo que pôs as leis de incentivo ao audiovisual para funcionar novamente, Braga viu crescer a vontade de voltar a fazer cinema no Brasil.

Na bifurcação de realidades que se apresentou a ela, decidiu tomar, para o horizonte breve, o caminho de volta ao lar, e agora tem lido uma série de roteiros para, em breve, manar nas telas nacionais novamente. “Estou morrendo de saudade.”

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *