Vencedor entre casas com capacidade supra de 10 milénio pessoas
Em dezembro do ano pretérito, o técnico de futebol Abel Ferreira, do Palmeiras, reclamou da quantidade de miçangas no gramado do Allianz Parque, onde seu time havia jogado. Na verdade, o campo não tinha só os trates das “pulseiras da amizade” dos fãs de Taylor Swift, mas sobras de bebidas e outras sujeiras.
Essa cena, depois as três apresentações que uma das maiores cantora pop do mundo fez na redondel de um dos maiores clubes de futebol do país, é um bom retrato da disputa que se instaurou em torno do Allianz Parque no pós-pandemia. Inaugurado em 2014, o estádio surgiu de um convenção bom para Palmeiras e WTorre —a construtora entrou com o quantia, em troca de poder realizar eventos no espaço, e o time ganhou uma lar para jogar.
Dez anos depois, a corda nunca esteve tão esticada para o lado dos shows, em relação ao futebol. Tem a ver com um mercado de música ao vivo aquecido por uma demanda reprimida nos dois anos depois da pandemia, mas também, e talvez principalmente, com os atributos do Allianz. Por fim, há vários estádios na cidade, mas nenhum com estrutura tão propícia para receber shows.
Começa pela localização. Em verificação com o MorumBis, o Allianz é mais próximo do metrô —neste caso, a estação Barra Fundíbulo—, e está numa região mais mediano quando equiparado à NeoQuimica Redondel. Apesar de o estádio do Corinthians ser colado no metrô, shows podem atrasar e terminar quando ele já está fechado. Quando isso acontece, por exemplo, na lar do São Paulo, conseguir um coche de aplicativo nas ruas estreitas do bairro da zona sul é uma tarefa árdua —e no extremo leste, no caso da NeoQuimica, o cenário não é dissemelhante.
Há também questões de estrutura mais complexas. Se o MorumBis existe desde o ano 1960, a NeoQuimica Redondel foi feita na mesma era que o Allianz, mas com uma diferença —foi pensada para atender às exigências da Fifa para a Despensa do Mundo. Já o estádio do Palmeiras foi pensado para se encaixar nas demandas das produtoras de shows, com um recuo para a instalação dos palcos, entre outras facilidades.
Se é o predilecto das produtoras de megashows, para o público é também o espaço que oferece o melhor serviço. Porquê é fechado, tem uma acústica que permite que o som não se disperse tão facilmente, ao mesmo tempo que os ecos não atrapalham a audição. As cadeiras e arquibancadas também são próximas ao gramado, o que melhora a visão nessas áreas.
No caso de shows em estádios, nem sempre é provável enxergar com nitidez os artistas no palco. Além das questões de proporção, naturais em apresentações dessa grandeza, a depender do artista e da turnê, os palcos mudam de tamanho, formato e profundeza, assim uma vez que os telões. Não dá para estimar o Allianz pelas estruturas instaladas pelas empresas que fazem essas mega-apresentações.
Mas o que o estádio do Palmeiras oferece é suficiente para colocá-lo uma vez que vencedor do prêmio da categoria de casas de shows com capacidade superior a 10 milénio pessoas deste próprio. Os corredores são amplos e é fácil circunvalar por eles, assim uma vez que costuma ser tranquilo ir ao banheiro. A passeio até a rua quase sempre é breve —mesmo em shows lotados.
Embora não sejam avaliados nesta edição por serem operados por empresas diferentes, os cinco camarotes do estádio que têm ingressos vendidos para o público funcionam também durante os shows.
São experiências atípicas de conforto em shows feitos em estádios. Para o show de Taylor Swift no Backstage Mirone, quem desembolsou muro de R$ 6.000 tinha chegada individual à pista premium —o torrinha fica detrás do palco—, além de open bar e food exclusivos e sarau por duas horas depois da apresentação.
Os que querem mirar em uma experiência de subida gastronomia podem saber o Braza, especializado em carnes, o italiano La Coppa ou o nipónico Nagairô, que vendem pacotes com ingressos e menus fechados, além de visão direta para o ponto onde os palcos são montados.
No La Coppa, uma ingressão de R$ 1.500 para a apresentação de Caetano Veloso com Maria Bethânia, por exemplo, inclui entradas, três pratos principais e duas sobremesas, além de open bar e chegada a cadeiras externas.
É muito verdade que o Allianz tem ganhado concorrência, muito pela subida demanda por espaços dessas dimensões. Nos últimos meses, por exemplo, a NeoQuimica recebeu uma edição do show “Tardezinha”, de Thiaguinho. Paralelamente, o estádio do Pacaembu está em vias de reabrir.
Outrossim, o MorumBis, que comporta mais gente que o Allianz, teve shows de Coldplay, RBD e Red Hot Chili Peppers no ano pretérito. O estádio do São Paulo também tem agora um convenção de exclusividade com a produtora Live Nation, uma das maiores do mercado —os shows de Bruno Mars, no segundo semestre deste ano, já são fruto dessa parceria.
Mas zero disso deve tirar o protagonismo do Allianz, que inclusive passou a relatar com mais festivais e shows nacionais em seu calendário. São os casos do GP Week, com Kendrick Lamar, e do I Wanna Be Tour, com Simple Plan, e das apresentações de Ney Matogrosso, Caetano Veloso com Maria Bethânia, Titãs e ForFun, entre outros.
Agenda
Allianz recebe Lauryn Hill (18 jun.), Ney Matogrosso (10 ago.) e Caetano Veloso com Maria Bethânia (14, 15 e 18 dez.)
Conheça
Outros espaços com shows internacionais são Carioca Club (r. Cardeal Arcoverde, 2.899, Pinheiros) e Tokio Marine Hall (r. Bragança Paulista, 1.281, Várzea de Reles)
Allianz Parque
Av. Francisco Matarazzo, 1.705, Chuva Branca, zona oeste. Instagram @allianzparque. Programação em allianzparque.com.br