Ana de armas é assassina e expande john wick em

Ana de Armas é assassina e expande John Wick em Bailarina – 03/06/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Um delito brutal seguido por uma promessa de vingança é sempre um substância saboroso nas franquias de ação hollywoodianas. E se “John Wick” gerou piadas –por segmento de seus próprios personagens– por dar início a uma cruzada sanguinária em seguida a morte de um cachorrinho, “Bailarina” torna tudo mais dramático ao pôr uma moço para testemunhar o assassínio do pai em seu prólogo.

No derivado da franquia estrelada por Keanu Reeves, Ana de Armas assume o papel de uma órfã acolhida pela organização criminosa Ruska Roma depois de perder o pai, ele próprio um criminoso profissional. Ela divide seus anos de formação entre aulas de balé, luta e tiro, numa curiosa junção que serve tanto para mascarar o teatro que é sede do grupo, quanto para turbinar o físico de suas recrutas.

Em seus anos de treinamento, é somente quando Eve deixa de confrontar sua força à dos homens com quem luta que ela consegue, enfim, triunfar no rigoroso processo de formação. “Lute porquê uma pequena”, diz uma professora antes de a protagonista virar aluna réplica.

“Eu nunca pensei que eu faria filmes de ação, porque nunca me vi porquê uma pessoa atlética”, disse De Armas em sua passagem pelo Brasil em dezembro, quando “Bailarina” foi apresentado ao público da CCXP, principal feira de cultura pop da América Latina.

“Tem sido muito legítimo e é um gênero no qual eu senhor trabalhar agora. Em próprio neste caso, com uma personagem que enfrenta esses homens enormes. Eu aprendi a gostar do processo e da dor que vem com ele. Exige muito em termos de preparação do corpo, eu vivia mandando fotos dos meus hematomas para o Ian [McShane, seu colega de elenco].”

Não é a primeira vez que a atriz cubana acerta colegas de elenco com socos e chutes. Ela fez uma ponta na última vez em que Daniel Craig vestiu o smoking de James Bond, em “007: Sem Tempo para Morrer”. Sexy e perigosa, sua espiã desferiu golpes num jantar de gala, surpreendendo os inimigos com as pernas torneadas que saltavam da fissura em seu vestido. Já em “Agente Oculto”, ela ganhou mais espaço, mas dividiu os holofotes com Ryan Gosling e Chris Evans.

Em “Bailarina”, De Armas é o meio das atenções. Ao buscar vingança pela morte do pai, ela se vê no meio de uma guerra não declarada entre a Ruska Roma e aquela responsável por sua tragédia pessoal.

Não há muito mais a proferir sobre a trama, que põe Eve em rota de colisão com o Chanceler, chefão do delito vivido por Gabriel Byrne, mas não sem antes apresentar desafios que testam as habilidades e a sede de vingança da protagonista. Um dos obstáculos, que acaba por se tornar seu mentor, é o próprio John Wick, numa participação próprio de Reeves.

De Armas conta que recebeu dicas do ator, que estrelou o quarto filme da saga há dois anos. Ela diz que ambos treinavam juntos e que sua disciplina a inspirou na hora de gravar as cenas de ação. “Mesmo quando estava tarde, o Keanu continuava no set. Ele não queria ir embora, porque ele é muito profissional e quer muito viver essa franquia ao sumo.”

Dicas valiosas, vindas da estrela de uma franquia de ação sólida, daquelas que raramente encantam tanto público, quanto sátira. Em “Bailarina”, o diretor Len Wiseman se aproveita desse status para lançar mão de momentos megalomaníacos, mesmo que pouco críveis.

Também houve espaço para aprendizados com o diretor dos filmes originais, Chad Stahelski. Talvez um pouco mais do que isso, na verdade. “Bailarina” precisou passar por gravações de novas cenas, depois do término solene das filmagens, que se arrastaram por semanas, sobre as quais a equipe do filme vêm pondo panos quentes.

“Não foram refilmagens, só filmagens extras”, disse Wiseman na passagem pelo Brasil. “Todos amaram o filme e queriam que expandíssemos algumas coisas que haviam sido originalmente cortadas –o que eu respeitei e gostei de fazer. O repto neste filme era trazer um tanto novo, mas também ser leal à teoria original.”

Em seguida aglomerar US$ 1 bilhão, muro de R$ 5,7 bilhões nas bilheterias mundiais, a franquia “John Wick” agora testa seu apelo com uma novidade protagonista, abrindo caminho para um universo compartilhado próprio.

Dois outros derivados estão em desenvolvimento, um sobre a personagem de Rina Sawayama em “John Wick 4: Baba Yaga”, no que deve ser uma homenagem aos filmes de kung fu, e outro em estilo de anime. O quinto capítulo da saga principal, que segue John Wick, também está em pré-produção.

Folha

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