Após Chora Em Tóquio, Biles Quer Testar Limites Em Paris

Após chora em Tóquio, Biles quer testar limites em Paris – 05/07/2024 – Esporte

Esporte

Simone Biles chegou aos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, porquê o maior nome da história da ginástica artística. Esperava-se dela múltiplas medalhas, a maioria de ouro.

A norte-americana deixou o Japão um tanto constrangida, com somente um bronze nas disputas individuais–um “somente” que só faz qualquer sentido porque estamos falando de um dos grandes esportistas de todos os tempos, com 37 medalhas entre Mundiais e Olimpíadas. E essa medalha de bronze de três anos detrás é tratada por ela porquê uma das mais importantes de sua curso.

Biles, com somente um bronze individual e uma prata por equipes, foi a grande personagem dos Jogos de Tóquio. Ao desistir da disputa da maioria das finais, por questões de saúde mental, deu visibilidade ao tópico e trouxe à tona o noção de que “tudo muito não estar muito”. Agora, ainda que não esteja exatamente curada, acredita estar pronta para exibir seu fenomenal talento nos Jogos de Paris.

“Nunca imaginei ir a outra edição dos Jogos Olímpicos depois de Tóquio, dadas as circunstâncias. Nunca pensei que poderia estar de novo no ginásio, girando, sentindo-me livre”, disse a desportista de 27 anos, na semana passada, quando assegurou sua classificação, superando todas as compatriotas no torneio seletivo norte-americano.

Essa liberdade não foi experimentada no Japão. Simone relatou uma sensação estranha já no embarque em 2021, porém a guardou para si, em tentativa de não passar instabilidade às companheiras mais jovens. Apesar do desconforto, avançou em primeiro lugar na disputa individual universal e se classificou também para a final de cada um dos quatro aparelhos.

Antes da primeira decisão, porém, que seria a competição por equipes, em um treinamento ela teve “twisties”, que ocorrem quando um ginasta se perde no ar durante o movimento, alguma coisa muito perigoso. Ela comparou a situação a pactuar um dia tendo se esquecido de porquê guiar um sege.

“Você não tem controle sobre seu corpo. Você faz uma coisa por tanto tempo e, de repente, não tem mais controle. É aterrorizante”, afirmou.

Ainda assim, Biles foi em frente. Começou a decisão na prova do salto e deu uma volta e meia com o corpo, em vez das duas e meia planejadas. No momento em que pousou, telefonou para a mãe, Nellie Biles, chorando: “Eu não consigo fazer isto”. Ouviu que não deveria mesmo decorrer o risco de se machucar.

A desportista, logo, retirou-se da disputa e torceu pelas companheiras de Estados Unidos, que ficaram com a medalha de prata, detrás da Rússia. Topou somente participar da decisão individual na trave de estabilidade, que tem só um movimento acrobático mais ousado, no fecho. Por segurança, trocou um “twist” por um “flip”. E levou o bronze que tanto valoriza.

Simone deixou o ginásio pensando: “A América me odeia”. E até houve alguma reação negativa, mormente no envolvente tóxico das redes sociais. De maneira universal, no entanto, a repercussão foi positiva, e a desportista perdeu a conta de quantas vezes ouviu a frase: “Por sua pretexto, fui detrás da ajuda de que precisava”.

“Por mais repugnante que tenha sido, sei que eu ter falado sobre o tópico está ajudando outras pessoas. É o que eu sempre quis fazer, dentro do esporte e fora dele”, disse Biles, vendo alguma coisa positivo também em um sentido pessoal. “Foi bom que aconteceu. Porque eu acho que não teria buscado a ajuda apropriada se não tivesse sucedido daquele jeito.”

A ajuda apropriada inclui uma relação ainda mais próxima com a mãe, que chega a arrumar seu cabelo antes das competições. Segundo a ginasta, também lhe fez muito o casório com Jonathan Owens, jogador de futebol americano do Chicago Bears. Além, é evidente, da ajuda profissional de um terapeuta, com quem mantém contato frequente.

Essa rede de espeque permitiu que a norte-americana voltasse a treinar e, eventualmente, depois dois anos, em um processo referto de avanços e retrocessos, competisse novamente, em nível ressaltado. Sua volta triunfal às grandes competições se deu no Mundial da Antuérpia, em outubro do ano pretérito, com cinco medalhas: quatro de ouro (individual universal, equipes, trave e solo) e uma de prata (salto, detrás da brasileira Rebeca Andrade).

Mesmo nesse torneio, porém, houve dificuldades. A chegada ao ginásio da Bélgica para o treinamento onde seria realizado o campeonato funcionou porquê um gatilho, e ela teve de transpor rapidamente para se reconstituir. De novo, ligou para a mãe, aos prantos. “Ela quase não voltou”, contou Nellie Biles.

Voltou, mas a experiência mostrou a Simone que ela não está exatamente curada, que está sujeita a novos momentos de fragilidade, de vulnerabilidade. Ao menos a craque da ginástica artística se vê mais preparada agora para mourejar com esses momentos.

“Ela sabe que alguma coisa porquê o que ocorreu em Tóquio pode ocorrer de novo. Logo, é assim: ‘Eu vou ser cuidadosa, eu vou seguir o mesmo protocolo todas as vezes e vou evitar as armadilhas, é tudo o que posso fazer’”, afirmou o técnico da desportista, o ex-ginasta Laurent Landi, consciente de que nem o incidente inicial está propriamente esclarecido.

“Ela não pode explicar, e os médicos que a atendem também provavelmente não podem explicar o que houve. É um traumatismo que ela teve e que emergiu em um momento ruim, ela não pôde controlar. Ela não pôde funcionar. Ela não pôde ser uma ginasta naquele momento”, recordou.

Agora, ao que tudo indica, Simone pode. Também pode ser que estar novamente no envolvente dos Jogos Olímpicos seja um gatilho que traga à tona velhos demônios e que a pressão seja muito pesada.

Ela está disposta a conferir.

“Eu não quero, daqui a dez anos, olhar para trás e falar: ‘Eu deveria ter tentado’. Depois de tudo por que passei, quero testar meus limites, ver até onde consigo chegar. Passei por tanto traumatismo, por tanta trato, que estou empolgada para ver o que acontece agora”, declarou. “Quero ver do que ainda sou capaz para que, quando eu deixar levante esporte, possa expressar que dei tudo de mim.”

Nascente é o primeiro de uma série diária de dez textos sobre destaques não brasileiros aguardados nos Jogos Olímpicos de 2024. Serão detalhadas as trajetórias até Paris de atletas porquê Novak Djkovic, Noah Lyles, Sha’Carri Richardson, Katie Ledecky e aqueles que formam o estrelado time masculino norte-americano de basquete, que contará com LeBron James e Stephen Curry.

Folha

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