Apple E Google Têm Multas Bilionárias Mantidas Na Ue

Apple e Google têm multas bilionárias mantidas na UE – 10/09/2024 – Tec

Tecnologia

O tribunal mais eminente da União Europeia decidiu nesta terça-feira (10) por uma grande vitória na campanha de anos do conjunto para regular a indústria da tecnologia, ao recusar recursos de multas aplicadas contra a Apple e o Google em dois casos históricos.

No caso da Apple, o tribunal apoiou uma ordem da União Europeia de 2016 para que a Irlanda cobrasse 13 bilhões de euros (tapume de R$ 80,1 bilhões) em impostos não pagos pela empresa. Já o Google teve refutado um pedido para anular uma decisão da percentagem de 2017 de multar a empresa em 2,4 bilhões de euros (R$ 14,8 bilhões) por dar tratamento preferencial nos resultados de procura da empresa em detrimento dos concorrentes.

As decisões, emitidas pelo Tribunal de Justiça da União Europeia, foram vistas uma vez que um teste importante dos esforços na Europa para reprimir as maiores empresas de tecnologia do mundo. Apple e Google têm sido alvos frequentes dos reguladores da UE, e as empresas têm lutado contra os casos por anos.

Os órgãos reguladores determinaram que a Apple fez acordos ilegais com o governo irlandês que permitiram à empresa remunerar uma quantia ínfima em impostos sobre seus negócios europeus em alguns anos.

A Apple venceu uma decisão anterior para anular a ordem, decisão que foi contestada pela Percentagem Europeia, o braço executivo da UE, junto ao Tribunal de Justiça. À medida que o caso tramitava pelo processo de recurso, os 13 bilhões de euros foram colocados em uma conta de repositório. Com a decisão dessa terça-feira, o verba agora será liberado para a Irlanda, uma injeção considerável no tesouro do país.

A Apple disse que a decisão efetivamente permitiu que a União Europeia impusesse um imposto duplo sobre a renda da empresa que já é tributada nos Estados Unidos.

“Leste caso nunca foi sobre quanto imposto pagamos, mas para qual governo somos obrigados a pagá-lo”, afirmou a Apple em um expedido na terça-feira. “A Percentagem Europeia está tentando mudar retroativamente as regras e ignorar que, conforme exigido pela lei tributária internacional, nossa renda já estava sujeita a impostos nos EUA.”

No caso do Google, a empresa já havia recorrido da decisão em 2021, mas também havia perdido. Posteriormente a novidade recusa nesta terça, a companhia emitiu um expedido em que disse estar “desapontada” com a decisão. A empresa informou que já havia ajustado seus produtos para satisfazer a decisão de 2017, incluindo novos designs para direcionar os consumidores a sites rivais de confrontação de preços, mas secção dos concorrentes apontaram que as mudanças do Google não foram suficientes.

“Nossa abordagem funcionou com sucesso por mais de sete anos, gerando bilhões de cliques para mais de 800 serviços de confrontação de preços”, disse o Google no expedido.

Quando a União Europeia penalizou a Apple e o Google, os casos representaram uma mudança significativa na forma uma vez que a indústria de tecnologia era regulamentada. Até logo, governos ao volta do mundo haviam adotado uma abordagem de não-intervenção na supervisão tecnológica, enquanto Apple, Google, Amazon e Facebook —agora renomeado Meta— cresciam em tamanho e remodelavam a forma uma vez que as pessoas vivem, trabalham, compram e se comunicam.

Os casos ajudaram a estabelecer a União Europeia e sua encarregado antitruste, Margrethe Vestager, uma vez que a mais agressiva vigilante da indústria de tecnologia do mundo. Outros países seguiram o exemplo da Europa para intensificar o escrutínio das práticas comerciais do setor, particularmente nos Estados Unidos.

No entanto, anos depois, os casos também simbolizam o ritmo lento do sistema regulatório da UE e levantaram questões mais amplas sobre se as autoridades podem escoltar o setor de tecnologia em rápida evolução.

Os dois casos abordam questões legais diferentes. O ação contra o Google é com base na lei antitruste, enquanto o processo contra Apple se centra na capacidade da União Europeia de intervir em áreas de política tributária em uma de suas nações membros.

Vestager comemorou as decisões do tribunal nesta terça-feira. Ela disse que ficou tão surpresa com a decisão da Apple que chorou porque a percentagem havia perdido o recurso anterior. Ela acrescentou que o caso do Google deveria ser lembrado por iniciar uma novidade era da lei antitruste para a economia do dedo, fornecendo um padrão para outros reguladores.

“Leste caso marcou uma mudança crucial na forma uma vez que as empresas digitais eram regulamentadas e também percebidas”, afirmou. “Antes deste caso, a crença preponderante era que as empresas digitais deveriam ser deixadas para operar livremente.”

O caso da Apple colocou a Irlanda na posição incomum de coletar relutantemente 13 bilhões de euros da gigante tecnológica. O governo irlandês disse em um expedido na terça-feira que não deu tratamento fiscal preferencial à Apple, mas observou que já havia feito mudanças em suas leis tributárias. “O caso da Apple envolveu uma questão que agora é somente de relevância histórica”, disse o governo.

OUTROS QUESTIONAMENTOS JURÍDICOS

Apple e Google estão enfrentando escrutínio lícito suplementar em outros continentes, além da Europa. Nesta semana, o Google enfrenta no tribunal federalista dos EUA acusações antitruste apresentadas pelo Departamento de Justiça, que afirmou que a empresa abusou de seu domínio no setor de publicidade do dedo.

No mês pretérito, um juiz federalista decidiu em um caso separado que o Google agia uma vez que um monopólio na procura na internet porque havia manipulado o mercado de motores de procura. Em dezembro, um júri federalista disse que a gestão do Google da loja de aplicativos Google Play também havia violado as leis antitruste.

A Apple também enfrenta um processo antitruste do Departamento de Justiça sobre suas políticas para o iPhone.

GOOGLE RECORRE CONTRA OUTRAS MULTAS

Na Europa, o Google está apelando de outros dois casos antitruste além do caso de compras. Em 2018, os reguladores multaram a companhia em 4,34 bilhões de euros (R$ 26,74 bilhões) por violar as leis antitruste para fortalecer seu sistema operacional Android. Em 2019, a empresa foi multada em 1,49 bilhões de euros (R$ 9,18 bilhões) por práticas comerciais desleais no mercado de publicidade do dedo.

A Apple também enfrenta acusações da UE relacionadas à sua gestão da loja de aplicativos e políticas no mercado de streaming de música.

O prolongado processo de recurso da União Europeia tem atraído críticas de grupos de resguardo dos direitos dos consumidores e empresas rivais que argumentam que o ritmo lento ajudou as duas gigantes da tecnologia a solidificar suas posições dominantes no mercado.

A União Europeia está tentando correr seu tratamento de casos de concorrência. Em 2022, o conjunto aprovou uma lei chamada Lei dos Mercados Digitais, que aumenta a poder dos órgãos reguladores para multar grandes plataformas tecnológicas e forçá-las a mudar suas práticas comerciais.

Folha

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