Árbitros 'baixinhos' Punem Com Maior Rigor Jogadores Altos 21/06/2024

Árbitros ‘baixinhos’ punem com maior rigor jogadores altos – 21/06/2024 – Esporte

Esporte

Impedimento? Falta? Mão na globo? No futebol, é geral ocorrerem discussões acaloradas sobre decisões controversas tomadas pelos árbitros durante as partidas. É justamente por isso que os jogos profissionais são normalmente supervisionados por um avaliador principal no campo e dois auxiliares, além do chamado quarto avaliador.

Para evitar decisões incorretas, há com frequência a presença dos assistentes de vídeo (VAR) que analisam os lances mais controversos, possivelmente em câmera lenta, e informam o avaliador principal com o auxílio de inúmeras câmeras que observam meticulosamente cada momento das partidas através de ângulos diferentes.

Apesar de os árbitros não tomarem as decisões de maneira isolada, algumas delas podem parecer um tanto arbitrárias. Isso pode ocorrer em razão de os árbitros principais possuírem uma grande margem discricionária em seu poder de decisão nas partidas de futebol.

Indemnização da baixa estatura

Um grupo de pesquisadores alemães analisou a relação entre a estatura física dos árbitros e dos jogadores de futebol em um estudo realizado a tempo do início da Eurocopa 2024 —o campeonato europeu de seleções realizado na Alemanha entre 14 de junho e 14 de julho.

Segundo a pré-publicação do estudo —que ainda não foi medido por outros especialistas—, os árbitros de menor estatura punem os jogadores mais altos com maior rigor, sugerindo que isso pode ser um modo de gratificar uma suposta baixa predominância física.

Alguns torcedores podem compreender isso uma vez que uma explicação de uma vez que as decisões seriam tomadas de maneira não objetiva e até injusta, simplesmente por que um avaliador possui um multíplice. No entanto, essa teoria somente será validada depois a pré-publicação passar por análises científicas.

“Quem manda cá sou eu”

Os pesquisadores Hendrik Sonnabend e Giulio Callegaro da Universidade de Hagen, na Alemanha, juntamente com Mario Lackner, da Universidade Johannes Kepler em Linz, analisaram dados da Bundesliga (campeonato boche de futebol) de 2014 a 2021, e observaram mais de 2.340 partidas.

Segundo a pré-publicação, um avaliador comparativamente mais inferior estaria mais capaz a apitar uma falta e impor um cartão amarelo quando o jogador em questão é mais cimo do que ele, de tratado com a epílogo dos pesquisadores.

“A tendência a punir com mais rigor é 10% maior quando os jogadores são significativamente mais altos do que os árbitros, em verificação a situações nas quais os atletas estão na mesma profundidade dos olhos”, diz Sonnabend.

Segundo a pré-publicação, o chamado “multíplice de Napoleão” pode ser visto mais claramente no primeiro tempo das partidas. “Fica evidente que as punições são usadas para provar mando. Se eles não obtiverem sucesso através da predominância física, eles punem segundo o lema ‘quem manda cá sou eu'”, diz o pesquisador.

No segundo tempo dos jogos, as punições mais duras pelos árbitros relativamente mais baixos, uma vez que os cartões amarelos, diminuem. “Isso pode ocorrer em razão de os jogadores perceberem que o avaliador pune as infrações mais rapidamente”, avalia Sonnabend.

O pequeno grande imperador

A base para o estudo é a teoria da psicologia conhecida uma vez que “multíplice de Napoleão”, que afirma que pessoas de baixa estatura, principalmente os homens, tendem a ser agressivos ou dominantes para gratificar seu tamanho.

O nome oferecido à teoria remete ao velho imperador galicismo Napoleão Bonaparte. Todavia, a crença equivocada sobre o suposto “pequeno imperador” se baseia em um erro de conversão. Com 1,69 metro de profundidade, ele era muito mais cimo do que a média de sua era.

Ao mesmo tempo, segundo a pré-publicação, há também o multíplice revirado de Napoleão nas partidas de futebol, quando um avaliador cimo que olha os jogadores de cima para inferior é mais leniente ao impor as penalidades.

Os jogadores de baixa estatura recebem 16% menos punições do que os com profundidade semelhante à dos árbitros. Ser cimo, aparentemente, é um pouco que vem em combinação com uma certa calma, segundo pesquisadores.

Lições para a vida profissional?

Se essa publicação preparatório poderá ou não ser comprovada, dependerá das análises cientificas. Hendrik Sonnabend é, na verdade, um pesquisador das áreas do trabalho e da economia comportamental. Em sua opinião, as observações feitas no esporte podem ser transferidas para nosso comportamento cotidiano ou profissional.

Ele diz que é geral que, na vida profissional, uma pessoa em posição superior “lance mão de outros meios ao mourejar com um funcionário, ao sentir que não está sendo levada a sério”.

Os pesquisadores em Hagen acreditam que um preconceito relacionado à profundidade também é geral em quadros de diretores, em processos de seleção e nas avaliações de desempenho. Essa pré-noção também afeta as oportunidades de curso, promoções e a vida diária no envolvente de trabalho.

A mando, porém, pode ser estabelecida não somente através de punições, mas, supra de tudo, através de declarações claras e da linguagem corporal adequada. Os pesquisadores, portanto, defendem programas de treinamento adequados. As avaliações devem ser sempre feitas com justiça —seja na vida profissional ou no futebol— e não devem ser distorcidas por outras características, uma vez que simpatias pessoais ou profundidade física.

Folha

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