Nos Jogos de Tóquio, em 2021, o fenômeno sueco do salto com vara, Armand Duplantis, portanto com exclusivamente 21 anos, levou o ouro com a marca de 6,02 m.
Com a medalha dourada já garantida, Mondo, sobrenome pelo qual é mais publicado, subiu o sarrafo para 6,19 m, tendo porquê objetivo escadeirar o próprio recorde mundial de 6,18 m estabelecido em 2020.
Em seguida três tentativas, o saltador não conseguiu superar a marca almejada, o que fez com que o recorde olímpico permanecesse em 6,03 m, apanhado nos Jogos do Rio, em 2016, pelo brasílico Thiago Braz, vencedor olímpico dentro de lar e bronze nas Olimpíadas realizadas no Japão.
No próximo dia 5 de agosto, às 19h (horário de Brasília), quando for disputada a final do salto com vara nos Jogos de Paris, no Stade de France, a expectativa é que Duplantis, predilecto ao ouro, supere o recorde olímpico de Braz.
Principal nome do salto com vara na atualidade, Mondo é tetracampeão mundial e bateu em abril, pela oitava vez, seu próprio recorde mundial, quando saltou 6,24 m para permanecer com o ouro na lanço da China do rotação internacional Diamond League.
“Acho que, quando você está em uma competição porquê as Olimpíadas, vencer é o mais importante, e quebrar o recorde mundial é secundário, porquê se fosse a cereja do bolo. Mas evidente que gostaria de, pelo menos, escadeirar o recorde olímpico”, afirmou Duplantis em entrevista recente ao periódico espanhol Marca.
O brasílico não poderá tutorar seu recorde olímpico estabelecido há oito anos no Rio de Janeiro, por não ter apanhado a marca de 5,82 m necessária para carimbar a vaga para Paris.
Braz chegou a ser suspenso em julho de 2023 por testar positivo no inspecção antidoping para a substância ostarina, usada para melhorar o desenvolvimento muscular e o desempenho atlético. Ele disputou o Troféu Brasil de Atletismo em junho, na última tentativa para participar dos Jogos na França, amparado por uma liminar obtida junto ao CAS (Namoro Arbitral do Esporte).
Ídolo e colega de Duplantis, o gálico Renaud Lavillenie, ouro nos Jogos de Londres, em 2012, e prata no Rio de Janeiro, quando travou uma guerra contra Braz na final, também não conseguiu o salto necessário para se qualificar às Olimpíadas.
Entre os principais rivais de Mondo na combate pelo pódio na capital francesa, estarão Sam Kendricks, bronze no Rio e vencedor mundial em 2017 e 2019, e Chris Nilsen, prata em Tóquio, ambos dos Estados Unidos.
Rebento de pai norte-americano que foi suplente da equipe de salto com vara dos Estados Unidos em Atlanta-1996 e mãe sueca que competia no vôlei e no heptatlo na juventude, Duplantis nasceu em Lafayette, no estado americano da Louisiana, mas tem dupla nacionalidade e optou por tutorar as cores da Suécia, assim porquê o irmão mais velho, Andreas, que também competiu no salto com vara.
O sueco-americano iniciou a prática esportiva no quintal de lar quando tinha exclusivamente 3 anos. Aos 7, estabeleceu o recorde mundial da sua categoria, com um salto de 3,86 metros. Em 2015, aos 15 anos, em sua primeira competição pelo país nórdico, foi vencedor mundial sub-18.
Em 2018, conquistou o título europeu, e, em 2019, ficou com a prata no Mundial de Doha. Em fevereiro de 2020, quebrou o recorde mundial pela primeira vez, com um salto de 6,17 m na lanço de Torun, na Polônia, do World Athletics Indoor Tour, deixando para trás a marca de 6,16 m obtida pelo gálico Lavillenie em 2014.
Em setembro de 2020, também alcançou a maior marca de todos os tempos ao ar livre (em prova sujeita às condições climáticas), na lanço da Diamond League de Roma, quando saltou 6,15 m, superando a marca do ucraniano Serguei Bubka, vencedor olímpico em 1988 e que saltou 6,14 m em 1994.
A marca de 6,19 m, que tentou nos Jogos do Rio, foi alcançada somente em março de 2022, no Meeting de Belgrado. “Acho que tentei os 6,19 m umas 50 vezes. Já faz muito tempo. Nunca tive uma profundidade que me desse tantos problemas, portanto é uma sensação muito boa”, declarou na ocasião.
Uma semana depois de compreender a marca tão desejada, conquistou o Mundial Indoor disputado na capital sérvia, quando já aumentou o recorde para 6,20 m.
No Mundial ao ar livre realizado em julho do mesmo ano, em Eugene, nos Estados Unidos, subiu o sarrafo em mais um centímetro, para 6,21 m, e mais duas vezes em 2023, até chegar a atual marca de 6,24 m na China, que o próprio Duplantis acredita ainda não ser o teto.
“Pensei em dar o meu melhor salto e aconteceu. Acho que ainda há alturas mais elevadas em mim”, afirmou.
Na lanço de Paris da Diamond League, no início de julho, Duplantis ficou com o ouro ao saltar 6,00 m, mas não conseguiu escadeirar o próprio recorde ao tentar os 6,25m. “Estou confortável e sei que posso estar um pouco melhor para as Olimpíadas daqui um mês.”
Em seguida disputar sua primeira Olimpíada sem público, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, o saltador chega a Paris motivado para se apresentar pela primeira vez ao grande público no maior evento esportivo do planeta.
“De certa forma, parece que esta será a minha primeira vez nos Jogos”, disse ele. “Ninguém estava lá para testemunhar, portanto não parecia completo. Desta vez vai ser enorme, portanto estou muito entusiasmado e motivado.”