As Melhores Séries De Tv Do Ano Até Agora, Segundo

As melhores séries de TV do ano até agora, segundo a BBC – 22/06/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

De um homérico histórico nipónico até um questionável drama sobre stalking e uma adaptação de vídeo game, os críticos da BBC Caryn James (CJ) e Hugh Montgomery (HM) selecionam as melhores séries do streaming apresentadas em 2024 até agora. E, nesta reportagem, confira os oito melhores filmes de 2024 até o momento, segundo os críticos da BBC.

Os números da lista inferior não representam uma ordem de classificação. Eles foram incluídos somente para separar as séries com mais transparência.

1. ‘True Detective: Terreno Noturna’

Se a quarta temporada de “True Detective” tivesse incluído somente aquela inolvidável termo “corpúsculo” para escolher as vítimas de assassínio preservadas no gelo, já teria sido suficiente. Mas a série foi renovada e foi muito outrossim. Jodie Foster se reafirma porquê a amarga dirigente de polícia de uma pequena cidade do Alasca. Ela lidera as investigações de um caso de assassinatos múltiplos cada vez mais assustadores.

A série se passa em uma quadra do ano em que o sol não aparece por duas semanas naquela região. Sua bela retrato no azul noturno faz o testemunha sentir o indiferente do sítio, levado para um mundo em que cientistas especializados em subida tecnologia moram lado a lado com os habitantes locais, com suas crenças sobrenaturais.

Poderíamos passar horas desvendando os ovos de Páscoa e as conexões com a temporada original da série, de 2014, porquê muitos têm feito. Mas, neste contexto, não é necessário.

A roteirista e diretora mexicana Issa López trouxe novidade pujança para esta franquia. Ela fez com que a série ficasse renovada e cativante, do seu início terrífico até o final, que é de desabar o queixo. (CJ)

“True Detective: Terreno Noturna” está disponível no Brasil no Max.

2. ‘Xógum: A Gloriosa Saga do Japão’

Quando “Game of Thrones” (2011-2019) chegou ao término, surgiram longas discussões sobre qual série poderia sucedê-la. Várias séries fantásticas disputavam o posto, porquê o spin-off de “O Senhor dos Anéis” (Os Anéis de Poder, da Amazon), e a própria série derivada de “Game of Thrones” (A Mansão do Dragão, da HBO).

Cinco anos depois, sua sucessora mais suasivo acabou sendo uma série sem nenhum sinal de fantasia. “Xógum: A Grande Saga do Japão” é um drama histórico sobre o Japão real do século 17. Ela preserva a rígida visão de mundo de Thrones, seus visuais épicos e o intenso interesse pelas manobras políticas.

O romance histórico (Ed. Arqueiro, 2008) escrito por James Clavell (1921-1994) já havia inspirado uma minissérie de imenso sucesso nos anos 1980. “Xógum” conta a história de John Blackthorne (interpretado por Cosmo Jarvis, à la Richard Burton), um navegador britânico que naufraga no litoral nipónico e se envolve em uma guerra pelo poder entre membros do juízo governante do país.

A ação que se segue é deslumbrantemente filmada, brilhantemente interpretada -e decididamente brutal. As diversas maquinações dos personagens acabam gerando cenas de violência sem a menor irresolução. Todo o elenco é luminoso, desde Hiroyuki Sanada, porquê o combatido mentor Lord Yoshii Toranaga, até Anna Sawai, porquê a tradutora e amante de Blackthorne, Mariko.

A produção foi originalmente idealizada porquê uma série fechada, mas seu sucesso foi tão grande que a FX já anunciou planos para mais duas temporadas. Vamos esperar que eles consigam manter o nível desta primeira. (HM)

“Xógum: A Gloriosa Saga do Japão” está disponível no Brasil no Star+ e no Disney+.

3. ‘Bebê Rena’

A história de terror autobiográfica de Richard Gadd parecia ter tombado de paraquedas na Netflix. Mas ela se tornou, merecidamente, um dos maiores, mais comentados e mais perturbadores sucessos do ano.

Gadd criou e interpreta um problemático humorista de nome Donny Dunn, que faz amizade com Martha. Ela entra no bar onde ele trabalha, cria uma fantasia sobre um relacionamento entre os dois e começa a persegui-lo com e-mails que quase destroem a vida dele.

Jessica Gunning interpreta Martha de forma fenomenal, ao mesmo tempo ameaçadora e digna de condolência, em meio aos seus delírios.

A tensão cresce ao longo da série, até atingir um ponto excruciante. Donny também sofre agressões sexuais repetidamente, em detalhes de virar o estômago, por um produtor de TV que promete alavancar sua curso.

A série causou controvérsias depois que os espectadores pesquisaram na internet e encontraram Fiona Harvey, supostamente a versão de Martha na vida real. Ela concedeu entrevistas à prelo e, agora, está processando a Netflix por maledicência, negligência e violação de privacidade.

Abalos da vida real à segmento, Bebê Rena é arte confessional na sua forma mais cativante. (CJ)

Bebê Rena está disponível no Brasil na Netflix.

4. ‘Fallout’

No ano pretérito, a série da HBO “The Last of Us” pôs término à tradição de adaptações de videogame inferiores ao original, apresentando uma versão cativante do jogo de ação e proeza.

E eis que surge agora uma adaptação surpreendentemente elegante para a TV de uma franquia de games pós-apocalípticos, que certamente fez ainda mais sucesso que o jogo: uma versão sorrateiramente engraçada da série de videogame Fallout, que imagina um mundo devastado por uma guerra nuclear, com algumas pessoas vivendo em abrigos luminosos no subsolo.

A atriz britânica Ella Purnell lidera o elenco porquê uma moradora do abrigo 33. Com seus olhos brilhantes, ela é forçada a seguir em uma missão reveladora para a superfície da Terreno, a término de resgatar seu pai, que foi raptado.

Naquele Velho Oeste futurístico, ela entra em contato com um inquieto soldado (Aaron Moten) e um “morto-vivo” caçador de recompensas (Walton Goggins), entre outros personagens.

“Fallout” é coproduzida por Lisa Joy e Jonathan Nolan —criadores da série Westworld (2016-2022), que é similar, mas subordinado. É uma experiência impressionante e imersiva, que não deixa a responsabilidade ao material nascente, mas com ritmo narrativo próprio.

Para completar, Purnell é uma verdadeira estrela em formação e Goggins é uma revelação na sua versão em duas linhas de tempo. (HM)

“Fallout” está disponível no Brasil na Amazon Prime Vídeo.

5. ‘Ripley’

Andrew Scott interpreta de forma fascinante o mortal charlatão Tom Ripley nesta versão hitchcockiana do romance “O Talentoso Ripley” (Ed. Cia. de Bolso, 2012), da escritora americana Patricia Highsmith (1921-1995).

Ambientada em Nápoles e Roma nos anos 1960, a dramática cinematografia em preto e branco, do cineasta ganhador do Oscar Robert Elswit, tomada perfeitamente o belo mundo sombrio onde vive Ripley, um vigarista de pequenos golpes de Novidade York, que avança até se tornar prosélito da dolce vita.

Quando Ripley rouba a identidade do seu rico e preguiçoso companheiro Dickie Greenleaf (Johnny Flynn), um simples olhar para o rosto de Scott consegue revelar as muitas trapaças cometidas pelo personagem. Flynn, Dakota Fanning e Eliot Summer interpretam brilhantemente as pessoas que são exploradas por Ripley.

Em estilo muito dissemelhante do memorável filme de 1999 (O Talentoso Ripley), com sua farta iluminação, Steven Zaillian escreveu e dirigiu a série de forma fascinante, oferecendo os visuais mais gloriosos possíveis. (CJ)

“Ripley” está disponível no Brasil na Netflix.

6. ‘Um Dia’

Nenhuma série despertou tanto as emoções em 2024 quanto esta adaptação do romance do redactor britânico David Nicholls (Ed. Intrínseca, 2011). A produção mostra os altos e baixos do relacionamento de dois amigos, Dexter e Emma, por 20 anos, desde a universidade. Ela acompanha a dupla no mesmo dia, 15 de julho, todos os anos.

A série começa nos anos 1980 e oferece uma fantástico viagem no tempo para os espectadores de uma certa idade. A ambientação é completa, ao som de uma trilha sonora vencedora e cuidadosamente curada, com músicas de sucesso de cada período. Mas, no fundo, o que compõe a obra são as interpretações cativantes dos dois artistas principais, tanto individualmente quanto em conjunto.

Depois de se tornar uma promessa para o público na segunda temporada de “The White Lotus” (2022), Leo Woodall vive o arrogante Dexter, um garoto de programa refinado e compreensivo, mas convincentemente irritante. Já Ambika Mod chamou a atenção pela primeira vez no drama médico “This is Going to Hurt” (2022). Agora, ela segmento para se tornar uma estrela interpretando Emma, uma personagem inteligente, mas vulnerável.

E atenção: se você não sabe o que acontece na série, prepare-se para as lágrimas. (HM)

“Um Dia” está disponível no Brasil na Netflix.

7. ‘Monsieur Spade’

Uma das mais improváveis premissas para uma série de TV trouxe também uma das mais deliciosas surpresas do ano. Clive Owen interpreta com ironia e perceptibilidade o detetive privado Sam Spade, criado pelo redactor americano Dashiell Hammett (1894-1961). O personagem foi transportado da São Francisco decadente dos anos 1940 para uma pequena cidade francesa da dez de 1960.

Sem imitar o consagrado e durão Spade de Humphrey Bogart no filme “Relíquia Macabra” (1941), Owen oferece um personagem perspicaz e emocionalmente indiferente – mas, às vezes, também confuso, mormente quando tenta dominar o linguagem gálico.

Existem relacionamentos pessoais complexos – uma amante glamourosa (Chiara Mastroiani) e uma jovem que passa a ser guardiã de Spade – e, é simples, assassinatos que ele não pode deixar de investigar em uma próspera cidade do interno, onde moram e conspiram nazistas não regenerados.

O diretor Scott Frank (“O Gambito da Rainha”, 2020) criou uma série viva e enxurrada de suspense. E Owen faz seu próprio Spade, um varão com um coração por reles do seu imenso sangue-frio.

8. ‘Mr. Bates vs. the Post Office’

Raramente, uma série de TV pode motivar impactos tão evidentes sobre assuntos do governo. Mas foi o que aconteceu no início deste ano com esta luminoso minissérie britânica. Ela trata do escândalo vernáculo dos correios do Reino Uno, que fez com que mais de 700 gerentes de agências postais fossem indevidamente acusados de adulterar sua contabilidade e cometer roubo e fraude, devido a uma lacuna no sistema de computadores.

Quando foi ao ar no Reino Uno, em 1º de janeiro, “Mr. Bates vs. the Post Office” trouxe imensas e imediatas repercussões. A série chegou a fazer com que o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciasse a geração de uma novidade lei para “perdoar e gratificar rapidamente as vítimas”.

Nascente drama em quatro partes da diretora Gwyneth Hughes reúne brilhantemente as histórias humanas das muitas vítimas inocentes – entre elas, o personagem-título, Alan Bates (Toby Jones), que se torna o líder dos chefes dos correios na luta por justiça – e apresenta o contraste com a burocracia desumana que eles enfrentam.

O impacto da série comprova que, por mais valor que tenham os documentários, uma dramatização, às vezes, pode transmitir uma história para a consciência pública de forma inigualável. Será que Mr. Bates irá inspirar outras séries de TV a abordar escândalos institucionais da nossa quadra? Tomara que sim. (HM)

9. ‘O Regime’

Ao mesmo tempo engraçada e assustadora, Kate Winslet mostra que está no seu auge com esta comédia política sombria. Ela interpreta Elena Vernham, ditadora de um país figurado da Europa meão.

No lado do paradoxal, Elena canta a música Santa Baby durante seu exposição de Natal à região e labareda seus cidadãos de “meus amores”. E, no lado cominador, ela se apresenta porquê populista, mas é implacável na sua preceito de permanecer no poder, invadindo um país vizinho e prendendo seus adversários políticos. É porquê se ela fosse filha de Eva Perón e Vladimir Putin.

Winslet equilibra elegantemente as cenas cômicas e maléficas da sua personagem e é rodeada por um elenco de estrelas, que inclui Matthias Schoenaerts porquê o soldado psicopata que se torna seu amante, Andrea Riseborough porquê seu assustado servidor e Hugh Grant em um único incidente, porquê o chanceler deposto por Elena. O tom de O Regime é mais paradoxal do que crítico, mas, no final, o tumultuado mundo político da série começa a espelhar o mundo real. (CJ)

“O Regime” está disponível no Brasil na Amazon Prime Vídeo e no Max.

10. ‘O Problema dos 3 Corpos’

Esta série de ficção científica causou muita sensação na sua estreia. É o novo projeto dos criadores de “Game of Thrones”, David Benioff e DB Weiss.A série pode não ter se tornado exatamente o fenômeno que a plataforma de streaming esperasse, mas mereceu fortes elogios pela sua perceptibilidade e cobiça criativa.

Baseada no romance do mesmo nome, do redactor chinês Liu Cixin (Ed. Cia. das Letras, 2016), “O Problema dos 3 Corpos” conta a história de um grupo de amigos cientistas que tentam desenredar o que está causando uma vaga de suicídios na sua comunidade.

A história envolve cenas passadas durante a Revolução Cultural Chinesa (1966-1976), um misterioso jogo de verdade virtual e muitos outros detalhes. No prelúdios, a série é uma história alucinante, mas ela se baseia em uma premissa oportuna e brilhantemente envolvente: o que faríamos se soubéssemos que a raça humana seria destruída daqui a 400 anos?

O Problema dos 3 Corpos traz também a sequência mais chocante do ano, comparável com o infame Consórcio Vermelho de “Game of Thrones”. A Netflix já anunciou que a série terá mais duas temporadas – e só. Esperamos que ela mantenha o seu ritmo. (HM)

“O Problema dos 3 Corpos” está disponível no Brasil na Netflix.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *