As Polêmicas De Paris 2024 Em Nome Do Legado Sustentável

As polêmicas de Paris-2024 em nome do legado sustentável – 15/06/2024 – Esporte

Esporte

Por Jogos Olímpicos mais verdes e sem “elefantes brancos” –grandes investimentos que ficam sem uso depois das competições–, Paris acumula polêmicas com decisões tomadas em nome de legado mais sustentável. O comitê organizador se viu obrigado a fazer adaptações para atender às necessidades da competição de supino rendimento.

A climatização da Vila Olímpica e Paralímpica é uma das principais controvérsias, muito porquê a construção de um novo meio aquático com capacidade insuficiente para acoitar as provas de natação. A despoluição do rio Sena e questões de segurança e acessibilidade também geram debate a menos de 50 dias do início das competições –a cerimônia de início está marcada para 26 de julho.

Em procura da meta de trinchar pela metade a emissão de gases que geram o efeito estufa em relação a edições anteriores –em Londres-2012, por exemplo, foram emitidas 3,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono–, Paris optou por não instalar ar-condicionado na Vila Olímpica.

A escolha não foi muito recebida por diversas delegações, inclusive a brasileira, preocupadas com as ondas de calor no auge do verão europeu, quando os termômetros beiram os 40ºC, e com os possíveis efeitos na performance dos competidores.

Pressionada, a organização dos Jogos abriu a possibilidade de locação de equipamentos de ar-condicionado, com o dispêndio arciforme pelos comitês olímpicos de cada país.

Segundo Georgina Grenon, diretora de Superioridade Ambiental dos Jogos, será fornecida força renovável para o funcionamento desses aparelhos temporários em uma tentativa de minimizar os impactos ambientais.

Na visão dos organizadores, mas, a climatização não seria necessária, sob o argumento de que o sítio na região metropolitana de Paris foi projetado porquê um bairro capaz de amenizar as altas temperaturas.

Grenon citou o sistema de isolamento térmico, a disposição dos prédios em favorecimento à circulação de correntes de ar e a rede de refrigeração pelo solo com base no noção de geotermia.

“Um cidadão geral que vai morar nesses apartamentos depois dos Jogos deverá permanecer muito confortável”, afirmou ela à Folha. “Tendo em vista os testes que fizemos, pensamos que deverá ser suficiente para o conforto dos atletas.”

“Se consideram que o que propomos não é suficiente, damos a eles a possibilidade de alugar equipamentos temporários para estarem confortáveis. Mas, para nós, não faz sentido climatizar um bairro todo por dois dias [de calor] por ano”, acrescentou.

A procura por um legado sustentável também está por trás da justificativa dada pelo comitê para a construção de um meio aquático pequeno demais para acoitar as provas de natação –o COI (Comitê Olímpico Internacional) exige ao menos 15 milénio lugares para essa modalidade.

A única instalação permanente arquitetada para as Olimpíadas tem somente um terço dessa capacidade. Com 5.000 assentos, sendo 3.000 temporários, o meio aquático receberá as disputas de saltos ornamentais e de nato artístico e a período prévio do polo aquático.

A natação, por sua vez, acabou sendo levada para o outro lado da grande Paris, na Estádio La Défense, em Nanterre (nos periferia da capital francesa), onde foi construída uma instalação temporária.

De consonância com Sabine Baillarguet, diretora de planejamento da Metrópole da Grande Paris, a decisão de enxugar o tamanho do meio aquático foi tomada “muito cedo”, considerando o projecto de edificar um equipamento perene e adequado às limitações orçamentárias dos Jogos.

Em 2017, era estimado um dispêndio de 90 milhões de euros (murado de R$ 520 milhões na cotação atual). A estimativa subiu para 260 milhões de euros (R$ 1,5 bilhão) no ano seguinte. Ao término da obra, o valor assinalado foi de 151 milhões de euros (R$ 870 milhões).

Laure Meriaud, uma das arquitetas responsáveis pelo projeto, contou que teve de repensar a proposta para reduzir custos. “Chegamos à desenlace de que, para gastar menos força ou menos carbono, o mais simples seria não edificar coisas”, disse.

Segundo ela, foi a partir disso que sua equipe observou que as provas de natação e saltos ornamentais não costumam ser disputadas no mesmo sítio.

“Comprimimos a estrutura fixa que estava prevista entre a piscina de saltos e a piscina de 50 m e a colocamos sobre a piscina de 50 m. Para o polo aquático e o nato artístico, precisamos somente de 33 m. Assim, compactamos a estrutura em 10 m. Isso significa menos volume para edificar, menos volume para aquecer e, supra de tudo, aproxima o público”, declarou.

Para Samuel Ducroquet, emissário para Esportes da França, trata-se também de uma questão de sustentabilidade social. Ele defende o legado que ficará para o departamento de Saint-Denis, onde uma em cada duas crianças não sabe nadar, segundo as autoridades.

“Queremos lutar contra esses elefantes brancos, essas infraestruturas gigantescas, que são mal calibradas e não correspondem às expectativas”, afirmou.

Outro investimento polêmico da França é o trabalho de despoluição do Sena. A qualidade da chuva do rio –que receberá a maratona aquática e a prova de natação na disputa do triatlo– continua sendo uma incógnita na reta final da preparação.

Acabou delongado o aguardado mergulho de Anne Hidalgo, prefeita de Paris, que tenta pôr término nas desconfianças da comunidade internacional. Agendado inicialmente para o período entre 23 e 30 de junho, agora está previsto para depois do segundo vez das eleições legislativas, marcado para 7 de julho.

A França investiu 1,4 bilhão de euros (murado de R$ 8 bilhões) para despoluir o Sena. No ano pretérito, os eventos-testes das modalidades foram cancelados devido à qualidade da chuva. Até agora, Paris repete o enredo da promessa não cumprida de limpeza da baía de Guanabara nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

O Sena também será palco da cerimônia de início das Olimpíadas –motivo de alerta em Paris em termos de segurança.

“As questões de segurança são uma prioridade e uma preocupação forçoso para a França”, disse o emissário para Esportes. “Quando se trata de Jogos, estamos nos preparando para enfrentar todos os tipos de ameaças.”

Serão murado de 90 milénio agentes designados para atuar diariamente. Do totalidade, são 18 milénio membros da iniciativa privada (24 milénio em momentos de pico, porquê na cerimônia de início), 35 milénio das forças de segurança pública (podendo subir a 45 milénio) e 18 milénio militares, sendo 10 milénio deles voltados exclusivamente ao combate ao terrorismo.

Em abril, o presidente da França, Emmanuel Macron, confirmou que existe um projecto B para a início em caso de prenúncio terrorista. Já Hidalgo, em entrevista à Folha, adotou um exposição divergente. “Não temos outro projecto a não ser o A”, disse.

Segundo Ducroquet, possibilitar que 320 milénio espectadores possam seguir o evento incipiente continua sendo o objetivo “número um”. “Uma vez que todo grande evento internacional, planos de contingência são elaborados e um número razoável de opções são oferecidas. Mas o objetivo é a cerimônia no Sena, que promete ser espetacular e histórica.”

As Olimpíadas também jogam luz sobre o vetusto problema de acessibilidade no transporte público de Paris. Corredores tortuosos, escadas intermináveis e grandes vãos que separam os vagões e as plataformas dificultam o deslocamento de pessoas com mobilidade reduzida.

O emissário para Esportes da França reconheceu as limitações da capital francesa nesse sentido, mas disse que foram adotadas algumas medidas para melhorar as condições, porquê um sistema de “hub”, com uma estação pivô, ônibus 100% acessíveis com rampas e mais de 1.000 táxis adicionais adaptados.

“Temos consciência de que a quesito sempre pode ser melhorada. Mas também é prioritário permitir que a situação seja satisfatória para todas as pessoas com mobilidade reduzida e que todos possam usufruir da sarau.”

Folha

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