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Augusto Melo questiona inquérito e diz que não renunciará – 23/05/2025 – Esporte

Esporte

Indiciado pela Polícia Social de São Paulo, suspeito de associação criminosa, rapina qualificado e lavagem de verba, Augusto Melo reafirmou nesta sexta-feira (23) que não vai se alongar da presidência do Corinthians para se tutelar das acusações.

O cartola, dois ex-dirigentes da equipe do Parque São Jorge e um suposto intermediário são investigados por possíveis irregularidades no contrato de patrocínio com a mansão de apostas VaideBet.

“Não passa pela minha cabeça, em hipótese alguma, renunciar. Esse foi um grande contrato”, disse Melo.

“Eu não tenho envolvimento nenhum nisso. Eu confio na Justiça, eu mais do que ninguém, eu quero essa investigação. Eu me coloco à disposição de tudo”, acrescentou o mandatário.

Questionado se estaria envergonhado com a situação e preocupado com a possibilidade de que isso possa escorchar a imagem do clube, Augusto Melo preferiu acusar seus opositores. “Eu me sinto envergonhado sim, mas envergonhado pelo que fazem com o Corinthians”, afirmou.

Enquanto Augusto Melo dava suas explicações, a Gaviões da Leal, maior torcida organizada da equipe, divulgou nota pedindo o isolamento do presidente. O posicionamento representa uma mudança da torcida, que antes apoiava o dirigente, pelo menos, até a epílogo do sindicância.

“Tal medida se faz necessária para preservar a imagem do Corinthians, que deve estar sempre supra de qualquer interesse pessoal, e evitar que os problemas que hoje recaem sobre o presidente impactem ainda mais o clube, que já enfrenta uma grave crise administrativa, financeira e institucional”, disse a Gaviões.

Inicialmente marcada para ocorrer no meio de treinamento da equipe, a entrevista de Augusto Melo foi transferida para o auditório da Neo Químa Estádio, em Itaquera. Vestido de preto, sem nenhuma referência ao Corinthians, o cartola deu suas explicações sentado adiante de um telão desligado, sem a exibição dos patrocinadores da equipe alvinegra.

Antes da orifício para perguntas, o legista Ricardo Cury afirmou que o sindicância da Polícia Social não tem “elementos para indiciar o presidente Augusto Melo”.

“Nós examinamos o relatório final do sindicância que tem mais de centena páginas. Há um trabalho do corpo investigativo e o despacho do solicitador Tiago. Não tem zero no sindicância. Não tem uma prova sequer que implique o presidente Augusto, não tem zero, zero, zero”, acrescentou o padroeiro.

O sindicância foi concluído na quarta-feira (21). Também foram indiciados o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano e Alex Fernando André, sabido uma vez que Alex Cassundé, indigitado no contrato entre clube e a mansão de apostas uma vez que intermediário.

Os quatro aguardam agora revelação do Ministério Público de São Paulo a partir do documento produzido pelas investigações do Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC) e da terceira delegacia, especializada no violação de lavagem de verba.

A partir do sindicância concluído pelo solicitador Thiago Fernando Correia, o Ministério Público pode oferecer a denúncia, que será analisada por um juiz. Caso a Justiça aceite, Augusto Melo logo vira réu no caso.

De harmonia com o sindicância, ao qual a Folha teve chegada, a polícia concluiu que Alex Cassundé “não foi o intermediário do contrato de patrocínio firmado entre o Sport Club Corinthians Paulista e a empresa VaideBet” e atuou junto a dirigentes do clube para desviar secção do verba do patrocinador.

O texto diz, ainda, que sua inserção de Cassundé não passou de “ardilosa simulação para, inequivocamente, possibilitar que recursos financeiros do clube fosse ilegalmente desviados.”

A apuração acrescenta que a inclusão indevida de Alex Cassundé no contrato “foi viabilizada graças à atuação orquestrada e criminosa de Augusto Pereira de Melo, Marcelo Mariano dos Santos e Sérgio Lara Muzel de Moura, dirigente corintianos que, unidos em desígnios e com ramificação de tarefas para o termo geral, agiram em conluio e meticulosamente para alongar do negócio aqueles que realmente contribuíram para sua existência”, diz outro trecho do sindicância.

A denúncia de que empresas laranjas teriam recebido verba que veio do Corinthians motivou a rescisão do contrato da VaideBet com o clube, em junho do ano pretérito. O patrocínio da mansão de apostas tinha sido o primeiro grande contrato firmado pela gestão de Augusto Melo.

Na próxima segunda-feira (26), a partir das 18h (de Brasília), o Juízo Deliberativo do Corinthians se reúne no Parque São Jorge para votar o impeachment de Augusto Melo. O pedido foi destapado no ano pretérito por irregularidades no contrato assinado com a VaideBet.

Folha

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