Base Vai Fazer Santos Forte De Novo, Diz Marcelo Teixeira

Base vai fazer Santos forte de novo, diz Marcelo Teixeira – 26/10/2024 – Esporte

Esporte

Líder da Série B do Campeonato Brasiliano, o Santos está perto de confirmar seu retorno à escol do futebol pátrio em 2025. Apesar da posição privilegiada na tábua de classificação, secção da torcida não está contente com o desempenho da equipe em campo, com críticas ao trabalho do técnico Fábio Carille.

Presidente do clube, Marcelo Teixeira reconhece que o time não tem feito apresentações dignas do histórico ofensivo esperado pelas arquibancadas. Mas enfatiza que é o que a atual veras financeira permite.

“Poderíamos estar conciliando a boa pontuação com melhores apresentações. Isso o próprio grupo e a diretoria reconhecem. Porém o Santos vem dentro de um nível de planejamento em que qualquer mudança [na comissão técnica] poderia resultar em prejuízo técnico ou, mais grave ainda, financeiro”, afirmou Teixeira à Folha.

O dirigente preferiu adotar um tom cauto e disse que só falará sobre o planejamento de 2025 quando o chegada à Série A já estiver reservado.

Mas assegurou que o caminho para que a equipe da Baixada Santista volte a levantar taças importantes é novamente apostar nos jovens das categorias de base. “Muitos clubes se intitulam uma vez que formadores, mas não são reveladores. O Santos é orientador e vai provar mais uma vez que é revelador.”

O dirigente falou ainda sobre a possibilidade do retorno de Neymar à Vila Belmiro, dos planos para o novo estádio e do legado que quer deixar ao clube: “Reconquistar a autoestima e a alegria do torcedor”.

Uma vez que o senhor avalia a campanha do Santos na Série B? Acho que é uma campanha, até manifesto ponto, boa. Por desculpa da campanha no Campeonato Paulista [o clube foi vice, perdendo a final para o Palmeiras], houve uma expectativa de que o Santos nadasse de braçada na Série B. Mas o Brasiliano é dissemelhante de um campeonato estadual, apesar do nível do Paulista. Mesmo com as dificuldades que tivemos na competição, o Santos vem alcançando seu objetivo, que é o chegada.

Faltando cinco rodadas, o Santos tem folga em relação ao quinto disposto. O chegada está sacramentado? Ainda não está sacramentado, porque precisamos de um número mínimo de pontos. Mas, independentemente do número de pontos, o Santos tem que encarar as cinco últimas partidas uma vez que cinco decisões. Até porque existe uma vantagem do time vencedor da Série B de entrar diretamente na terceira período da Despensa do Brasil. Isso, para o Santos, é um objetivo importante na temporada que vem.

Qual a pontuação com que a diretoria trabalha para confirmar o chegada? Pedi à percentagem técnica e aos atletas que busquem 15 pontos. O maior número de pontos necessários para que a gente não fique exclusivamente no limite. O clube que pensa exclusivamente na pontuação mínima pode se prejudicar nesta reta decisiva.

Secção da torcida tem impugnado o trabalho de Fábio Carille. Qual é a sua avaliação? É um trabalho que foi escolhido para a temporada de 2024. É um ano atípico, uma temporada completamente fora da nossa veras, e escolhemos uma percentagem técnica que está preparada para levar o Santos aos objetivos do ano. O primeiro foi a disputa do Paulista, e o Santos foi à final. O segundo era ocupar a vaga para a Despensa do Brasil de 2025, alcançamos também [pela campanha no estadual]. E agora é o terceiro e último objetivo, que é recolocar o Santos no seu devido lugar, a Série A.

É oriundo que a torcida tenha as suas preferências, ou mesmo que esteja insatisfeita, por perceber que, pelo grupo de jogadores, o Santos poderia se apresentar de maneira melhor, uma vez que o santista está habituado, com um DNA mais ofensivo. Poderíamos estar conciliando a boa pontuação com melhores apresentações. Isso o próprio grupo e a diretoria reconhecem. Porém o Santos vem dentro de um nível de planejamento em que qualquer mudança [na comissão técnica] poderia resultar em prejuízo técnico ou, mais grave ainda, financeiro.

A atual percentagem técnica vai permanecer em 2025? Não há premência de uma limpeza universal, uma vez que também não há obrigatoriedade de manutenção dos profissionais. Ao terminarmos o campeonato, vamos fazer uma avaliação muito criteriosa.

O último título do Santos foi o do Paulista de 2016. Qual é o caminho para voltar a ocupar taças importantes? Investir na base, voltar a ter uma filosofia de revelar talentos, ter uma preocupação de antever contratos e lançar jogadores de uma forma prudente e corajosa, que é o que o Santos sempre fez. O clube já demonstra outra forma de trabalho, com um comitiva e uma atenção com a família, investindo na família para que haja um trabalho infindável e o Santos não perdida talentos precocemente.

E faço já uma previsão otimista, mas muito realista. O Santos, em um espaço de tempo limitado, voltará a ter uma equipe jovem, competitiva, com talentos revelados da base, que estarão representando o time em competições oficiais, à profundidade das grandes forças do futebol brasiliano. É só ter um desvelo na renovação desses talentos, um desvelo de comitiva desses meninos, para que eles não se desviem das suas trajetórias e estejam preparados para vestir a camisa do Santos, uma vez que estiveram Robinho e Diego, Neymar e Paulo Henrique Ganso ou Gabigol e Rodrygo. Muitos clubes se intitulam uma vez que formadores, mas não são reveladores. O Santos é orientador e vai provar mais uma vez que é revelador.

Um dos maiores sonhos do torcedor santista é o retorno de Neymar. É uma possibilidade real? Tudo vai depender da vontade do jogador, no momento manifesto de ele querer voltar ao Brasil. Lógico que o Santos tem um projeto visando o retorno de um jogador desse nível. Ele mesmo já declarou que cá se sente em vivenda, já manifestou o libido de retornar ao Santos, são bons indícios. Mas tudo dependerá do contrato que ele tem hoje com o clube sarraceno e de todas as situações inerentes à ininterrupção ou não do jogador no exterior.

Sua eleição ocorreu três dias depois de o Santos ter sido rebaixado. Uma vez que foi assumir o clube em um momento tão difícil? É um duelo. Nos jogos finais do Brasiliano de 2023, já percebia que o Santos teria dificuldades na reação para a permanência na Série A. Não sendo pessimista, mas realista. E entendia que era o momento de voltar a contribuir de alguma forma. Hoje, o Santos se encontra em uma situação gravíssima, não exclusivamente no contextura financeiro, mas de um modo universal, estrutural, na dimensão patrimonial, nos centros de treinamento.

Queremos colocar o Santos em uma reconstrução. Essa reconstrução passa, lógico, por estar na série principal do Brasiliano, de onde o Santos nunca deveria ter saído, mas é também conceitual, para que o clube esteja pronto, com a sua filosofia, com a sua metodologia de trabalho, para estar de igual para igual e contender com as principais potências do futebol brasiliano.

Vimos nos últimos anos uma série de clubes brasileiros transformando-se em SAFs. É uma possibilidade que o senhor vê com bons olhos? Eu vejo com bons olhos dependendo do tipo de proposta e do momento manifesto. O Santos vem em um caminho correto de pavimentação, de renovação, de recolocação da sua imagem e da sua marca. Entendemos que não é o momento para ir ao mercado. Por mais tradição, por mais história, o Santos está disputando competições diferentes. O próprio mercado reage a isso.

Qual será o impacto do novo estádio para o clube? Acreditamos que seja uma obra importante, que recolocará o Santos em um patamar diferenciado. É um projecto não exclusivamente de aumentar sua capacidade de receita, mas também de trazer um ponto turístico fundamental para a Baixada Santista. Estão sendo concluídas as negociações com a WTorre. Tudo está muito guiado para que o Santos tenha uma redondel multiuso importante para sua história.

Qual a previsão de início e desenlace das obras? Pretendemos fazer em dezembro o início da comercialização das cadeiras e dos camarotes. Porém o Santos tem outro problema, que é onde mandar seus jogos. Temos um contrato com a Allegra Pacaembu, onde o Santos pretende mandar seus jogos em São Paulo quando definirmos a demolição e a construção da novidade redondel. Porém ainda não temos o prazo por secção do consórcio de quando serão finalizadas as obras no Pacaembu. Dependemos da finalização das obras para que possamos mandar os jogos do Santos lá.

O presidente Lula comentou recentemente sobre a possibilidade da doação de um terreno em Santos para a construção do novo estádio. Uma vez que estão essas conversas? Eu, particularmente, não tenho esse conhecimento. Também ouvi, fui questionado a reverência dessa sintoma do presidente, mas não tenho detalhes sobre a forma de doação do terreno. Vamos procurar contato com o governo para entender de que forma poderíamos ter a chance da doação de um terreno cá na Baixada Santista para a construção do novo estádio.

Qual é o maior legado que o senhor quer deixar ao clube? O maior legado é reconquistar a autoestima e a alegria do torcedor. Sem que isso custe a distinção de um clube uma vez que o Santos. A distinção e o reverência que o Santos deve ter no mercado, que, infelizmente, o clube perdeu nesses últimos anos.


Marcelo Teixeira, 60

Fruto de Milton Teixeira, presidente do Santos nos anos 80, está em seu terceiro período no mesmo função ocupado pelo pai. Tornou-se em 1992 o mandatário mais jovem da história do clube, aos 27 anos, ficando até 1993. Na segunda gestão, entre 2000 e 2009, celebrou o término de um jejum de títulos importantes, depois espera de 18 anos. Pró-reitor da Universidade Santa Cecília, voltou à cadeira de presidente alvinegro no início deste ano.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *