Basquete: Brasil Quer Incomodar Os Favoritos Em Paris 18/07/2024

Basquete: Brasil quer incomodar os favoritos em Paris – 18/07/2024 – Esporte

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Com uma poderoso atuação defensiva e contando com a experiência do veterano armador Marcelo Huertas, de 41 anos, a seleção brasileira de basquete chega a Paris com a crédito em subida, em seguida o bom desempenho no pré-olímpico disputado na Letônia.

“O Brasil vem com muita moral, nossa resguardo mostrou que é capaz de lucrar jogos e realmente fez a diferença no pré-olímpico”, diz à Folha Tiago Splitter, primeiro brasílico vencedor da NBA (National Basketball Association) —com o San Antonio Spurs, em 2014— e facilitar técnico da equipe brasileira comandada por Aleksandar Petrovic.

Em seguida permanecer fora de Tóquio-2020, o Brasil carimbou a vaga nos Jogos que começam no próximo dia 26 ao vencer o pré-olímpico realizado no início do mês na Letônia, batendo os donos da mansão na final por 94 a 69.

O ala-pivô Bruno Mestiço, com passagens pela NBA e atualmente no KK Partizan, da Sérvia, é um dos principais destaques do time verdejante amarelo. “É um jogador muito atlético, que consegue proteger o aro, tutelar fora do garrafão, contra caras menores e maiores que ele. Portanto isso ajuda muito.”

No ataque, acrescenta o facilitar, a equipe tem se bravo na experiência do armador Marcelo Huertas para organizar o jogo. “O Huertas é um jogador de uma idade já avançada, mas com muita experiência, é um rosto que já viu de tudo dentro do basquete internacional e segue jogando em um nível muito basta. E a gente espera que isso continue em Paris”, afirmou Splitter.

Nos Jogos, o Brasil não terá vida fácil, em um grupo que tem a França dona da mansão com um “time físico e talentoso”, e a atual campeã mundial Alemanha que “joga muito muito coletivamente”, além do Japão, que conta com três jogadores na NBA.

“A gente sabe da dificuldade que é a Olimpíada, mas a gente vai preparar muito os jogadores e tentar, talvez, incomodar muita gente”, disse o ex-jogador procedente de Blumenau.

“Temos que ter uma novidade sofreguidão, estar mais concentrados ainda, ter menos erros. Analisamos os jogos na Letônia e vamos ter um tempo agora para emendar, tentar melhorar tanto o ataque quanto a resguardo e chegar um pouco mais rotundo para a Olimpíada.”

Anunciado nesta semana porquê o novo técnico do Paris Basketball a partir da próxima temporada, quando a equipe francesa passa a disputar a EuroLeague (principal competição de basquete da Europa), Splitter atuou por mais de uma dezena na NBA, porquê jogador até 2018, e, nos últimos anos, porquê assistente técnico no Brooklyn Nets e no Houston Rockets.

Pela seleção brasileira, conquistou o bicampeonato da Despensa América (2005 e 2009) e o Pan-Americano de Santo Domingo em 2003. Também disputou os Jogos de Londres, em 2012, quando o Brasil caiu nas quartas de final para a Argentina e terminou a competição na quinta colocação.

Segundo ele, para que o basquete brasílico suba de nível e se aproxime de potências porquê os Estados Unidos —novamente a grande favorita para permanecer com o ouro em Paris— é preciso investir na base. “Temos que pensar em formar jogadores hoje para colher daqui 12, 15 anos. Se não tivermos o basquete em todas as escolas, sem estrutura adequada para estrear essa iniciação, a gente está louco da cabeça.”

Splitter vê o Brasil com um “potencial enorme”, mas assinala que é preciso pensar a longo prazo e trabalhar na construção de uma cultura voltada à formação de jovens atletas. Caso contrário, o país seguirá vivendo unicamente de talentos esporádicos que surgem por eventualidade de tempos em tempos. “É uma cultura do esporte que a gente não tem e acabamos vivendo de ciclos em que aparecem jogadores bons que tentam fazer o milagre de colocar o Brasil na Olimpíada.”

Ele acrescenta que é um “excesso” encontrar que a não classificação para uma Olimpíada representa um “sinistro” do esporte no país. “Somente 12 seleções no mundo disputam os Jogos. Se acharmos que o resto das seleções é um sinistro, o sinistro mundial no basquete seria enorme. E não é assim.”

A seleção brasileira feminina não obteve a vaga para Paris, em seguida perder para a Alemanha por 73 a 71 na última rodada do pré-olímpico em fevereiro deste ano, em Belém (PA). A equipe também ficou de fora dos Jogos de Tóquio.

Ao todo, o Brasil tem cinco medalhas olímpicas no basquete, a última delas conquistada há 24 anos. São três bronzes do time masculino (Londres-1948, Roma-1960 e Tóquio-1964) e uma prata (Atlanta-1996) e um bronze (Sydney-2000) da equipe feminina.

Folha

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