A hidrelétrica de Belo Monte é a usina que menos emite gás carbônico no bioma Amazônia, além de ser a quinta hidrelétrica mais eficiente do Brasil em termos de taxa de intensidade de gases poluentes. A peroração é de estudo feito pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federalista do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
Coordenado pelo professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe, Marco Aurélio Santos, o estudo Desenvolvimento de Metodologia para o Cômputo das Emissões de Gases de Efeito Estufa no Reservatório da UHE Belo Monte avalia que nos próximos dez anos, a extensão alagada do empreendimento deverá apresentar, de forma progressiva, emissões mais reduzidas. Os resultados obtidos mostram que Belo Monte tem um indicador de intensidade de emissões de CO2 muito insignificante e níveis similares de emissões em confrontação a outras fontes de energias renováveis, uma vez que eólica e solar.
O problema das emissões das hidrelétricas vem sendo estudado pela equipe do professor desde a dez de 1990. “Temos feito vários estudos para as empresas do setor e para a Filial Vernáculo de Virilidade Elétrica (Aneel) sobre a questão. Porque, até portanto, havia uma teoria errônea que as hidrelétricas não emitiam nenhum tipo de poluição aérea”. Mas, pela similaridade que acontece nos rios e lagos, os pesquisadores acabaram prospectando nos reservatórios os mesmos processos, ou seja, a desagregação da material orgânica em condições subaquáticas por microrganismos que fazem essa procura por iguaria, por vontade, e acabam eliminando, uma vez que um subproduto, os gases causadores do efeito estufa. No caso, ali foram encontrados CO2 (gás carbônico), metano e óxido nitroso.
Diagnóstico
Marco Aurélio Santos explicou à Filial Brasil que há um espectro grande de tipologias de projetos no qual já foi determinado um perceptível padrão de emissões distribuídas no espaço, isto é, no corpo dos reservatórios, e no tempo. “Nós temos um diagnóstico dessas questões, tanto dos locais que podem mais exprimir esses gases, muito uma vez que quando eles são emitidos mais fortemente e quando circulam em uma situação de mais estabilidade”. O tema tem sido discutido pelos pesquisadores da Coppe com grupos de vários países, uma vez que França, Estados Unidos, Canadá, e em fóruns internacionais.
Entre 2011 e 2013, a equipe do professor foi contratada pelo Ministério de Minas e Virilidade (MME) para estudar oito reservatórios de hidrelétricas no Brasil, pensando que existem diferenças quanto ao bioma e à vegetação nesses reservatórios. “Nós fizemos vários estudos no território brasílio em reservatórios que já existem e efetuamos a quantificação”. Santos informou que, além dos oito reservatórios, foram analisadas mais três áreas naturais onde seriam construídos reservatórios, para que se pudesse ter a dimensão das emissões naturais e, de certa maneira, descontar isso da emissão antrópica (produzida pelos homens). “A diferença entre a emissão que o reservatório faz atualmente menos a emissão proveniente do pretérito dá o que nós chamamos de emissão líquida, ou seja, a emissão realmente atribuível à instalação do reservatório”.
Trabalho de campo
Um dos reservatórios das futuras áreas foi o de Belo Monte, sobre o qual já havia esse estudo anterior. Porquê o governo mudou, o projeto não teve perpetuidade. Logo, o Consórcio Setentrião Virilidade, grupo formado por diversas empresas envolvidas na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, pediu que o professor e sua equipe continuassem aquele trabalho exclusivamente para o reservatório de Belo Monte, agora já com a usina construída, para ter o conta das emissões antes e depois.
O trabalho de campo dos pesquisadores durou três anos e analisou amostras em seis campanhas de mensuração, em 45 pontos diferentes da Bacia do Xingu e do reservatório, no Pará, onde a usina está instalada. Os cientistas cruzaram os resultados das medições de gases de efeito estufa com o estudo do ciclo do carbono em reservatórios de hidrelétricas e concluíram um importante progresso para o setor elétrico brasílio, já que, até o presente momento, muito se tem especulado sobre o ponto, sendo as hidrelétricas apontadas sempre uma vez que responsáveis por emitirem grandes quantidades de gases poluentes na atmosfera.
Concluíram portanto que Belo Monte é a usina hidrelétrica que menos emite gases de efeito estufa no bioma Amazônia porque esses gases são produzidos no fundo do reservatório e também na pilastra d’chuva e migram, isto é, são transportados para a atmosfera. Os pesquisadores fizeram a mandamento desse fluxo na extensão do reservatório. Só que a extensão do reservatório de Belo Monte é relativamente pequena, em confrontação com outros reservatórios na região.
Marco Aurélio Santos informou que o reservatório guarda chuva para gerar vontade elétrica. Belo Monte tem uma potência instalada de 11 milénio megawatts (MW) ou 11 gigawatts (GW) e precisa ter chuva para gerar toda essa potência. Mas, por questões ambientais, a usina não pôde ter um reservatório maior para zelar chuva para o período sequioso e poder gerar mais vontade. Daí, seu reservatório ser menor do que deveria ter sido, conforme previa o projeto original. “Mesmo assim, a quantidade de vontade que Belo Monte gera é muito grande”. Santos explicou que pegando-se o coeficiente que divide a quantidade de gases produzidos pela quantidade de vontade, o índice de intensidade de emissões resulta em uma quantidade de emissões muito baixa em relação às tecnologias tradicionais, muito uma vez que às outras hidrelétricas que estão no bioma Amazônia.
Inventário
Na avaliação do professor da Coppe, o Brasil precisava ter um inventário vernáculo de gases de efeito estufa dos reservatórios hidrelétricos, uma vez que os Estados Unidos, através da dependência ambiental americana, já estão fazendo. “Isso o governo brasílio não faz. O que está sendo feito são iniciativas das empresas proprietárias das hidrelétricas. Para nós termos uma verdadeira teoria dessa variação no território brasílio, deveriam ser feitos mais estudos”. Os Estados Unidos estudaram 108 hidrelétricas. “Hoje, os Estados Unidos têm uma radiografia dessa questão muito mais apurada do que nós. Essa é uma falta do governo do Brasil”, criticou o professor. “Já as empresas estão reagindo, promovendo estudos, para provar que não é muito aquilo que os outros diziam”. Salientou que a equipe está disposta a fazer novas radiografias do setor hidrelétrico, “desde que sejamos convidados pelo governo brasílio a fazer”.
Para fazer a estudo das usinas que não tiveram um estudo das emissões antes da construção dos reservatórios, são buscados estudos e publicações científicas que tenham sido feitos naquela região sobre emissões nos solos do Encerrado, da Amazônia, por exemplo, sobre a respiração das vegetalidade, do que emitem e absorvem de CO2, se há estudos em áreas naturais aquáticas, uma vez que rios e lagos. Aí, é feita uma projeção de uma vez que seria a emissão no pretérito, porque a emissão atual consegue-se medindo reservatórios já construídos. Faz-se portanto a confrontação, que resulta na emissão líquida. As emissões dos oito reservatórios foram calculadas com base nessa metodologia.
O estudo “Desenvolvimento de Metodologia para o Cômputo das Emissões de Gases de Efeito Estufa no Reservatório da UHE Belo Monte” usou uma vez que base o Índice de Intensidade de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), métrica reconhecida internacionalmente e estabelecida pelo Pintura Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), organização científica criada pelas Nações Unidas para determinar os riscos das mudanças climáticas. O Brasil possui 147 hidrelétricas integradas ao Sistema Interligado Vernáculo (SIN) e operadas em conjunto pelo Operador Vernáculo do Sistema Elétrico (ONS).
De concordância com a Coppe, as hidrelétricas se destacam, entre as diversas fontes de vontade disponíveis, uma vez que uma opção viável e eficiente para a geração de vontade limpa e renovável e desempenham importante papel na complementariedade de fontes de vontade e na segurança do sistema, pois têm geração firme, em grande graduação, e compensam a intermitência de fontes uma vez que solar e eólica. Belo Monte é a maior hidrelétrica 100% brasileira e se encontra em operação plena desde novembro de 2019. (Alana Gandra)