Beatriz Souza, 26, tornou-se uma figura conhecida posteriormente seu magnífico desempenho nos Jogos Olímpicos de Paris. Medalha de ouro na disputa supra de 78 kg do judô e decisiva na conquista do bronze do Brasil na competição mista por equipes, passou a ser tietada nas ruas e a estrelar comerciais.
É uma verdade à qual ainda tenta se habituar, ainda que considere bem-vindas as mudanças em sua vida. Convidada ao jogo da NFL (liga de futebol americano dos Estados Unidos) realizado no estádio do Corinthians, em Itaquera, no mês pretérito, surpreendeu-se com os aplausos do público. Agora com mais de 3,2 milhões de seguidores no Instagram, procura usar a recente popularidade em prol das causas que defende.
“Estou me dedicando muito para servir de inspiração, para servir de exemplo. Eu fui muito muito inspirada dentro da minha morada por mulheres pretas e queria também poder inspirar as crianças, a mulherada por aí, todo o mundo que precisa de um espelho”, afirmou, em entrevista à Folha, na qual abordou também os comentários a saudação de seu corpo, que compete no judô na categoria pesado.
“Eu não luto só por mim, mas por todos. Sempre que um tanto me incomoda e eu posso mudar, eu vou mudar. Se eu puder lutar contra, vou lutar contra, vou lutar contra o padrão da sociedade”, disse. “Eu vou em procura do que eu quero, do que me deixa confortável, do que me faz me sentir formosa, independentemente de as pessoas gostarem ou não. O importante é eu me amar em primeiro lugar.”
A novidade vida e a plataforma que ganhou, assegura, não tirarão seu foco do judô. A paulista de Itariri prometeu lutar para repetir o sucesso nos Jogos de Los Angeles, em 2028, mas, por enquanto, permite-se curtir o momento. E a rever os combates que a levaram topo do pódio, uma vez que a vitória na semifinal sobre a francesa Romane Dicko, para tristeza do público lugar, e o triunfo pelo ouro sobre a israelense Raz Hershko.
Uma vez que está a vida pós-Olimpíadas?
Está uma loucura. Eu ainda não parei desde o dia em que lutei, mas estou muito feliz de estar fazendo bastante evento, de estar tendo bastante visibilidade. Acho que oriente é realmente o melhor momento para o desportista, pós-Olimpíada, portanto a gente tem que aproveitar ao sumo. Estou me divertindo muito com todas as ações. O Daniel [marido de Bia] nasceu para fazer publicidade, mas eu nunca fui de redes sociais. Eu não tenho o rotina, não é um tanto originário para mim permanecer gravando as coisas. Estou me esforçando para fazer esse lado crescer. Mas o Daniel é supertranquilo, ele adora. Nossa, se deixar, ele vai fazer vídeo de tudo.
Acho que todos os eventos, as palestras que estou fazendo, estão sendo muito bacanas. A NFL foi muito peculiar. Foi um momento muito incrível, mágico, estar ali no meio do campo, a Neo Química lotadaça, tinha gente até no teto. Assisti ao jogo de futebol americano, sempre gostei de testemunhar pela televisão. Acho muito dissemelhante, muito lítico a dinâmica, e ver assim ao vivo foi muito bacana. As propagandas também estão sendo muito legais. A mais recente envolveu até o Danbi [cachorro que adotaram], portanto é muito risonho.
Voltando aos Jogos, sua campanha teve alguns momentos marcantes. Um deles foi na semifinal, você calou o ginásio. Qual foi a sensação?
Para te falar a verdade, eu nem estava escutando a torcida. Eu não escutava a arquibancada. Toda vez que eu ia lutar, não ouvia zero, ninguém gritando nem zero. Realmente, é muito surreal. Eu consigo bloquear muito muito os sons externos e focar principalmente a Sarinha, minha técnica. Portanto, meu foco estava nela, e eu ouvia a voz dela e só. Quando eu assisti à luta de novo, percebi que estava todo o mundo gritando. Perto do final da luta, o pessoal já estava muito quieto, e no final ninguém falava mais zero. Quando eu ganhei, ficou realmente o silêncio no estádio todo.
Você dedicou a vitória a seus pais e sua avó, que morreu antes da competição. O que eles significam para você?
Ah, minha família sempre foi meu grande pilar, sempre foi meu grande pedestal em tudo desde que eu iniciei no judô. Eles nunca me pressionaram a zero. Diziam para me destinar e me entregar. Torceram e torcem muito por mim. Meu marido sempre me acompanha. Minha avó também foi um pilar e a minha inspiração. Eu era a típica neta que passava férias na morada da avó. Comia de tudo. A gente saía junto, ia para o mercado junto, fazia feira junto. Fomos muito grudadas, desde moço até depois de crescida.
Quando eu a perdi ali um mês antes de viajar, isso me abalou muito, foi muito poderoso para mim. Eu prometi ali, não sei uma vez que, mas eu já sabia que eu voltaria de Paris com a medalha. Independente do resultado, seria por ela, seria em homenagem a ela. Não tinha uma vez que não falar que não tinha sido para ela.
Você se tornou um ícone na luta racial. Uma vez que é abraçar essa pretexto?
Acho que é mais a vivência. Viver na pele já é o suficiente. Estou me dedicando muito para servir de inspiração e de exemplo. Eu fui muito muito inspirada desde dentro da minha morada por mulheres pretas. É um mundo dissemelhante, portanto eu queria poder inspirar as crianças, a mulherada por aí, todo o mundo que precisa de um espelho: “Poxa, ela conseguiu, eu vou conseguir também, porque realmente é provável”.
Essa é a mensagem que eu quero transmitir. Basta a gente confiar, incumbir no processo e realmente se destinar ao sumo, porque coisas grandiosas têm preços muito altos. Se você estiver disposto a remunerar o preço e realmente se destinar àquilo, você vai ocupar. É provável, independentemente da sua cor, independentemente da sua renda, de onde você saiu.
O que você pensa dessa questão de fugir do padrão corporal?
Eu, uma vez que influencer, luto não só por mim, mas por todos. Sempre que um tanto que me incomoda e eu posso mudar, eu vou mudar. Se eu puder lutar contra, eu vou lutar contra, vou lutar contra o padrão da sociedade. Eu falo: “Eu não sou padrão de ninguém, eu sou o meu padrão”. Eu vou em procura do que eu quero, do que me deixa confortável, do que me faz me sentir formosa, independentemente de as pessoas gostarem ou não. O importante é eu me amar em primeiro lugar.
Sou eu me amando, eu amando meu cabelo, eu amando meu estilo de roupa. Sempre falo nas entrevistas que as marcas têm que nos olhar também, têm que nos enxergar. Não dá pra colocar aquele G falso no cabide, que não passa nem no meu braço. Merecemos roupas boas, de qualidade, bonitas e estilosas, porque não é só porque a gente está fora do padrão que a sociedade impôs que a gente não tem que se arrumar, que a gente não tem que andejar formosa. Fora o preço, que é mais cume para peças plus size.
Quais são os sonhos e objetivos daqui até Los Angeles-2028?
Os quatro anos realmente passam voando. São os quatro anos mais decisivos da vida de um desportista, né? Que é o que define a vaga para uma Olimpíada ou não. Agora, é reencetar tudo de novo. A gente já fez um planejamento meio que universal em relação a Los Angeles. Eu vou tirar minhas merecidas férias depois de novembro.
Mal a gente voltar em janeiro, já vou voltar com tudo, focada na preparação, com a periodização de treino. Vamos voltar com treino de força, treino de potência, focado nos detalhes do tatame. Eu quero mudar algumas coisas nas questões técnicas e táticas também. Mas o foco são os campeonatos mundiais dos próximos anos. Eu quero muito ser campeã mundial. Ainda não tenho o ouro mundial.
RAIO-X
Beatriz Souza, 26
Nascida na cidade de Itariri, em São Paulo, cresceu em Peruíbe, no litoral paulista, onde tomou sabor pelo judô. Conquistou uma medalha de prata e duas de bronze em disputas individuais no Mundial da modalidade antes de viver seu grande momento nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, com o ouro na categoria supra de 78 kg.