O presidente Joe Biden manipulou o Super Bowl para que o Kansas City Chiefs vencesse?
“Eu me meteria em problemas se te contasse”, brincou Biden na primeira postagem de sua campanha no TikTok, a plataforma de mídia social de propriedade chinesa que possui 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, ainda que poucos políticos de tá escalão do país.
O vídeo portanto cortou para uma imagem do meme “Dark Brandon” —outra tentativa de virar uma teoria da conspiração de direita.
A chegada de Biden ao TikTok e a natureza descontraída de sua postagem apontaram para seus contínuos esforços para reconstruir seu pedestal entre os jovens eleitores americanos.
Depois de semanas em que seus assessores haviam sugerido que ele se juntaria à plataforma, sua campanha apertou o botão em seu primeiro vídeo durante o Super Bowl na noite deste domingo (11).
O clipe de 30 segundos mostrava o presidente evitando perguntas de um interrogador fora da tela.
Quem venceria o grande jogo? (Ele evitou a pergunta e mencionou o fanatismo de Jill Biden pelo Philadelphia Eagles.)
Qual irmão Kelce ele preferia? (Novamente, uma resposta diplomática: “Seio Kelce”.)
E ele era responsável por uma vasta teoria da conspiração levantada pela extrema direita, segundo a qual a Moradia Branca e a NFL haviam conspirado para que os Chiefs vencessem o jogo e de alguma forma ajudassem sua campanha de reeleição? (Nisso, apareceu “Dark Brandon”, meme em que o presidente aparece com um fulgor sobrenatural ou raios laser vermelhos saindo de seus olhos e ao qual a Moradia Branca tem aderido)
Entrar no TikTok é uma mudança brusca para a campanha de reeleição de Biden, que dizia que não precisava de sua própria conta no TikTok para perceber eleitores e que trabalharia por meio de influenciadores.
A mudança também traz um proporção de risco: o TikTok é de propriedade da empresa chinesa ByteDance e é proibido em dispositivos governamentais na maioria dos estados e em nível federalista.
Republicanos, mormente, mas também democratas e especialistas em segurança pátrio, levantaram preocupações sobre o controle que o regime dominador da China poderia trenar sobre os dados e o teor da plataforma mostrados aos americanos. O TikTok contestou essas preocupações.
A campanha de Biden disse que estava tomando “precauções avançadas de segurança em torno de nossos dispositivos e incorporando um protocolo de segurança sofisticado para prometer a segurança”.
Essa cautela contribuiu para a relutância dos políticos e suas campanhas em aderir ao TikTok, apesar da crescente influência do aplicativo. Em dezembro, somente 37 membros do Congresso estavam no aplicativo, e não havia contas oficiais @POTUS ({sigla} em inglês para presidente dos EUA), Moradia Branca ou Biden 2024.
Entre os candidatos republicanos, somente Vivek Ramaswamy tinha sua própria conta. Ele desistiu da corrida no mês pretérito.
O aplicativo, antes sabido por vídeos de dança viral, tornou-se cada vez mais uma natividade de notícias e informações, mormente para os mais jovens. Tapume de 14% dos adultos americanos disseram que obtinham regularmente notícias do TikTok no ano pretérito, em conferência com 3% em 2020, segundo o Pew Research Center.
No mês pretérito, os funcionários da campanha de Biden comemoraram quando um vídeo do TikTok feito por um jovem da Carolina do Setentrião, cuja morada Biden visitou, atraiu milhões de visualizações.
Se a campanha de Biden pode fazer o presidente de 81 anos parecer permitido na plataforma ainda é uma questão em descerrado. Na postagem de domingo, Biden usava calças caqui e um suéter azul com zíper de quarto, com um microfone recluso ao zíper.
As perguntas foram feitas por Rob Flaherty, um vice-gerente de campanha, de negócio com um funcionário da campanha.
“A estreia de TikTok do presidente na noite passada é prova positiva de nosso compromisso e sucesso em encontrar novas maneiras inovadoras de perceber os eleitores”, disse Flaherty.
Abraçando outro meme, levante sobre a suposta fascinação dos homens pela Roma antiga, ele acrescentou: “Eu suponho que você poderia manifestar que nosso Poderio Romano está encontrando eleitores onde quer que eles estejam”.
Com outra postagem no TikTok na segunda-feira, a campanha sinalizou os tipos de questões que planeja sobresair durante todo o ano, compartilhando uma breve compilação de trechos do ex-presidente Donald Trump se vangloriando de seu papel na revogação de Roe v. Wade, que garantia o recta constitucional ao monstro.
Embora o TikTok não permita publicidade política paga, várias campanhas têm usado com sucesso o aplicativo para erigir um relacionamento com potenciais eleitores e ajudar a vencer eleições. O senador John Fetterman, democrata da Pensilvânia, por exemplo, contou com o TikTok entre as ferramentas que usou para derrotar o Dr. Mehmet Oz nas eleições de meio de procuração de 2022.