Lojas e ecommerces estarão cheios de novos dispositivos inteligentes de toda a sorte, segundo a futurista Amy Webb. Ela apresentou, no sábado (9), a 17ª edição de seu compilado de tendências de tecnologia no SXSW (South by Southwest), em Austin, no Texas —a palestra está disponível no YouTube.
Esses aparelhos aprofundarão a tomada de dados sobre o comportamento humano para treinar modelos de perceptibilidade sintético ainda mais capazes.
O objetivo das empresas é ultrapassar os modelos de linguagem porquê o ChatGPT, capazes de produzir texto, para produzir modelos de ação, capazes de executar tarefas diversas, de congraçamento com Webb, do qual trabalho quotidiano no FTI (Instituto Horizonte Hoje, em tradução livre) envolve conversar com líderes empresariais.
Para isso, não bastam os textos na internet, são necessários dados espaciais, visuais e sensoriais. Os dispositivos vestíveis e conectáveis atendem à essa demanda.
Uma vez que exemplo dessa tendência de mercado, ela cita os óculos de veras aumentada da Apple, o Vision Pro.
O dispositivo tem 14 câmeras, segue o movimento da retina, mapeia tudo à volta do usuário, o que fornece dados úteis para treinar diferentes percepções da perceptibilidade sintético.
“Uma vez que esposa de um oftalmologista, eu posso expressar que as pupilas de uma pessoa se contraem quando ela está nervosa e essa informação pode ser útil para entender o estado de espírito do consumidor”, afirmou Webb.
Exemplos de dispositivos vestíveis empoderados com modelos de ação são o Rabbit, pequeno aparelho que recebe comandos por voz e é capaz, por exemplo, de tocar uma música no spotify ou mandar um email, e o AI Pin, um broche com capacidade similares.
Ambas os aparelhos têm opções de personalização por treinamento, em que o aparelho adequa as respostas ao usuário a partir de instruções anteriores. “Essas tecnologias vão poder nos gravar a todo o tempo e saber onde estamos”, disse Webb.
Empresas de diversos setores devem aderir aos dispositivos inteligentes para levantar dados de seus clientes. Uma vez que exemplo mais bizarro, Webb citou uma arma de choques da marca Taser, capaz de tocar músicas.
Os dispositivos conectados permitem a tomada de dados a todo hora em todo lugar para treinar modelos de perceptibilidade sintético, diferentemente de redes sociais ou de buscadores que dependem do entrada do usuário —essa é uma das principais sínteses do relatório de Webb.
As empresas estão em uma corrida para lucrar esse mercado e quem tiver os dados de melhor qualidade vai levar a vantagem
Webb avaliou que a sociedade será completamente remodelada por um novo superciclo econômico —noção que remete a um longo período de demanda explosiva e elevação de preços causado pela invenção de uma tecnologia aplicável em setores diversos, porquê foram a máquina a vapor na revolução industrial, a eletricidade e mais recentemente a internet.
No cerne deste novo superciclo, estão perceptibilidade sintético, dispositivos inteligentes e biotecnologia. “Essas três áreas passaram a convergir de maneira em que uma permitiu saltos qualitativos na outra”, disse Webb.
Um exemplo disso é a relação entre dispositivos vestíveis, vigilância e treinamento de perceptibilidade sintético; outro, as novas arquiteturas de chips mais similares ao sistema nervoso humano para melhorar desempenho e eficiência energética de computadores.
Esse cenário não exclusivamente cria oportunidades de negócio, mas também altera tendências de consumo.
Num porvir próximo, seria provável, por exemplo, impor tarifas dinâmicas, porquê as do Uber, para todos os produtos, de forma a incentivar o consumo desordenado, o que culminaria em inflação, afirmou Webb.
Seria provável também oferecer cupons de desconto por propaganda, disse Webb. “Uma vez que os óculos inteligentes acompanham o movimento da retina, poderão determinar se o cliente prestou atenção ou não no pregão.” Esse seria outro marcador de classe, visto que os ricos não precisariam da publicidade.
Uma vez que muito vai mudar, de congraçamento com a estudo de Webb, as pessoas estão em um estado de pavor, incerteza e incerteza (FUD, na {sigla} em inglês), o que as coloca em uma situação de vulnerabilidade. O FUD foi uma uma estratégia da indústria do tabaco para postergar a imposição de regras mais duras contra a droga lícita.
Ao mesmo tempo, esse é o momento de fazer o debate ético sobre essas tecnologias, afirmou a futurista.
“Uma escola poderá usar conectividade e perceptibilidade sintético para entender quando um aluno presta atenção e porquê ele aprende, mas um banco vai poder usar tecnologia similar para prezar quando uma pessoa vai morrer e resolver se vai conceder ou não um financiamento ou seguro”, disse a profissional.
De congraçamento com Webb, o mercado de tecnologia tem agora incentivos errados, uma vez que as empresas lucram com melhorias incrementais dos produtos. “Assim, os desenvolvedores focam em velocidade na implementação de projetos e em graduação, não em segurança; não há prêmios para o aplicativo que garante mais privacidade ou polui menos.”
Essa quesito do mercado também inibe o surgimento de novos competidores, uma vez que as grandes empresas detêm infraestrutura para atender à demanda já estabelecida.
A futurista expressou preocupação com a concentração de poder e influência das grandes empresas de tecnologia nesse momento sensível. “Se não houver intervenções, podemos findar em cenários catastróficos.”
“O superciclo econômico da tecnologia concentra quantia e poder nas mãos de um grupo pequeno de pessoas, porque eles concentram nossos recursos tecnológicos e porquê nos comunicamos”, disse Webb.
Para Webb, a espera por uma messias tecnológico abre caminho para um pensamento dominador fundamentado no domínio da tecnologia, chamado de “tecnoautoritarismo de livre mercado”. “Nós não precisamos de salvadores e sim de melhor planejamento.”