São Paulo
Quando moço, Sabina Simonato colava um post-it na parede para marcar a posição de uma câmera imaginária e segurava o controle remoto na mão, tal qual um microfone. Era logo que ela treinava uma vez que seriam suas primeiras falas na TV adiante de um programa de verdade.
A partir deste sábado (1), aos 40 anos, ela vai transformar seu sonho de rapariga, em São Bernardo do Campo (SP), em veras, nos estúdios da Orbe em São Paulo. Acostumada a dividir o estúdio com o grande companheiro Rodrigo Bocardi nas manhãs da emissora, agora Sabina será a âncora de um telejornal vernáculo, o Bom Dia Sábado, a partir das 6h50. “Minha família só falta transpor em carreata de felicidade”, comemora.
Leia inferior entrevista de Sabina ao F5 sobre a novidade período na curso. Ela foi feita dois dias antes do proclamação da exoneração de Bocardi por descumprir normas éticas na emissora. A Orbe comunicou na noite de quinta-feira (30) que a jornalista ficará sozinha adiante do programa já a partir desta sexta (31). Procurada, também nesta manhã, para comentar as mudanças, Sabina já estava, segundo a Orbe, em função das gravações, sem tempo disponível.
Por que a Orbe vai lançar um noticiário nas manhãs de sábado?
Sábado é aquele dia que deixamos para resolver muita coisa. Muita gente trabalha, estuda, o setor do negócio ferve. Fizemos pesquisas para atender a uma demanda do brasílico. Temos a missão de passar as principais notícias do Brasil e do mundo para todo o país com olhar para assuntos que interferem no dia a dia do cidadão. As pessoas sentem falta de jornal pela manhã e querem ver sua região representada. Sábado deixou de ser um dia só de lazer, está tudo acontecendo.
Qual foi sua reação ao saber que ganharia um programa para invocar de seu?
Era alguma coisa que queríamos muito. Um dia nos chamaram [ela e Marcelo Pereira] para tirar umas fotos, mas não disseram o motivo. Achei que era para o Memória Orbe para permanecer registrado no dia que a gente morresse (risos). Foi depois das eleições do ano pretérito. Me ligaram, falaram para eu passar às 5h na sala da director, achei que seria exoneração, sei lá. Logo, quando ela comentou sobre essa novidade, passei a notícia para o Marcelo que estava na feira. Foi muito bacana.
Agora no Bom Dia Sábado você dividirá espaço com o Marcelo Pereira. Vocês têm entrosamento, trabalham muito juntos?
Muito. Minha mãe já adorava ele antes mesmo de nos conhecermos. Uma vez nos falamos num galeria e foi marcante quando eu contei isso para ele.
Uma vez que ficará sua rotina a partir do dia 1º de fevereiro?
Continuo no Bom Dia São Paulo de segunda a sexta, e agora comando o jornal aos sábados das 6h50 às 7h50. Mas é tranquilo, saio do ar umas 9h30 e antes do almoço já estou em mansão. [Nesta quinta (30), a Globo confirmou que ela apresentará o Bom Dia São Paulo de forma interina no lugar de Bocardi].
Uma vez que foi sua trajetória até cá?
Comecei em um jornal impresso em São Bernardo do Campo. Depois, fui estagiária na TV Cultura e, quando me formei, fui trabalhar na afiliada da Orbe em Sorocaba. Minha primeira reportagem foi sobre uma chuva de saraiva e ela abriu o SPTV. Em seguida, descobri o contato da director de reportagem da Orbe em São Paulo e ela me chamou para fazer plantões aos finais de semana. Fui contratada.
Quando começou a comparecer de vez na tela?
Em 2017 eu tive a primeira oportunidade de fazer o Radar SP com o Rodrigo Bocardi. Logo veio a pandemia e eu engravidei. Eu queria continuar no dia a dia e ficava ligando para o núcleo de gerenciamento do coronavírus para atualizar as informações. Depois que a Sophia nasceu, me deram a chance de fazer pilotos uma vez que apresentadora para jornais locais.
Está nervosa?
Eu sou a faceta do jornal aos sábados e isso me dá tremedeira, indiferente na bojo, parece que não caiu a ficha ainda. E minha família fala: ‘Mas você sempre quis isso, Bi’. Quando pequena, eu pegava o controle da TV e ficava falando sozinha uma vez que se estivesse lá na TV. Via o Bom Dia São Paulo com Abigail Costa e Mariana Godoy e me inspirava. Resolvi fazer jornalismo não para comparecer, mas para saber histórias. No interno, ninguém é ouvido, uma veras doída.
Mas você está acostumada, já que costuma substituir Bocardi pelas manhãs
Quando estou no estúdio me sinto em mansão, nem dá mais indiferente na bojo, é oriundo. Às vezes eu tusso, vai evadir um esternutação ou outro, tomo chuva. Não sou melhor do que ninguém, só estou deste lado do balcão.
Você é apontada uma vez que uma jornalista carismática, espontânea. Ficou famosa?
O povo fala disso, me encontra, me abraça e diz que eu sou a mesma da TV. E uma vez que não ser? Vamos todos para o mesmo lugar quando morrermos. Essa naturalidade me deixa à vontade no ar, mas no Bom Dia Sábado ainda vou precisar me ambientar, é tipo uma mansão novidade, coração apertado. Evidente que vão ter críticas positivas e as negativas deverão ser construtivas, mas estou feliz. Minha família só falta transpor em carreata.
O entrosamento com o Bocardi te ajudou nessa subida?
As pessoas gostam da gente juntos, ele me ajuda muito. Em 2017, no nosso primeiro contato, achava ele indócil, mas ele é sarrista. Somos amigos, conheço os três filhos, a mulher, a sogra dele. Se eu te der o telefone da minha mãe e do meu marido, todos vão falar muito do Rodrigo. Nos ajudamos mutuamente, vibro por ele e ele por mim. Às vezes ele me dá uns toques para me policiar, pois sou boca ensejo. Sou muito grata ao Bocardi, ele faz segmento da minha família. Um dia quero ter a desenvoltura que ele tem.
Quase irmãos?
Parecemos, sabia? De vez em quando falo que ele está ranzinza, mas tem muito saudação e companheirismo entre nós. Durante a tarde, vamos trocando mensagens de apurações para já ir montando o Bom Dia São Paulo do dia seguinte. Fico feliz pelas conquistas dele e ele pelas minhas.
