O Brasil deve aproveitar a presidência do G20, levante ano, para projetar os seus objetivos de política externa, porquê a resguardo da reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a procura por solidar o país porquê liderança na luta contra as mudanças climáticas e pela transição energética.
O G20 é considerado o principal fórum global sobre finanças e economia, e foi definido porquê prioridade máxima da agenda internacional do governo brasílico. Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidência do grupo, possivelmente, é a maior responsabilidade internacional do Brasil.
“É a valimento política de uma projeção da própria imagem do Brasil, do próprio papel que o Brasil pode ter no cenário internacional. O G20 é hoje considerado o principal fórum multilateral de debate de economia política, de temas sociais e dos temas que tangenciam a transição climática. E o Brasil liderar isso, e poder trazer também a sua marca, acho que é uma questão de grande relevância”, destacou a Tatiana Berringer, que coordena a relação da sociedade social com a Trilha de Finanças do G20, do Ministério da Rancho.
Na presidência do conjunto pela primeira vez na história, o Brasil sedia as reuniões do G20 que começam na quinta-feira (18). Estão previstos tapume de 120 eventos ao longo do ano até a cúpula final dos chefes de Estado do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Criado em 1999 para proferir respostas às crises financeiras que assolavam países porquê o México e a Coreia do Sul, o G20 se fortaleceu posteriormente a crise financeira de 2008 e, atualmente, reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana, que entrou no grupo no ano pretérito. O G20 agora tem tapume de 100 nações envolvidas.
Prioridades
O Brasil definiu três prioridades na presidência do G20, o combate à inópia, à pobreza e a desigualdade; as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e a reforma da governança global.
O coordenador do Grupo de Reflexão sobre o G20 no Brasil, da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Goulart Menezes, acredita que o Brasil saberá aproveitar as reuniões para projetar seus objetivos de política externa, mas pondera que essa projeção tem limites, que são fixados pelos compromissos firmados nos encontros anteriores e por aqueles previstos para próximo encontro do conjunto em 2025, na África do Sul.
“A agenda do G20 não pode suportar um cavalo de pau. Ou seja, a margem de manobra para o Brasil utilizar o G20 financeiro porquê palco para seus objetivos de política externa é muito limitada”, alerta o professor de Relações Internacionais da UnB.
Menezes explicou que a construção de consensos dentro do conjunto é um processo lento. “Os países estão tentando coordenar posições. Portanto, às vezes você tem um tema novo na agenda, mas que vagar 6 ou 10 anos para esse tema se materializar porque não há consenso”.
FMI e Banco Mundial
Em seu exposição na Tertúlia Universal da ONU, em setembro de 2023, o presidente Lula defendeu a reforma do FMI e do Banco Mundial. “No ano pretérito, o FMI disponibilizou US$ 160 bilhões em direitos especiais de saque para países europeus, e unicamente US$ 34 bilhões para países africanos. A representação desigual e distorcida na direção do FMI e do Banco Mundial é inadmissível”, criticou.
O professor Roberto Menezes acredita que o Brasil, em parceria com outras nações porquê China, Rússia, Índia e África do Sul, deve manter a pressão por uma reforma nos bancos internacionais, que sempre são presididos pelos Estados Unidos ou por países da Europa.
“Ou seja, tentar quebrar essa dobradinha dos poderosos, entre Estados Unidos e a União Europeia. Os Estados Unidos não, mas a Europa está sobrerepresentada no FMI. Já passou o tempo de a Europa perder essa posição”, destacou o perito, lembrando que os bancos refletem o poder econômico dos países, com os Estados Unidos com poder de veto no FMI.
Menezes acrescentou que o Brasil deve trabalhar com a recém-chegada União Africana nesse sentido. “É evidente que o Brasil vai trabalhar para que a União Africana ajude a aumentar a pressão sobre a União Europeia e sobre os Estados Unidos”, avalia.
Mudanças climáticas
Outro tema prioritário do Brasil é a transição energética. Para Menezes, o Brasil deve pressionar para facilitar o chegada aos recursos dos fundos climáticos.
“Existem quatro fundos globais, que têm tapume de U$S 11 bilhões, que são exatamente para financiar a mitigação das mudanças climáticas. O Brasil, logo, diz ‘olha, os fundos estão lá, mas para conseguir acessar o fundo é muito difícil’”, destacou.
O tema também deve ser destaque porque a presidência do Brasil no G20 termina poucos meses antes do início da presidência do Brasil na Conferência para Mudanças Climáticas da ONU de 2025 (COP30), em Belém.
G20 Social
O Brasil também definiu porquê prioridade a promoção da participação da sociedade social no G20, que terá uma cúpula exclusiva para sociedade social organizada, que deve ocorrer antes da cúpula dos chefes de Estado.
Responsável por coordenar o debate da sociedade social sobre as questões financeiras discutidas no grupo, Tatiana Berringer disse que a teoria é expandir a discussão para a sociedade.
“Temos essa prioridade de transcrever também os temas financeiros, que são o núcleo duro do debate, para a população, a sociedade social, os movimentos populares, as organizações não governamentais, de uma maneira mais clara, mostrando, inclusive, o impacto que existe na vida cotidiana dessas decisões, dessas discussões”, destacou a representante do Ministério da Rancho.