Pela terceira vez na história, o Brasil será a sede de uma Despensa do Mundo. Nesta sexta-feira (17), durante o congresso da Fifa (Federação Internacional de Futebol), em Bancoc, na Tailândia, a candidatura brasileira superou a proposta conjunta apresentada por Bélgica, Alemanha e Holanda e foi escolhida para receber a edição feminina do torneio em 2027.
Ao todo, 207 associações filiadas à Fifa participaram da votação. A eleição foi o 11º item da taxa do evento, que começou às 23h (de Brasília) de quinta-feira (16).
Será a primeira vez que o Mundial das mulheres será realizado na América do Sul. Pesou em prol do Brasil o legado deixado pela Despensa do Mundo de 2014, sobretudo os estádios construídos para a ocasião.
Em relatório publicado pela Fifa há pouco mais de uma semana, no qual a entidade avaliava os principais aspectos levados em consideração na escolha da sede, porquê estádios, colocação e núcleo de mídia, o país alcançou nota 4, em uma graduação de 0 a 5, enquanto a candidatura conjunta europeia recebeu 3,7.
Os dez estádios indicados pela candidatura brasileira, que foram erguidos ou reformados para receber jogos da Despensa de 2014, tiveram nota 3,7. Os 13 estádios dos países europeus receberam avaliação de 3,4.
O Brasil entrou na disputa contando com as cidades, e os respectivos estádios, de Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Cuiabá (Estádio Pantanal), Fortaleza (Castelão), Manaus (Estádio Amazônia), Porto Jubiloso (Orla-Rio), Recife (Estádio Pernambuco), Salvador (Natividade Novidade), São Paulo (Neo Química Estádio) e Rio de Janeiro (Maracanã) —o estádio carioca foi indicado para receber a franqueza, no dia 24 de junho, e a final, no dia 25 de julho.
O Orla-Rio, do Internacional, está entre os afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Até o momento, não foi discutida a possibilidade de uma substituição.
Para Valesca Araújo, responsável pelo planejamento de infraestrutura e operações do evento, a utilização dos principais estádios do país impulsiona o desenvolvimento da modalidade. “É precípuo levar o futebol feminino para os melhores estádios e centros de treinamento que temos no país. Uma vez que adentre esses espaços, não há mais porquê voltar detrás”, afirmou.
Valesca declarou que, apesar das longas distâncias entre cada uma das sedes propostas pelo Brasil, foi apresentado um calendário regionalizado para cada grupo da competição. “O calendário leva em consideração os climas de cada região para conforto das atletas e o tamanho dos deslocamentos, pela sustentabilidade ambiental.”
Com a utilização dessas arenas, segundo o projecto apresentado à Fifa, o principal gasto para o torneio de 2027 será com estruturas provisórias, porquê a montagem de tendas para receber convidados e prelo e para a realização de reuniões.
De contrato com os cálculos da candidatura brasileira, esses gastos devem somar US$ 13,3 milhões (murado de R$ 65 milhões). O financiamento, de novo, segundo o projecto apresentado, virá por meio de parceiros e patrocinadores da Fifa e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), sem a utilização de verba pública.
Serão dez cidades brasileiras que vão acoitar os 64 jogos da Despensa. Em 2014, foram 12 municípios. A redução tem porquê objetivo reduzir os deslocamentos e melhorar a logística para equipes e torcedores.
Além do Mundial há uma dez, o Brasil recebeu nos últimos anos os Jogos Pan-Americanos, em 2007, os Jogos Olímpicos, em 2016, e a Despensa América, em 2019 e 2021.
A entidade máxima do futebol mundial também levou em consideração o esteio do governo federalista para o Brasil receber a competição. No entendimento do Ministério do Esporte, um evento com essa magnitude representa uma utensílio para dar visibilidade ao futebol feminino no país e ampliar seu desenvolvimento.
Na Tailândia, o representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA).
A CBF também considera o evento uma oportunidade para ampliar as possibilidades para meninas e mulheres que estejam considerando uma curso no futebol.
Elas terão a chance de obter um feito inédito para país, que nunca venceu um Mundial porquê anfitrião. Em 1950, a seleção brasileira masculina perdeu a partida decisiva para o Uruguai. No Mundial de 2014, ficou somente na quarta colocação universal, depois de histórica goleada sofrida diante da Alemanha nas semifinais, por 7 a 1, e de novidade rota na disputa do terceiro lugar, diante da Holanda, por 3 a 0.
A seleção feminina ainda procura o seu primeiro troféu. O melhor resultado das mulheres brasileiras até hoje foi um vice, na edição de 2007, quando foram superadas pela Alemanha, na edição realizada na China.
Será a décima edição da Despensa do Mundo feminina. A primeira foi em 1991, na China, palco também do evento em 2007. Outros países que receberam o Mundial foram a Suécia (1995), os Estados Unidos (1999 e 2003), a Alemanha (2011), o Canadá (2015) e a França (2019). Na edição mais recente, Austrália e Novidade Zelândia organizaram o campeonato de forma conjunta, em 2023.
No mês pretérito, Estados Unidos e México desistiram de participar da disputa para sediar a Despensa em 2027 e devem apresentar uma novidade candidatura conjunta para 2031.
As norte-americanas são as maiores vencedoras da competição, com quatro títulos. A Alemanha tem dois, enquanto Noruega, Japão e Espanha conquistaram um título cada um.