Brasil Engatinha No Mundo Colorido Da Escalada Indoor 01/02/2024

Brasil engatinha no mundo colorido da escalada indoor – 01/02/2024 – É Logo Ali

Esporte

A escalada indoor, que estreou uma vez que esporte olímpico em Tóquio, ainda não conseguiu levar a seleção brasileira à disputa, mas aos poucos vem ganhando mais adeptos a cada ano, atraindo atletas que procuram treinar para paredes mais ousadas fora de quatro paredes ou simples curiosos que buscam uma opção de manobra dissemelhante e divertida. O blog vai mostrar, em uma série de reportagens, uma vez que a atividade evoluiu nas últimas décadas e quem faz a diferença nesse mundo de pedras, cores e desafios.

A primeira liceu solene voltada para escalada indoor foi a 90 Graus, em São Paulo. Criada pelo ex-praticante de yoga e caratê e economista Paulo Gil, 58, a escola nasceu a partir de seu interesse pela espeleologia, que é a exploração de cavernas. Porquê para essa atividade é necessário ter noções de escalada, ele começou a ter contato maior “com esse monte de gente colorida, simpática, o oposto desse grupo de pessoas desajustadas que gostam de entrar em cavernas”, conta ele, comprando uma segura pugna com sua ex-tribo.

“Eu detestei aquilo, mas acabei conhecendo uma escaladora que me apresentou o lado filosófico da coisa e resolvi dar uma segunda chance”, explica. “E até hoje estou cá”.

Desde o final da dez de 1980 e início da de 1990, Gil trabalhou com eventos que incluíam pequenas paredes para atividades motivacionais de recursos humanos e organizou treinamento para bombeiros, até que percebeu que a atividade podia ser uma oportunidade de negócio. Foi mal nasceu a 90 Graus, em 1994.

“Eu estava focado na pegada de trabalhar com o excluído, com aquele rosto que não deu manifesto em nenhum esporte, e a escalada consegue sorver essa pessoa”, explica, “porque você tira prazer da atividade logo de rosto, tem uma lista de exigências pequena, não precisa ser cume ou extremamente potente, é atingível a todos”.

Mesmo desimpedido a todos os perfis, inclusive os tais excluídos de outras modalidades, Gil se orgulha de ter trabalhado com praticamente todos os grandes nomes da escalada brasileira. Mas se orgulha mais ainda de ter apresentado o esporte a “pessoas para as quais o esporte seria improvável e que, quando a escalada entrou na vida delas, fez uma diferença monstruosa”.

Para o pioneiro Gil, apesar da visibilidade que a elevação da categoria a esporte olímpico ganhou, isso não significa que vai levar multidões aos paredões da natureza. “A liceu de escalada tinha a função de ser porta de ingresso para a escalada em rocha, e a 90 Graus se propunha a ser essa porta de ingresso da forma mais realista, porque havia preconceito contra os muros artificiais”, lembra.

“Aliás, nunca entendi esse preconceito porque, vindo do yoga, eu pensava que se eu estiver no Himalaia ou no banheiro, o importante é estar em contato comigo mesmo, a procura tem que ser interno em qualquer atividade”, filosofa. Para promover a maior similaridade com os obstáculos da vida real, Gil resolveu fabricar as próprias garras, “aquelas pecinhas onde você apoia pés e mãos, o mais parecidas provável com as que você vai ter na pedra, com textura, rijeza e temperatura próximas ao de uma rocha real”.

Gil, que garante não receber de má vontade quem chega à 90 Graus só buscando um momento de diversão, explica que seu espaço é, principalmente, “uma escola de escalada”.

“O que a gente tem para ensinar lá é a escalada do ponto de vista mecânico, fisiológico, biomecânico e emocional”, define. Isso, segundo ele, inclui “uma vez que mourejar com as intempéries, com aquela chuva de perguntas que a parede faz para você e uma vez que conseguir fluir com aquilo e se organizar e se manter imperturbado, seguir assertivo e fazer o negócio fluir, e isso é feito através das vias”.

Gil conta que seu método segmento do princípio dos katás, as sequências de movimentos do caratê. “Fui adaptando aquilo à escalada, montando caminhos, um mais fácil, um mais difícil, e intercalando, sofisticando um pouco mais a cada vez, criando as vias que vão perguntando ‘você sabe fazer isso?’ e ‘se eu retrair seu pé mais para cá e subir o outro, você consegue se lastrar?’, e aí, de pergunta em pergunta, o processo é gradativo, muito suave”, define. Quem ouve até acredita que tudo é muito simples.

Com a evolução do esporte mundialmente e sua disseminação uma vez que atividade instagramável, Gil vê uma grande diferença na escalada indoor. “Hoje, a coisa evoluiu para a segmento de show, de competição, e foi se adaptando ao que o público estava vendo e o que queria ver”, conta. “Daí surgiram esses muros com garras enormes, coloridas, que aparecem muito na TV, para o público leigo olhar e falar, tá, entendi, olha uma vez que é difícil”.

“Se você graduação na maioria dos ginásios, hoje, nesse protótipo, você não transfere aquele conhecimento para a rocha, mas é um protótipo de negócio que funciona, atrai a molecada que vai escalar sem camisa, procurar um parzinho para permanecer e tomar cerveja artesanal”, define com um toque de ironia.

Ele faz a salvaguarda de que “é legítimo a escalada indoor ser esporte olímpico, dar visibilidade e ter formado grandes escaladores”, mas insiste em que a verdadeira escalada, aquela dos perrengues ao ar livre, “evoluiu independentemente disso, mas evoluiu aritmeticamente e não exponencialmente uma vez que pode parecer na mídia”.

Folha

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