Brasil participa de coalizão para ajudar gaza e pressionar israel

Brasil participa de coalizão para ajudar Gaza e pressionar Israel

Brasil

O governo brasílio participou de encontro com 19 países, neste domingo (25), em Madri, na Espanha, onde foram discutidas medidas para ajudar a Tira de Gaza, e pressionar Israel para que suspenda a guerra, incluindo a possibilidade de sanções. As discussões priorizaram ainda ações para viabilizar a chamada solução de dois Estados, um palestino e outro israelense, apesar de Israel rejeitar a geração do Estado palestino.

Organizado pelo governo da Espanha, reuniu chanceleres de 20 países, incluindo Alemanha, Portugal, Reino Uno, Irlanda, Turquia, Itália, Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Pesquisar, Bahrein e Marrocos.

O Brasil foi representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que criticou a inação da comunidade internacional diante do massacre da população social em Gaza.

“Ninguém poderá alegar ignorância sobre as atrocidades em curso, transmitidas diariamente ao vivo pelos meios de notícia. Nenhum interesse pátrio, nenhuma consideração de política doméstica justificam o silêncio diante de crimes que erodem os alicerces do ordenamento jurídico internacional”, afirmou Vieira na reunião em Madri.

O Itamaraty explicou que o encontro procura ainda a preparação para a Conferência sobre a questão Palestina prevista para os dias 17 a 20 de junho, em Novidade York. O Brasil vai coordenar um dos grupos de trabalho da cúpula da ONU sobre a Palestina. 

Israel tem rejeitado, sistematicamente, a possibilidade da construção do Estado palestino. Em julho de 2024, o parlamento israelense aprovou solução contra o Estado palestino argumentando que isso representaria “um transe existencial para o Estado de Israel e seus cidadãos”.

O professor de relações internacionais da Universidade Federalista do ABC paulista (UFABC), Mohammed Nadir, avaliou, em entrevista à Filial Brasil, que o encontro foi ousado e corajoso e representa uma mudança nas relações de países da União Europeia (UE) com Israel.

“Quebra aquela relação de vassalagem cega da União Europeia para com Israel. Mas tenho sérias dúvidas se isso pode se concretizar, porque muitos países vão continuar fornecendo armas a Israel de forma pública ou secreta. Israel tem um lobby poderoso na Europa e no mundo, sobretudo, nos Estados Unidos”, comentou.

Sanções contra Israel

O chanceler espanhol, José Manuel Albares, destacou que a Espanha defende a suspensão do consonância da União Europeia (UE) com Israel, além de um embargo de armas para impedir a venda de armamentos à Tel-Aviv e sanções individuais contra aqueles que impedem a construção do Estado palestino.

“Gaza é uma ferida ensejo na humanidade. Não há palavras para descrever o que está acontecendo agora em Gaza, mas a escassez de palavras não significa que devamos permanecer em silêncio. O silêncio neste momento é cúmplice”, disse no encontro.

A ofensiva de Israel em Gaza tem sido considerada um genocídio por diversos países, organizações de direitos humanos e especialistas. O governo de Tel-Aviv nega e diz que procura destruir o Hamas e restaurar os reféns feitos em 7 de outubro de 2023. 

O chanceler espanhol defendeu que não pode ter venda de armas a Israel. “E devemos rever a lista pátrio de sanções individuais que cada um de nós tem, e que a União Europeia também te, para prometer que não permitamos que aqueles que não querem a solução de dois Estados tenham sucesso e tornem um Estado palestino inviável na prática”, afirmou José Manuel Albares.

Entre 2019 e 2023, os EUA foram responsáveis por 69% das armas importadas por Israel, a Alemanha foi responsável por 30% e Itália 0,9%, sendo os três principais fornecedores de armas para Tel-Aviv, segundo estudo do Instituto Internacional de Pesquisa de Tranquilidade de Estocolmo (Sipri). 

“Os EUA intensificaram rapidamente a ajuda militar emergencial a Israel em seguida 7 de outubro de 2023. Até 10 de outubro, os EUA teriam transferido milénio bombas guiadas GBU-39 para aeronaves, uma entrega acelerada sob um contrato previamente assinado. Desde portanto, também aceleraram a entrega de armas importantes sob contratos anteriores e enviaram ajuda militar emergencial suplementar”, diz o Instituto.  

O professor Mohammed Nadir acrescentou que as medidas discutidas no encontro de Madri não afetam Israel no pequeno prazo. “Israel é um resultado colonial do oeste que ele não pode sacrificar”, disse.

Na última semana, uma pequena quantidade de suprimentos foi permitida entrar no enclave em seguida mais de dois meses e meio de bloqueio completo. Porém, a quantidade é muito subordinado à necessária. Israel teria permitido a ingressão de unicamente 100 caminhões, sendo que 500 caminhões entravam, por dia, em Gaza antes da guerra.

As Nações Unidas (ONU) alertam que a inópia imposta à população pode levar a morte de dezenas de milhares de pessoas em uma população já quase toda deslocada por motivo dos bombardeios de Israel. 

Entenda

Em 1948, com a geração do Estado de Israel, mais de 700 milénio palestinos foram expulsos de suas terras. Muitas dessas famílias ou seus descendentes vivem em Gaza ou em assentamentos na Cisjordânia. Ao contrário de Israel, nunca foi criado um Estado palestino, conforme previa solução da ONU que sugeriu a separação da Palestina entre dois Estados. 

Posteriormente várias guerras e diversos levantes palestinos contra a ocupação dos seus territórios históricos, foram assinados os Acordos de Oslo, em 1993, que previam a geração do Estado palestino. Porém, os compromissos nunca foram cumpridos. Desde portanto, a ocupação da Cisjordânia por colonos israelenses só tem aumentando, medida considerada proibido pelo recta internacional. 

Em 7 de outubro de 2023, o grupo Hamas invadiu vilas e comunidades israelenses matando 1,2 milénio pessoas e sequestrado outras 220, em uma ação que seria uma resposta ao cerco de 17 anos contra Gaza e contra a ocupação da Palestina.

Desde portanto, Israel iniciou uma ofensiva sem precedentes contra Gaza devastando a maior secção do território, deslocando a maior secção da população social e assassinando mais de 53 milénio pessoas. Ao mesmo tempo, Israel avança na Cisjordânia tendo já deslocado mais de 40 milénio pessoas. 

Fonte EBC

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