“Garoto não aprende pelo erro. Garoto precisa de supervisão do adulto muito de perto’. É o que defende o presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Puerícia e Puberdade da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Luci Pfeiffer. O alerta coincide com o Dia Mundial de Prevenção do Afogamento, festejado nesta quinta-feira (25), e se baseia em levantamento divulgado pela entidade, segundo o qual, em média, três crianças e adolescentes perdem a vida por afogamento, diariamente, no Brasil.
A SBP analisou os registros de óbitos ocorridos entre os anos de 2021 e 2022, quando houve mais de 2,5 milénio vítimas desse tipo de acidente que, de tratado com a entidade, é completamente evitável. As crianças de um a quatro anos de idade foram as principais vítimas, com 943 mortes, seguidas de adolescentes de 15 a 19 anos (860 óbitos). O estudo incluiu as faixas etárias de 10 a 14 anos (com 357 óbitos); de cinco a nove anos (291); e os menores de um ano (58).
“Falta desvelo, falta proteção. Falta os pais saberem que garoto precisa de supervisão do mundo adulto e de um envolvente protegido, porque tem coisas que você evita adaptando esse envolvente à atividade de uma garoto”, avalia Luci Pfeiffer. As mortes são resultado também da imprudência de pais e de filhos, acrescentou a pediatra.
A pediatra atribui a grande incidência de óbitos por afogamento em crianças de 1 a 4 anos de idade à falta de proteção nos ambientes que os menores frequentam. “E a partir daí, tanto a falta de equipamentos de segurança, porquê na juventude pela falta de exemplo e supervisão, porque juventude também tem que ser supervisionada”. Os afogamentos entre adolescentes se dão mais em águas naturais, porquê rios, lagos e praias, quando eles se arriscam em lugares desprotegidos que são deixados sem supervisão. Entre as crianças pequenas, a maioria dos acidentes acontece dentro de mansão, na lavanderia, no banheiro, na piscina e em lugares de lazer.
Segurança
Luci Pfeiffer afirmou que boias de braço e circulares e brinquedos flutuantes devem ser totalmente evitados. A única proteção comprovada internacionalmente na prevenção dos afogamentos é o uso de colete guarda-vidas, com certificado do Instituto Vernáculo de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e reconhecimento pela Marinha Brasileira. “O colete garante que a cabeça ficará para fora da chuva”.
A pediatra recomenda que a garoto de 3 a 4 anos deve estar à intervalo de um braço dentro d’chuva do adulto cuidador. De dois anos para plebeu, ela deve estar junto do adulto. “O adulto cuidador deve estar segurando essa garoto em um colete salva vida que seja certificado pelo Inmetro e pela Marinha, porque esse é o único equipamento de segurança que mantém a cabecinha fora d’chuva. Tantos as boias de braço porquê as circulares podem manter, ao contrário, as crianças com a cabeça para plebeu. Aí, ela não tem força para fazer a viradela”.
Outra coisa perigosa, na avaliação da técnico, são brinquedos em que a garoto fica sentada fora da chuva, porquê cavalinhos, porque podem virar de um jeito que fiquem em cima da garoto. “Virando, ela não tem proteção. É uma aspiração de chuva e ela não consegue mais respirar”.
Luci alertou que mesmo que a garoto saiba nadar aos 12 anos, ela tem que ter supervisão direta e perto do adulto. Entre 3 e 4 anos, mais ainda. “Os pais ensinarem o rebento a nadar a partir dos 4 anos é muito bom, mas isso não significa que ela vai conseguir se tutelar em uma manobra mais intempestiva que as crianças gostam de fazer, ou em uma chuva proveniente porquê o mar ou rios, O adulto tem que estar perto”, alerta.
Registros
O estado que mostra o maior número de registros de mortes no período analisado é São Paulo (296), devido, em grande secção, à população maior, seguido da Bahia (225), Pará (204), Minas Gerais (182), Amazonas e Paraná (131, cada). Os acidentes fatais envolvendo crianças e jovens do sexo masculino corresponderam a 76% dos registros nos anos pesquisados, enquanto as meninas somaram 24%. Muitas crianças que não chegam a se afogar apresentam graves sequelas. “É um dano irreparável”.
Por regiões, o maior número de óbitos foi encontrado no Nordeste (375, em 2021, e 398, em 2022), seguido da Região Sudeste (324 e 348), Setentrião (275 e 222), Sul (157 e 143) e Meio-Oeste ( 143 e 124).
Luci Pfeiffer indicou que entre as ações preventivas eficazes está a proibição da livre ingresso de crianças pequenas em ambientes porquê cozinhas, banheiros e áreas de serviço e a prestígio de bloqueios que impeçam o aproximação de menores. “Precisa ter portões na cozinha, porque isso evita também a ocorrência de queimaduras, sobretudo em crianças pequenas que estão na temporada de engatinhamento. São lugares de risco a cozinha, lavanderia, porque uma garoto pequena que ainda não tem domínio do seu caminhar, se ela desabar em uma bacia com dez centímetros de chuva, ela pode se afogar. Baldes e bacias não podem estar no pavimento com sobras de chuva, muito porquê as piscininhas de plástico”, recomenda.
“A gente precisa evitar que a garoto chegue a lugares com chuva sem supervisão Uma vez que as pessoas não conseguem dar conta das crianças o tempo inteiro, é preciso ter barreiras físicas mesmo”. O mesmo desvelo deve ser tomado com relação a piscinas em casas, condomínios e clubes, sinalizou a pediatra. Isso pode ser feito por meio do estabelecimento de portões e barreiras no entorno para controlar o aproximação que possam impedir que os menores consigam penetrar ou escalar. “Piscina não é brinquedo”, advertiu. É um lugar de lazer, mas precisa de desvelo, ou seja, um adulto tem que estar alerta e tomando conta diretamente das crianças e adolescentes no sítio, sem desviar atenção para celulares, entre outras coisas.
Outras informações sobre prevenção de acidentes em universal podem ser acessadas no site da SBP.