Brasil Tem Estreia Arrebatadora No Mundial De Atletismo Paralímpico

Brasil tem estreia arrebatadora no Mundial de Atletismo Paralímpico

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O atletismo brasílico estreou com força totalidade no Mundial Paralímpico em Kobe (Japão), a três meses da franqueza da Paralimpíada de Paris. Só nesta sexta-feira (17), primeiro dia de competições, foram quatro medalhas de ouro, três pratas e um bronze. Os vencedores foram o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques – com quebra de recorde mundial nos 5.000 metros -, o paraibano Petrúcio Ferreira (tetracampeão nos 100m), a amapaense Wanna Brito (lançamento de club) e a paulista Zileide Cassiano (salto à intervalo). O Mundial reúne ao todo 1.069 atletas de 102 países até 25 de maio. A delegação brasileira está em Kobe com 46 atletas e 10 atletas-guia.

O primeiro pódio do dia teve dobradinha brasileira. Yeltsin não só foi vencedor na prova dos 5.000m T11 (deficiência visual), uma vez que estabeleceu um novo recorde mundial ao concluir o trajectória em 14min53s97, superando em dois segundos a marca que pertencia ao nipónico Kenya Karasawa (14min55s39). Em segundo lugar, com a prata, ficou o paulista Júlio Agripino (14min57s70).

“Estou muito feliz, foi uma prova muito poderoso, com vários atletas fazendo suas melhores marcas da vida. Mas a gente conseguiu se transpor muito. Tivemos muito controle na prova, largando mais detrás para depois impor um ritmo mais poderoso nos últimos 1.500 metros”, comemorou Yeltsin, que competiu ao lado dos os guias Antônio Henrique Lima e Guilherme Santos.

A outra dobradinha do dia foi no salto em intervalo da classe T20 (deficiência intelectual). Zileide Cassiano, que fora prata na última edição,  foi ouro hoje ao espetar 5,80 m no salto. A acreana Débora Lima, estreante em Mundiais, assegurou a prata com a marca de 5,54m e, de quebra, carimbou o passaporte paralímpico, pois já assegurara vaga para o Brasil na última edição do Mundial ano pretérito, em Paris.

“Não foi fácil não, estávamos um pouco nervosas. Mas uma apoiou a outra e conseguimos essa medalha e mais uma dobradinha para o Brasil”, comemorou Zileide, que teve diagnosticada a deficiência intelectual aos seis anos de idade.

Quem também sobrou na estreia hoje foi Petrúcio Ferreira, tetracampeão nos 100m classe T47 (amputados de braço) ao concluir a prova em (10s82). O paraibano já vencera nas edições  de Londres 2017, Dubai 2019 e Paris 2023.

“O trabalho que a gente constrói antes de chegar nessas grandes competições e conseguir entregar esse 100% me deixa muito feliz. São 11 anos de curso, acaba ficando um pouco mais ansioso. A classe T47 é uma das classes que mais cresceu no paradesporto e a prova mostrou isso. Ser desportista mais rápido do mundo é ser inspiração e exemplo para outras pessoas e outros atletas”, disse Petrúcio emocionado, logo em seguida vencer a prova dos 100m.

E teve ainda o ouro inédito do Brasil nas provas de campo, também com dobradinha de bronze. Wanna Brito conquistou o primeiro título mundial da curso no lançamento de club F32 (paralisados cerebrais), com recta à quebra do recorde da competição, ao  atingir a marca de 26.66m.  Em terceiro lugar, ficou a paulista Giovanna Boscolo (24,35m), que debutou hoje em Mundiais. A tunisiana Maroua Ibrahmi (26,60m), completou o pódio com a prata.  

“Deu patente, conseguimos repetir o que a gente estava treinando. No meio da prova, comecei a sentir muito insensível e precisei permanecer batendo na perna para esquentar. Mas depois consegui me restaurar e fazer o lançamento do ouro. Sou muito grata a tudo. Trabalhei muito para que isso acontecesse. Estou muito emocionada”, disse Wanna, que ano pretérito foi prata na edição de Paris.

 A terceira prata brasileira no Mundial foi do caçula da delegação, o paulista Vinícius Quintino, de 17 anos, nos 100m T72 petra (de velocidade disputada por atletas com paralisia cerebral). Vinícius concluiu a prova em 17s54, detrás exclusivamente do italiano Carlo Calgani (15s39), que estabeleceu o novo recorde mundial. O lituano Deividas Podobajevas (17s82) ficou com o bronze.



Fonte EBC

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