Em seu segundo jogo adiante da seleção brasileira, Carlo Ancelotti conquistou sua primeira vitória. Mais do que isso: o triunfo por 1 a 0 sobre o Paraguai, na noite de terça-feira (10), na Neo Química Estádio, em São Paulo, confirmou a classificação da equipe canarinho para a Despensa do Mundo de 2026.
Depois da guia da Venezuela para o Uruguai, por 2 a 0, em partida que começou muro de uma hora e meia antes de a globo rolar em Itaquera, bastava à formação brasileira vencer seu compromisso para conseguir a meta.
Provisoriamente em segundo na tábua das Eliminatórias, com 25 pontos somados, o Brasil abriu sete de vantagem sobre a Venezuela, que está em sétimo lugar, na zona de repescagem, a duas rodadas do termo do torneio.
Não foi fácil. O Paraguai adotou em São Paulo uma poderoso retranca, buscando o empate que o classificaria para o Mundial. Diferentemente do que apresentou na estreia do técnico italiano, no empate sem gols com o Equador, o Brasil teve perceptibilidade para encontrar alternativas ofensivas e foi muito persistente até chegar à vitória.
O treinador mexeu na equipe para destravar um futebol mais envolvente. Com a volta de Raphinha, que retornou de suspensão e teve a companhia de Gabriel Martinelli, Matheus Cunha e Vinicius Junior, a seleção brasileira passou boa segmento do jogo no ataque, rodando a globo, até terebrar os espaços na resguardo paraguaia.
Embora tenha criado poucas chances claras no primeiro tempo, conseguiu terebrar o placar aos 43 minutos, quando Matheus Cunha roubou a globo e a carregou antes de servir Vinicius Junior, que fez o meandro na pequena espaço.
O gol foi fundamental para manter a exigente torcida paulista ao lado do time. Mais de 45 milénio estiveram no estádio a despeito do insensível de 13º C. Os presentes tentaram ajudar o time fazendo pressão contra a cera adversária.
A vantagem obrigou o Paraguai a se expor um pouco mais. Os próprios paraguaios se arriscaram mais na frente. O Brasil, todavia, conseguiu controlar o jogo e manter a vantagem para permanecer com a vitória.
Inaugurado em 2014 e palco da início da Despensa do Mundo daquele ano, o estádio do Corinthians também foi o lugar em que o Brasil selou sua classificação para os dois últimos Mundiais.
Na jornada até a Despensa de 2018, na Rússia, a vaga foi assegurada posteriormente vitória sobre o próprio Paraguai, em março de 2017, por 3 a 0. Em 2021, o passaporte foi carimbado para o Mundial no Qatar posteriormente o triunfo por 1 a 0 sobre a Colômbia.
O jogo desta terça foi o sexto da seleção brasileira na Neo Química Estádio, e a vitória manteve a equipe com 100% de aproveitamento no lugar. São, agora, quatro vitórias pelas Eliminatórias, uma pela Despensa América de 2019 e uma na início do Mundial de 2014, sobre a Croácia, por 3 a 1.
A confirmação antecipada, com duas rodadas ainda a ser disputadas, dará a Ancelotti tranquilidade para fazer testes nos próximos jogos da seleção —alguma coisa vasqueiro nos últimos tempos.
Mesmo com a mudança no formato, com seis países classificando-se diretamente ao Mundial, a jornada irregular da seleção brasileira impediu que esse tipo de trabalho pudesse ser feito com mais tempo, porquê faz, por exemplo, a Argentina. Os atuais campeões mundiais garantiram vaga em março deste ano, na 14ª rodada, com goleada sobre o Brasil, por 4 a 1.
A guia diante da Argentina marcou o termo da passagem de Dorival Júnior, exonerado em 28 de março. A equipe vernáculo ficou quase dois meses sem comando até o acerto com Ancelotti, anunciado em 12 maio, tornando-se o quarto estrangeiro a guiar o elenco. Estiveram antes no missão o uruguaio Ramón Platero (1925), o português Joreca (1944) e o prateado Filpo Núñez (1965).
Nenhum deles, porém, chegou com o mesmo excitação com o qual o italiano foi recepcionado. Desde a sua chegada, o ex-treinador do Real Madrid tem sido adoptado por torcedores e por boa segmento da prensa, sobretudo por seu sucesso no time espanhol —com 15 títulos conquistados, é o mais vitorioso treinador da história do clube.
Por isso a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), ainda sob o comando de Ednaldo Rodrigues, pouco antes de seu solidão da presidência da entidade, topou remunerar muro de R$ 5 milhões por mês para narrar com o italiano em seu corpo técnico. O substituto de Ednaldo, Samir Xaud, não mudou o projecto.
O principal objetivo com o investimento é competir pelo título da Despensa do Mundo de 2026.