Brasil Vive Jejum Na F1 Desde Reinado De Senna

Brasil vive jejum na F1 desde reinado de Senna – 01/05/2024 – Esporte

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Quando Ayrton Senna conquistou seu terceiro título mundial, em 1991, parecia que o Brasil já tinha pronta uma risco sucessória para sua galeria de campeões de F1.

Três nomes contavam com grande exalo da mídia e da torcida: Christian Fittipaldi, portanto com 20 anos e vencedor da F3000, equivalente à atual F2, Rubens Barrichello, à era com 19 e vencedor da F3 inglesa, e Paulo Carcasci, já um pouco mais velho, com 27 anos, vencedor da F3 japonesa. Tudo isso em 1991.

Nenhuma dessas apostas chegou ao título da F1. E nenhum outro brasiliano alcançou o feito de Senna e de seus antecessores, Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet.

Do trio que despontava em 1991, Rubinho foi quem ao menos chegou perto do objetivo, com uma curso robusta e dois vice-campeonatos mundiais, em 2002 e 2004. Nessas temporadas ele corria pela Ferrari, escuderia pela qual Felipe Tamanho também alcançou um vice, em 2008.

Desde o ano pretérito, Tamanho passou a questionar na Justiça a perda desse campeonato. Ele afirma que foi prejudicado durante o GP de Singapura, determinante para o desfecho do Mundial, vencido por Lewis Hamilton por exclusivamente um ponto. Seus advogados estão na tempo inicial de um processo que procura uma reparação financeira e histórica pelo ocorrido.

“A gente começa a pensar o que isso representa não só para mim mas o que representa para o país, para o automobilismo, para a formação de pilotos. A gente sabe quanto o Senna foi importante”, disse Felipe à Folha.

Depois de Ayrton, exclusivamente Tamanho e Rubinho venceram corridas na categoria, mas seus triunfos somados, 22 ao todo, sendo 11 de cada um, representam exclusivamente pouco mais da metade das 41 vitórias do tricampeão —até hoje o sexto que mais venceu na F1.

O Brasil vive um jejum de títulos há mais de três décadas. Parece cada vez mais distante a era de ouro do país na principal categoria do automobilismo mundial, com um auge que começou no início dos anos 70 e durou até a primeira segmento da dez de 90, quando Senna, Piquet e Fittipaldi conquistaram, juntos, oito campeonatos.

O país era a segunda país com mais troféus, só detrás da Grã-Bretanha, que reúne os títulos da Inglaterra e da Escócia. Até 1991, os britânicos tinham dez mundiais —atualmente, acumulam 20.

Estacionado nos oito, o Brasil hoje é a terceira país com mais campeonatos, detrás da Alemanha, que não tinha nenhum troféu até 1994, ano da morte de Ayrton Senna e também do primeiro dos sete títulos de Michael Schumacher. Com mais quatro de Sebastian Vettel e um de Nico Rosberg, os alemães agora somam 12.

Não há hoje representantes brasileiros na F1. Desde 2017, quando Felipe Tamanho completou sua 15ª e última temporada, nenhum piloto do país obteve uma vaga de titular.

No próximo domingo (5), no GP de Miami, o Brasil será representado somente por dois reservas, Felipe Drugovich, da Aston Martin, e Pietro Fittipaldi, da Haas. Dos dois, exclusivamente o neto do bicampeão Emerson Fittipaldi já teve a chance de passar na categoria, mas isso na já distante temporada de 2020, quando participou de duas corridas, em Abu Dhabi e Sakhir, substituindo o gálico Romain Grosjean.

Com um sege que competia no último pelotão naquela temporada, Pietro obteve uma vez que resultados um 19º e um 17º lugar, resultados que fazem segmento do maior hiato de vitórias do Brasil na categoria.

A última vez que a bandeira brasileira foi vista no lugar mais eminente do pódio foi ao término do GP da Itália de 2009, quando Barrichello venceu. Já são 15 anos de jejum, o maior período desde que Emerson Fittipaldi deu ao país sua primeira vitória na categoria, em 1970.

Antes, o maior pausa era entre a última vitória de Senna, no GP da Austrália de 1993, e o primeiro triunfo de Rubinho, no GP da Alemanha de 2000.

Fãs brasileiros de automobilismo costumam questionar qual seria o papel de Ayrton se ele estivesse vivo. Para alguns, ele usaria sua relevância para terebrar portas para compatriotas. Pilotos que o conheceram ou entendem muito muito o mundo do automobilismo divergem sobre isso.

Luciano Burti, que disputou as temporadas de 2000 e 2001, acredita que Senna seria mais recluso e não seria uma figura frequentemente vista no envolvente da categoria. “Eu conheci pouco o Ayrton, mas eu não o vejo querendo viver conviver no meio do automobilismo, em que era muito sitiado. Acho que ele seria parecido com o Pelé, de brotar mais em momentos importantes para simbolizar o Brasil.”

Felipe Giaffone, piloto na Fórmula Indy por seis temporadas e de curso vitoriosa na Fórmula Truck, por outro lado, acha que Senna poderia, sim, ajudar a formar novos pilotos. “O meu sentimento é que o Ayrton estaria hoje envolvido com escolas de pilotos, envolvido na formação de talentos”, disse.

Folha

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