Brasiléia, No Acre, Tem A Maior Cheia Já Registrada Na

Brasiléia, no Acre, tem a maior cheia já registrada na história

Brasil

Brasiléia, no Acre, tem a maior inundação já registrada na história do município do sul do estado, em região próxima à fronteira com a Bolívia.

De contrato com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre, às 9h desta quarta-feira (28), em Brasiléia, o nível do rio Acre chegou a 15,56m de profundidade, ultrapassando a enxurro histórica de 2015, quando o mesmo rio alcançou 15,55m. O nível médio de subida das águas segue em 2cm por 3 horas.

Dados da Resguardo Social Estadual mostram que, até o momento, o município é um dos mais afetados pela enxurro do rio Acre e que 75% da cidade já foi afetada pelos alagamentos.

Mais de 13 milénio pessoas foram atingidas de alguma forma, nos 12 bairros afetados, sendo que 911 pessoas estão desabrigadas e 1.011 estão desalojadas. Para prestar assistência às pessoas atingidas, 15 abrigos da prefeitura Brasileia estão em funcionamento com a atuação de 500 profissionais.

Na zona rústico de Brasiléia, mais de 500 pessoas estão isoladas e 20 pontes foram destruídas pela força das águas.

Para evitar o colapso de chuva tratada e pujança elétrica na cidade, a prefeitura decidiu iniciar uma operação de racionamento, com desligamento da pujança por uma hora, durante o dia, nos locais ainda não alagados e reduziu a distribuição de chuva.

A situação das enchentes é mais grave nos municípios de Jordão e Brasiléia, que estão com murado de 80% e 75% de seus territórios tomados pelas águas, respectivamente. Ambos estão isolados, via terrestre. As pessoas só conseguem se locomover por embarcações fluviais.

Na capital acreana, Rio Branco, o nível de chuva do rio Acre continua supra da chamada prestação de transbordo (de inundação) e, na manhã desta quarta-feira, chegou a 16,45 metros.

O Boletim Enchentes do governo do estado, divulgado nesta quarta-feira (28), aponta que, em todo o estado,  mais de 14 milénio pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, quando vão para moradia de familiares ou amigos até o nível das águas diminuir.

Nas dez cidades com a situação mais sátira devido às enchentes, 5.960 pessoas estão desabrigadas e 8.516, desalojadas.

A população pode monitorar os níveis dos rios do estado cá. 

Assistência aos afetados

Ao todo, há 62 abrigos públicos para prestar atendimento à população atingida pelas cheias.

Acre (DF) 26/02/2024 - Mais de 22 mil moradores de Rio Branco estão atingidos pelas águas de igarapés e do Rio Acre
Foto: Pedro Devani/Secom
Acre (DF) 26/02/2024 - Mais de 22 mil moradores de Rio Branco estão atingidos pelas águas de igarapés e do Rio Acre
Foto: Pedro Devani/Secom

Mais de 22 milénio moradores de Rio Branco foram atingidos pelas águas de igarapés e do Rio Acre. Foto: Pedro Devani/Secom

A Secretaria de Saúde do município solicitou com urgência, ao Ministério da Saúde, o envio de kits calamidade, compostos por 32 medicamentos e 16 insumos — porquê anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos, além de luvas e seringas para socorro subitâneo às famílias afetadas pela enchente. Cada kit tem a capacidade de testemunhar a 1.500 pessoas por mês.

À Dependência Brasil, o Ministério da Saúde confirmou o envio de cinco kits, nesta quarta-feira, que desembarcarão no Acre até esta quinta-feira (29). A partir do recebimento, será iniciada a distribuição dos itens aos municípios, com prioridade àqueles onde a situação é mais sátira.

Equipes de saúde foram deslocadas a todas as cidades atingidas, principalmente para o Jordão, onde o governador do Acre, Gladson Cameli, afirmou que, se houver premência, será montado um hospital de campanha.

De contrato com o governo do Acre enviou, na segunda-feira (26), 700 quilos de mantimentos e itens de primeira premência à população atingida pelas cheias no município só de Santa Rosa do Purus.

Ao município de Brasiléia, de forma emergencial, chegarão 300 galões de cinco litros de chuva mineral, 300 cestas básicas, um paquete com motor e três caminhonetes.

Na terça-feira (27), o governo do estado começou a enviar 300 kits família para atender às comunidades indígenas do Juruá, onde há perdas de plantio e as águas invadiram casas. Esse primeiro lote está sendo guiado para os povos indígenas Ashaninka e Arara do Acre, do rio Amônia, e além de mantimentos, conta com kits de limpeza.

A população que quiser ajudar os moradores do Acre atingidos pelas cheias dos rios pode doar cestas básicas, chuva mineral, kits de limpeza e de higiene pessoal. O governo do Acre cadastrou o PIX SOS2024 para o recebimento de doações financeiras. Para ajudar os afetados de Brasileia as doações via PIX são para o CNPJ da prefeitura (04.508.933/0001-45).

Situação de emergência

Nesta segunda-feira (26), o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria de Resguardo Social Pátrio, reconheceu a situação de emergência de 17 municípios, por conta de inundações causadas pela elevação dos níveis dos rios e também igarapés. São eles: Assis Brasil, Brasileia, Capixaba, Cruzeiro Do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Plácido De Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri.

Com o reconhecimento, o estado consegue acessar recursos do governo federalista para ações de resguardo social porquê assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas destruídas ou danificadas e restabelecimento de serviços essenciais.

Em caso de emergência, a solicitação de atendimento em decorrência das chuvas pode ser feita por relação telefônica para o número 193.

Meteorologia

O Instituto Pátrio de Meteorologia (Inmet) prevê até a próxima segunda-feira (4) para o Setentrião o país, pancadas de chuva com mais 50 milímetros por dia em praticamente toda a região, mas, principalmente, em áreas do Amazonas, Pará, Rondônia e sul de Roraima. As chuvas podem vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e trovoadas. Nas demais áreas, não se descartam pancadas de chuva isoladas com menores acumulados.

Fonte EBC

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