Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo lideram o ranking de cidades com maior poder de influência nas gestões pública e empresarial, ou seja, essas cidades concentram o maior número de empresas e órgãos públicos capazes de tomar decisões que influenciam municípios espalhados pelo país.
A constatação faz segmento da pesquisa Gestão do Território 2024, divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE).
Para prezar a capacidade de influência de gestão empresarial de cada cidade, os pesquisadores analisaram o número de sedes de empresas que os municípios possuem e quantas filiais em outros municípios estão ligadas a essas sedes.
Um exemplo citado é o do banco Bradesco, que tem sede em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, e agências em praticamente todo o país. De concórdia com o IBGE, isso representa que decisões tomadas em Osasco influenciam diretamente outras tantas cidades.
Já para medir a influência na gestão política, o IBGE investigou a presença nos municípios de instituições públicas das esferas federalista e estadual.
As instituições federais consideradas foram o Instituto Vernáculo do Seguro Social (INSS), Ministério do Trabalho e Trabalho, Secretaria da Receita Federalista, Justiça (do Trabalho, Federalista e Eleitoral) e o próprio IBGE. No contexto estadual, foram consideradas as secretarias estaduais de Ensino e Saúde.
O IBGE classificou os municípios que têm qualquer intensidade de influência porquê centros de gestão. Entraram nessa classificação 2.176 cidades, o que representa 39,1% dos 5.570 municípios brasileiros.
Gestão empresarial
O IBGE elaborou um ranking de intensidade das ligações empresariais por município.
Para tal, o instituto, primeiro, levantou o número de sedes empresariais em uma cidade e somou esse totalidade com o número de filiais que essas empresas possuem em ourtos municípios.
Logo, o levantamento fez o caminho inverso: contabilizou todas as empresas nesta mesma cidade que são filiais de outras empresas e somou levante número ao número de sedes dessas empresas que estão em outros municípios.
O resultado foi uma lista em que, entre as dez mais muito posicionadas, oito são capitais de unidades da federação.
- São Paulo (SP)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Brasília (DF)
- Belo Horizonte (MG)
- Curitiba (PR)
- Porto Prazenteiro (RS)
- Fortaleza (CE)
- Campinas (SP)
- Barueri (SP)
- Recife (PE)
Para o pesquisador Marcelo Paiva da Motta, da gerência de Redes e Fluxos Geográficos, a pesquisa identifica um padrão espacialmente concentrado nas maiores hierarquias urbanas, que são aquelas cidades que têm muito poder de atração, porquê São Paulo, Rio, Brasília e as capitais.
“As redes empresariais tendem a seguir a distribuição de renda e de moeda no país porquê todo, que é concentrado no Sudeste, principalmente”, explica.
Os dados de empresas foram coletados do Cadastro Medial de Empresas, levantamento feito pelo próprio IBGE. As informações são referentes a 2020 e 2021. O instituto localizou 113.068 empresas sedes e 340.313 filiais.
As 113 milénio empresas “multilocalizadas”, porquê o IBGE as classifica, estavam presentes em 99,9% dos municípios brasileiros, mas eram unicamente 2,18% do totalidade de 5,196 milhões de empresas existentes no país.
Ao indagar as atividades econômicas das companhias multilocalizadas, é verosímil observar que os principais ramos de atuação são transporte rodoviário de fardo, com 6.191 empresas (5,5% das multilocalizadas) e negócio varejista de artigos do vestuário e acessórios, somando 5.439 empresas (4,8%).
Salários
Outra forma encontrada pelo IBGE para estimar a relação entre os municípios é o totalidade de assalariados que as empresas sedes têm em filiais instaladas em outras cidades. Mais uma vez, São Paulo lidera a verificação. As empresas com sede na capital paulista têm mais de 1,8 milhão de funcionários em filiais fora da cidade.
Cidades que sediam empresas que mais geram empregos em outros municipios:
- São Paulo (SP): 1.855.722 empregos
- Rio de Janeiro (RJ): 486.696
- Brasília (DF): 315.047
- Belo Horizonte (MG): 261.371
- Barueri (SP): 197.356
- Fortaleza (CE): 118.860
- Porto Prazenteiro (RS): 117.568
- Osasco (SP): 108.856
- Itajaí (SC): 103.241
- Curitiba (PR): 99.072
Labareda atenção que, diante de a versão anterior da pesquisa, em 2012, São Paulo cresceu em 17,4% o número de assalariados em outras cidades. Por outro lado, Rio de Janeiro (-18,2%) e Brasília (-21,2%) diminuíram a quantidade de empregos em filiais em outras cidades.
As empresas sediadas em Itajaí, no litoral setentrião catarinense, viram crescer em 79,8% o número de funcionários contratados por filiais fora do município. A força econômica de Itajaí no cenário econômico vernáculo é explicada pelo setor industrial e pelo polo naval/portuário. A cidade abriga o Porto de Itajaí.
De concórdia com a pesquisadora Evelyn Andrea Arruda Pereira, o ranking representa uma questão de poderio empresarial.
“Você controla não só os empregados que estão no seu próprio município, mas também os que estão fora”.
Gestão Pública
Ao indicar os principais centros de gestão pública, o estudo aponta Brasília no topo no ranking, posição alcançada por ser capital federalista e sede vernáculo da maior segmento das instituições públicas.
“Ocupa, isoladamente, o maior nível hierárquico e centraliza o papel de gestor da estrutura administrativa estatal”, registra o instituto sobre Brasília.
Em um segundo nível de jerarquia, o levantamento posiciona juntamente Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Recife (PE). O IBGE destaca que o Rio possui “legado do período em que foi capital federalista”. A cidade perdeu o status em 1960, mas ainda sedia instituições porquê o IBGE.
O levantamento cria três grupos de jerarquia de centralidade de gestão pública:
- Brasília (DF)
- Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Recife (RE)
- Belo Horizonte (MG), Porto Prazenteiro (RS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Belém (PA) e Florianópolis (SC)
Gestão de território
Os pesquisadores criaram ainda um ranking de gestão de território, que ordena os municípios em relação à gestão pública e presença de empresa multilocalizada, seja ela sede ou filial.
As cidades mais proeminentes ficaram agrupadas em dois patamares:
- São Paulo (SP), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ)
- Belo Horizonte (MG), Porto Prazenteiro (RS), Curitiba (PR), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Goiânia (GO), Campinas (SP) e Belém (PA)
“Essa classificação é congruente com o veste de São Paulo ser a principal centralidade da gestão empresarial; Brasília simbolizar a principal centralidade da gestão pública; e Rio de Janeiro figurar, em segundo lugar, tanto na gestão empresarial porquê na gestão pública”, justifica o IBGE.
Os pesquisadores identificaram “reforço reciprocamente” na atuação dos agentes públicos e empresariais. De concórdia com os técnicos, o veste de Brasília homiziar importantes sedes de instituições públicas, muito porquê instâncias inferiores, faz com que uma “constelação de empresas” também seja atraída para esse núcleo urbano, “uma vez que instituições públicas demandam bens e serviços ofertados pelo mercado”.
Em outra via, continua o instituto, “centros urbanos com presença significativa de empresas implica concentração de renda, fluxos financeiros e população, os quais necessitam da atuação do Estado porquê provedor de serviços públicos”.