Bridget Jones Encara Dores Da Vida Real Em Novo Capítulo

Bridget Jones encara dores da vida real em novo capítulo – 13/02/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Em 2016, “O Bebê de Bridget Jones” recolocou a querida protagonista britânica nos holofotes com uma história essencialmente cômica, seguindo o mesmo estilo dos dois filmes que o precederam. A personagem de Renée Zellweger descobre uma gravidez depois dos 40 e a grande perdão —além de desenredar quem é o pai— é escoltar seus causos, seja sozinha ou com amigos.

Já em “Bridget Jones: Louca Pelo Garoto”, que estreia nesta quinta-feira (13) nos cinemas, o cenário é um tanto dissemelhante. Anos se passaram e já se sabe que o pai de seu fruto —e também de sua filha, nascida alguns anos depois— é Mark Darcy, papel de Colin Firth.

Eles se amam, mas não existe espaço para saborear a reconquista ou observar a rotina de “família margarina”. O trajo é que Bridget e Darcy já tiveram seu final feliz. Agora, o que o público vê é a vida real cobrando a conta.

É neste sentido que “Louca Pelo Garoto”, com a direção de Michael Morris, se distancia dos outros três filmes: com o drama surgindo em maior intensidade em alguns momentos-chave.

É porquê se o terceiro capítulo zero mais fosse que um grande gancho para a verdadeira história se desenrolar agora. O luto é o principal motor cá, ainda que ele esteja mascarado de comédia inofensiva durante pouco mais de metade da projeção.

Até manifesto ponto, a sensação é a de que o roteiro quer poupar o público —e a própria Bridget— de encarar a verdade do que aconteceu com Darcy, que trabalhava porquê legista, nesse meio tempo —e isso acaba funcionando porque a protagonista garante luz à história com naturalidade.

Mãe de dois, Bridget continua atrapalhada, carismática e otimista. Mas, ao contrário do que as comédias românticas nos mostram, ninguém é capaz de ser assim o tempo todo. A própria protagonista começa a entender isso aos poucos.

Por isso, não deixa de ser um choque de verdade à própria franquia a escolha de inserir a temática do luto em uma atmosfera que sempre foi tão colorida e aprazível. As nuances são sutis, mas estão lá desde o início.

A pouquidade abrupta de Darcy na vida dos filhos —e principalmente do primogênito—, a falta de conversas mais francas sobre o impacto da morte do par romântico de Bridget, quatro anos antes, e a vácuo exposta em sua vida romântica são alguns dos pontos de destaque em “Louca Pelo Garoto”.

Mas não se engane: a atmosfera londrina que vem no “pacote ‘Bridget Jones'” ainda entrega diversas cenas cômicas e está em perfeita simetria com a personagem-título. Por vezes, algumas situações ainda parecem irreais (alguma coisa que já acontecia desde o primeiro capítulo), mas é justamente nessas horas que a produção se reencontra com a missão de divertir seu público.

E, ao contrário do que podem descobrir, Zellweger está mais Bridget do que nunca, exalando carisma e aquele luz familiar no olhar.

Na verdade, ela está ainda mais interessante —enfim, o prolongamento da personagem vem escoltado de outras questões, porquê a novidade período enquanto viúva e a procura por voltar a pertencer a alguma coisa. Seu propósito (seja porquê mãe ou produtora de TV) estava letargo, mas volta a faiscar a partir do momento em que olha para dentro.

Tal tirocínio de reprofundar em dores que podem parecer distantes e inofensivas ganha fôlego na dinâmica de Bridget com os filhos e na sua relação com a maternidade. O luto taciturno das crianças tem profundidade no envolvente escolar, onde eles podem expressar seus sentimentos.

Enquanto isso, fora desse eixo —e porquê em toda história de Bridget Jones—, o romance também dá as caras. O jovem Roxster, papel de Léo Woodall, e o professor de ciência Mr. Wallaker, personagem de Chiwetel Ejiofor, representam a período de recomeço da protagonista. Enquanto Roxter introduz a complicação de uma relação na qual a diferença de idade é acentuada, Mr. Wallaker aparece na forma de um interesse gradativo.

“Bridget Jones: Louca Pelo Garoto” é dissemelhante porque reflete o maduração da personagem e de todo o seu universo, mas, ainda assim, tem dificuldades em trabalhar o desenvolvimento de personagens secundários.

O melhor exemplo é Daniel Cleaver, vivido por Hugh Grant, zero mais que o consolação cômico do longa. Apesar de a prioridade cá ser o entretenimento, sua figura está moldada unicamente pela simpatia de Grant.

O clima de despedida do filme é refletido em ações do personagem, porquê seu pânico da solidão em seguida anos de solteirice. Tal atitude se conecta ao tom maduro já citado, mas não deixa de tanger um tanto cômoda para simplesmente se encaixar na narrativa.

Com diversas cenas que prometem emocionar o público mais cativo da personagem (principalmente quem já leu os livros, dos quais os filmes se baseiam) e reflexões sobre o impacto que as relações garantem ao longo da vida, o filme acerta por não perder o passo: o roteiro se preocupa em não tornar a protagonista ultrapassada e, ao mesmo tempo, respeita o legado até cá.

É uma boa despedida e, sem dúvidas, um combo um tanto inesperado quando se trata de uma franquia com mais de 20 anos de existência.

Folha

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