Cabos De Internet Submarinos Viram Alvos Militares E Preocupam Ocidente

Cabos de internet submarinos viram alvos militares e preocupam Ocidente – 18/07/2024 – Tec

Tecnologia

Não muito tempo detrás, uma secção do governo britânico pediu à Rand Europe, um think-tank de Cambridge, Inglaterra, para conduzir algumas pesquisas sobre infraestrutura sátira submarina.

O think-tank estudou mapas disponíveis publicamente de cabos de internet e eletricidade. Entrevistou especialistas. Realizou grupos focais. No meio do processo, Ruth Harris, líder do projeto, percebeu que sem querer havia revelado muitos detalhes sensíveis que poderiam ser explorados pela Rússia ou por outros adversários.

Quando ela entrou em contato com o departamento não identificado do governo, eles ficaram chocados. A reação, ela lembra, foi: “Meu Deus. Isso é secreto.”

Quando souberam que a equipe de Harris era composta por pessoas de toda a Europa, exigiram que fosse reformulada, diz ela: “Isso precisa ser exclusivamente para os olhos do Reino Unificado”.

Os governos ocidentais têm se preocupado silenciosamente com a segurança dos cabos submarinos, que transportam a maior secção do tráfico de internet do mundo, há muitos anos.

Mas somente recentemente a questão ganhou destaque, devido a uma série de incidentes obscuros do Mar Báltico ao Mar Vermelho e a uma compreensão mais ampla de que a infraestrutura, de todos os tipos, é um meta para subversão e sabotagem.

Em toda a Europa, espiões russos e seus intermediários atacaram alvos ligados à Ucrânia, invadindo empresas de saneamento, incendiando depósitos e planejando brigar bases militares americanas na Alemanha.

O terror é que as comunicações subaquáticas possam ser paralisadas em uma crise ou em tempos de guerra, ou interceptadas para segredos em tempos de sossego. E à medida que os Estados Unidos e a China disputam influência em toda a Ásia, os cabos submarinos se tornaram uma secção crucial da competição.

Mais de 600 cabos submarinos ativos ou em implementação cruzam os oceanos do mundo, percorrendo mais de 1,4 milhão de quilômetros no totalidade, o suficiente para ir da Terreno à Lua mais de três vezes, de combinação com a consultoria TeleGeography.

Eles transportam a grande maioria do tráfico de internet. Para dar um exemplo, a Europa está conectada aos EUA por murado de 17 cabos, principalmente via Reino Unificado e França. Mais de 100 cabos são danificados a cada ano ao volta do mundo, muito frequentemente por barcos arrastões e navios levando suas âncoras.

O problema é que é difícil enobrecer acidentes de sabotagens. Porquê no caso do dano infligido ao gasoduto Balticonnector e a um cabo de informação próximo no Golfo da Finlândia em outubro de 2023.

Autoridades regionais suspeitaram do envolvimento do Newnew Polar Bear, um navio porta-contêineres de propriedade chinesa que havia trocado sua tripulação anteriormente em Kaliningrado, um exclave russo, e que posteriormente apareceu em Arkhangelsk sem sua âncora.

Nove meses depois, as autoridades finlandesas acreditam que o incidente provavelmente foi um acidente mesmo. Outras autoridades ocidentais continuam a suspeitar dos russos.

ABAIXO DA SUPERFÍCIE

Isso é compreensível. A Rússia investiu pesadamente em capacidades navais para sabotagem subaquática, principalmente por meio da GUGI, uma unidade secreta que opera submarinos de águas profundas e drones navais.

“Os russos estão mais ativos nesse domínio”, alertou o patrão de lucidez da Otan no ano pretérito. Um relatório publicado em fevereiro pelo Policy Exchange, um think-tank de Londres, afirmou que desde 2021 houve oito incidentes de namoro de cabos “não atribuídos, mas suspeitos” na região euro-atlântica, e mais de 70 avistamentos publicamente registrados de navios russos “se comportando de forma irregular perto de infraestruturas marítimas críticas”.

Em seu relatório anual divulgado em fevereiro, a lucidez norueguesa disse que a Rússia também vem mapeando a infraestrutura sátira de petróleo e gás do país há anos. “Esse mapeamento ainda está em curso, tanto fisicamente quanto no domínio do dedo, e poderia se tornar importante em uma situação de conflito.”

O problema não está confinado à Europa. Em fevereiro, três cabos submarinos que passam pelo Mar Vermelho foram danificados, interrompendo a internet em toda a África Oriental por mais de três meses.

A culpa provavelmente foi um ataque de míssil ao Rubymar, um navio de fertilizantes, pelos Houthis, um grupo rebelde com base no Iêmen que tem ameaçado o transporte marítimo em solidariedade com o Hamas em Gaza.

Quando o Rubymar foi deserto por sua tripulação, afundando posteriormente, acredita-se que sua âncora tenha arrastado pelo leito do mar e rachado os cabos. Em março, uma interrupção semelhante ocorreu em toda a África Ocidental quando outro sistema de cabos crucial foi rachado ao largo da Costa do Marfim, possivelmente devido a atividade sísmica no leito oceânico.

Estrategistas americanos também estão preocupados com uma potencial prenúncio chinesa aos cabos na Ásia. Taiwan, em privado, é extremamente dependente de cabos submarinos para comunicações internacionais e possui um número relativamente pequeno de terminais que os recebem.

Em uma guerra, escreve Elsa Kania do CNAS (Centre for a New American Security), think-tank de Washington, o Tropa de Libertação Popular buscaria impor um “bloqueio de informações” na ilhota. O namoro de cabos “quase certamente seria um componente dessa campanha”.

Em fevereiro de 2023, um navio de fardo e um paquete de pesca chineses foram acusados de trinchar os dois cabos que serviam Matsu, uma ilhota taiwanesa remota, com seis dias de diferença, interrompendo sua conectividade por mais de 50 dias —embora não haja evidências concretas de dolo.

O namoro de cabos também pode servir a objetivos de guerra mais amplos. “A melhor maneira de derrubar a frota de drones dos EUA, ou mesmo minar o sistema de lucidez Five Eyes, que é enormemente dependente de vigilância na internet”, escrevem Richard Aldrich e Athina Karatzogianni, um par de historiadores de lucidez, “seria brigar cabos submarinos”.

Jogos de guerra realizados pelo CNAS em 2021 concluíram que os ataques chineses aos cabos “geralmente resultavam na perda de conectividade à internet terrestre em Taiwan, Japão, Guam e Havaí e forçavam essas ilhas a depender de comunicações via satélite de menor largura de orquestra e mais vulneráveis”.

Em contraste, os mesmos jogos concluíram que a Rússia, com unidades especializadas limitadas em namoro de cabos, “não poderia erradicar rapidamente as densas comunicações por cabo entre a América do Setentrião e a Europa”.

Os governos ocidentais estão correndo para erguer melhores defesas. A prioridade é entender o que está realmente acontecendo debaixo d’chuva. Os estados da Otan já aumentaram as patrulhas aéreas e navais perto de infraestrutura sátira, incluindo rotas de cabos.

Em maio, a confederação convocou pela primeira vez uma novidade Critical Undersea Infrastructure Network [Rede de Infraestrutura Submarina Crítica], com o objetivo de compartilhar mais informações entre os governos e com as empresas privadas que costumam operar os cabos.

Um “concepção de oceano do dedo” em outubro também previa “uma rede em graduação global de sensores, do leito oceânico ao espaço” para identificar ameaças.

Uma iniciativa da União Europeia está contemplando uma rede de “estações submarinas” no leito oceânico que poderiam permitir que drones carregassem baterias e transmitissem dados sobre o que viram.

Uma vez que ocorre o dano, repará-lo é difícil. O mundo tem exclusivamente murado de 60 navios de reparo, o que significa que as falhas podem persistir por meses. Muitos não são registrados nem nos Estados Unidos nem em um de seus aliados, observa Evan D’Alessandro do King’s College London, que estuda cabos submarinos.

O repto seria agravado em tempos de guerra, quando um namoro de cabos chinês se concentraria em áreas fortemente contestadas perto da costa de Taiwan.

Navios de reparo de cabos tiveram que ser escoltados por navios de guerra nas Primeira e Segunda Guerras Mundiais, observa D’Alessandro. Em uma guerra no Pacífico, ele observa, os EUA e as marinhas aliadas teriam poucos navios sobressalentes para essa tarefa.

Em secção para mitigar esse problema, o Pentágono estabeleceu uma Cable Security Fleet em 2021, na qual operadores de navios de cabos com bandeira e tripulação americanas receberam um soldo anual de US$ 5 milhões em troca de disponibilidade para entrar em ação em 24 horas durante uma crise e para servir em tempos de guerra.

A preocupação não é exclusivamente sabotagem, no entanto, mas também espionagem. Os Estados Unidos e seus aliados conhecem a prenúncio melhor do que ninguém, porque por décadas eles a personificaram.

Na dez de 1970, os Estados Unidos realizaram operações audaciosas para interceptar cabos militares soviéticos usando submarinos principalmente equipados que podiam colocar e restabelecer dispositivos no leito oceânico.

À medida que a internet se tornou global, as oportunidades para espionagem submarina aumentaram rapidamente. Em 2012, a GCHQ, o serviço de lucidez de sinais do Reino Unificado, havia interceptado mais de 200 cabos de filamento óptica que transportavam tráfico telefônico e de internet, muitos dos quais convenientemente chegavam à costa oeste do país.

A dependência também teria trabalhado com o Omã para interceptar outros que passavam pelo Golfo Pérsico. A prelecção —de que a rota e a propriedade dos cabos podem ser vitais para a segurança vernáculo—foi aprendida por outros.

De indumentária, o terror de espionagem chinesa é uma das razões pelas quais os Estados Unidos têm demonstrado tanto interesse na infraestrutura de cabos em rápido propagação na Ásia.

Entre 2010 e 2023, murado de 140 novos cabos foram lançados na região, em confrontação com exclusivamente 77 na Europa Ocidental.

A China se tornou um importante player na vaga de cabos por meio da HMN Technologies, empresa anteriormente conhecida uma vez que Huawei Marine Networks. Ela se orgulha de ter lançado mais de 94.000 km de cabos em 134 projetos.

Em 2020, os Estados Unidos, alarmados com essa tendência, bloquearam o envolvimento da HMN em um cabo de US$ 600 milhões de Singapura para a França, via Índia e Mar Vermelho, publicado uma vez que SeaMeWe-6, oferecendo subsídios a empresas concorrentes e ameaçando sanções à HMN. Isso teria impedido que empresas americanas utilizassem o cabo.

Esse foi um dos pelo menos seis acordos de cabos na Ásia interrompidos pelos Estados Unidos entre 2019 e 2023, de combinação com uma investigação recente da dependência de notícias Reuters.

PROBLEMAS NO PARAÍSO

Os aliados regionais dos Estados Unidos também estão também interessados em sofrear a influência chinesa. Em 2017, um esforço chinês para conectar a Austrália e as Ilhas Salomão no Pacífico Sul foi forçado pelo governo australiano, que estabeleceu um projeto mútuo envolvendo a Nokia, uma empresa finlandesa.

A Austrália está agora financiando outros dois cabos para Palau e Micronésia Oriental, arquipélagos onde China, Estados Unidos e Austrália têm disputado influência nos últimos anos. Esses esforços reduziram drasticamente as ambições de cabos da China.

A HMN ainda é um peixe pequeno em confrontação com a SubCom dos Estados Unidos, a NEC Corporation do Japão e a Alcatel Submarine Networks da França, o trio de empresas que dominam o mercado global de instalação de cabos.

Mesmo com uma melhor vigilância submarina e mais redundância nas rotas, a prenúncio é improvável de diminuir. O namoro de cabos submarinos costumava exigir grandes investimentos navais. Drones navais cada vez mais capazes estão mudando isso.

“A capacidade de operar em profundidades extremas pode não ser mais exclusividade das grandes potências”, diz Sidharth Kaushal do think-tank RUSI. O repto para as potências menores, ele diz, muitas vezes será identificar a rota precisa dos cabos. Isso pode levar anos de vigilância em tempos de sossego.

Não é de se contemplar, portanto, que muitos governos ocidentais prefiram manter esses detalhes muito guardados.

Folha

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