Samir de Araújo Xaud, 41, foi eleito neste domingo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O pleito ocorreu na sede da entidade, no Rio de Janeiro (RJ), e o procuração é válido de 2025 a 2029. A placa recebeu 103 votos dentre os 46 eleitores presentes, conforme expedido.
O roraimense foi o único inscrito na disputa, com espeque de 25 federações e 10 clubes. O número tornou impossível que houvesse outro candidato. Reinaldo Carneiro, presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol) chegou a ensaiar uma candidatura, mas não conseguiu concretizar sua vontade.
De concordância com o regimento da CBF, para formalizar uma placa, um candidato precisa ter, no mínimo, o espeque de oito federações. Exclusivamente São Paulo e Mato Grosso não se juntaram ao conjunto de Samir.
O sistema eleitoral da CBF prevê, ainda, uma peso maior às federações na enumeração dos votos. No pleito, times da Série A têm peso 2, equipes da Série B têm peso 1 e as federações têm peso 3. Neste ano, pela primeira vez, a votação será feita em urna eletrônica, informou a entidade.
As exigências para formação da placa, assim uma vez que o peso dos clubes, são motivos de críticas por secção das equipes. Um grupo de 21 clubes decidiu nem participar da votação por discordar desse sistema.
Entre os times da Série A, fazem secção do conjunto: Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Mirassol, Santos, São Paulo e Juventude. Da Série B assinaram: América-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo-SP, Chapecoense, Coritiba, Cuiabá, Goiás, Novorizontino, Sport e Operário-PR.
Em nota conjunta, os clubes afirmaram que não concordam com o processo vigente: “Estaremos prontos para conversar com a novidade gestão, a partir da próxima semana, para que juntos possamos debater uma vez que mudar o processo eleitoral e outras demandas dos clubes em prol de um futebol cada vez melhor”.
Antes da votação, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, uma das apoiadoras de Xaud, disse que as propostas do dirigente para a CBF são aquelas que o clube paulista defende “há muito tempo”. Ela citou questões uma vez que “fair play” financeiro, melhorias no calendário do futebol e avanços na arbitragem.
“A posição do Palmeiras sempre foi para fazer o melhor para o futebol brasílio. O Palmeiras nunca pensou única e exclusivamente no Palmeiras. O Palmeiras não joga sozinho”, afirmou a jornalistas.
Leila associou o nome de Xaud a uma tentativa de renovação na CBF. “Do contrário, continuaria a mesma coisa.”
A presidente do Palmeiras ainda avaliou que é “preconceito” falar que Xaud é o candidato de uma federação “não muito expressiva”.
Para proteger seu argumento, ela fez uma conformidade com sua própria trajetória. Nesse sentido, a presidente apontou ter enfrentado preconceito ao ingressar no mundo do futebol, um envolvente com soberania masculino na gestão de clubes.
“A minha gestão é a mais vitoriosa da história do Palmeiras”, afirmou.
“Essa mulher que a grande maioria falou que seria uma rainha da Inglaterra está mais para Margareth Thatcher”, acrescentou, em uma referência a ex-primeira-ministra do Reino Unificado.
Xaud é médico infectologista e foi eleito recentemente para o comando do futebol de Roraima, para o lugar do próprio pai, Zeca Xaud, presidente da FRF (Federação Roraimense de Futebol) desde a dezena de 1980. O procuração de Samir começaria em 2027.
Em entrevista concedida à Folha na semana passada, Xaud afirmou que sua chegada representaria uma ‘’ruptura’’ política na CBF —ainda que ele tenha sido alçado ao incumbência pelas mesmas federações que davam extenso espeque a Ednaldo Rodrigues, 71, remoto da cadeira de presidente no último dia 15.
“Na verdade, é uma ruptura de pensamentos, de ideias. O que a gente quer é fazer uma gestão dissemelhante, uma gestão moderna. E, uma vez que tinha essa instabilidade jurídica, em relação ao judicial que estava acontecendo com o ex-presidente Ednaldo, nós precisávamos ter uma opção”, disse.
A data da novidade eleição foi determinada por Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade, nomeado interventor na confederação depois o solidão de Ednaldo por decisão da Justiça do Rio de Janeiro.
Rodrigues chegou a recorrer, mas desistiu de retomar o comando da entidade.
Antes de ser remoto, Ednaldo acertou a contratação do técnico Carlo Ancelotti, 65, que será apresentado uma vez que técnico da seleção brasileira nesta segunda-feira (26). O proclamação foi feito às pressas, justamente para abrasar os problemas jurídicos que ocasionariam a queda do presidente.
Ancelotti apresentará sua primeira lista de convocados e dará uma entrevista coletiva a partir das 15h no hotel Grand Hyatt, no Rio. A partida de estreia do italiano será no dia 5 de junho, contra o Equador, no Monumental de Guayaquil. Na sequência, a seleção enfrentará o Paraguai, no dia 10, na Neo Química Estádio, em São Paulo.
Além de restabelecer a seleção brasileira em campo, Samir Xaud terá pela frente o repto de completar seu procuração, alguma coisa vasqueiro na CBF nos últimos tempos conturbados.
Desde a repúdio de Ricardo Teixeira em 2012, a entidade tem enfrentado uma instabilidade significativa em sua liderança. Nos últimos 13 anos, teve uma média de um novo dirigente a cada 14 meses, totalizando 11 nomes entre presidentes efetivos, interinos e interventores.
Exclusivamente José Maria Marin completou um procuração nesse período, assumindo depois a saída de Teixeira.