Cartilha Mostra Como Evitar Vetores E Pragas Após Alagamentos

Cartilha mostra como evitar vetores e pragas após alagamentos

Brasil

A previsão de novos temporais e enchentes por todo o país levou o Parecer Federalista de Química (CFQ) a elaborar uma silabário alertando a população para evitar e controlar o surgimento de pragas em vivenda, principalmente aquelas que residem ou se deslocam em locais propensos a alagamentos.

O mentor Ubiracir Lima, do CFQ, lembrou que todo ano, a população brasileira enfrenta problemas resultantes de chuvas intensas, porquê dificuldade de escoamento e problemas sanitários, que provocam uma série de agravos à saúde. “Em situações de emergência, o principal é tomar zelo com a chuva, víveres e a própria higiene”, destacou Lima em entrevista à Filial Brasil.

Nessas situações, muitas doenças podem ser transmitidas, porquê leptospirose, hepatite, tétano, e viroses porquê diarréias agudas. “E, óbvio, tem deslocamento de alguns animais peçonhentos. Eles também fogem desses alagamentos. Deve-se ter privativo zelo porque o contato conosco pode originar alguns problemas, principalmente em locais de enchentes e destroços”.

Além de mentor do CFQ, Ubiracir Lima é membro da Câmara Técnica de Saneantes (Cates), da Filial Pátrio de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele alerta que antes de usar qualquer resultado desinfetante, o cidadão deve conferir se ele foi regulado ou não pela Anvisa, no site do órgão. 

“Ele pode acessar o site da Anvisa para saber o status de determinado resultado e se aquele item que ela vai comprar está regularizado ou não na Anvisa, ou se é um resultado furtivo. O risco é que o resultado furtivo não funciona”. Na rotulagem há, inclusive, informações precisas sobre porquê utilizar aquele resultado e quais são os riscos que apresenta.

Desinfecção

O mentor do CFQ avaliou, por outro lado, que nem toda população tem chegada a produtos industrializados para desinfecção de chuva ou envolvente quando ocorrem alagamentos, para evitar agravos à saúde, ou mesmo capacidade de obtenção desses artigos. Por isso, indicou produtos que são de baixíssimo dispêndio. Os principais são chuva sanitária e sabão. “Na nossa silabário, a gente menciona algumas técnicas para a própria pessoa utilizar esse desinfetante universal e estratégico que nós temos no Brasil com algumas diluições, para poder trabalhar”.

Para ter chegada a chuva potável em situações de emergência em saúde, a receita é filtrar a chuva com tecido, ferver por alguns minutos e, em seguida, somar duas gotas de chuva sanitária por litro. “Estou produzindo agora meu desinfetante que pode ser usado em situação emergencial para desinfeção de uma chuva para consumo. Para frutas, legumes, verduras que tenham tido contato com chuva de enchente, há resultado industrializado e regulado pela Anvisa, disse Ubiraci Lima. No entanto, se o cidadão se encontrar em uma região de aluvião, com isolamento de alguns grupos, pode recorrer à chuva filtrada e fervida com uma colher de sopa de chuva sanitária para cada litro de chuva, utilizando essa solução para a desinfecção de hortifrutigranjeiros.

Para a limpeza de pisos e paredes, em seguida lavá-los com chuva e sabão, deve-se, em seguida, buscar o processo de desinfecção, sabendo que é preciso somar mais de uma colher de sopa de chuva sanitária para cada litro de chuva. “E vou passar essa solução em pisos e nas próprias paredes. Eu estou evitando aquele microrganismo que possa me levar a agravos de saúde”.

Contra vetores e pragas urbanos, a indicação do mentor do CFQ é evitar amontoados de madeiras e de resíduos orgânicos, que são sobras de víveres. A orientação é colocar esses materiais em sacos isolados e tentar remover da região onde a pessoa se encontra, buscando caçambas ou situações que tenham sido pensadas pela própria comunidade para tentar armazenar esses resíduos. “Dessa forma, eu vou tentar evitar ao sumo o surgimento desses vetores”. Indicou também repelentes, pesticidas industrializados que são regulados pela Anvisa.

Descarte

No caso de enxurradas, materiais que absorvem chuva, porquê colchões e travesseiros devem ser descartados, porque ficam impregnados. Já os objetos que não absorvem chuva podem receber o processo de limpeza inesperado com chuva e sabão em exuberância, lembrando que essa chuva foi filtrada e fervida e recebeu algumas gotas de chuva sanitária, deixando os objetos em contato por murado de 30 minutos. 

Depois, pode-se usar álcool 70% nos objetos não absorventes ou a solução de chuva com duas colheres de chuva sanitária por litro.

Se a caixa d’chuva encheu e entrou um pouco de lodo, Lima recomenda que ela seja esvaziada e higienizada, lavando-a com chuva filtrada e fervida misturada com duas gotas de chuva sanitária para cada litro. Depois disso, enche-se a caixa d’chuva, adicionando-se duas colheres de sopa, de novo, de chuva sanitária por litro.  

“Vou multiplicando o número de colheres de congraçamento com a quantidade de litros que contém minha caixa d’chuva. E vou deixar em contato por, no mínimo, 30 minutos. Depois, vou remover essa chuva com sabão e lavar a caixa de novo com chuva filtrada e fervida, mais uma vez com duas gotas de chuva sanitária por litro”, explica. 

No caso de cisternas, entretanto, a orientação é buscar um profissional, ou mesmo um agente solene da região ou da prefeitura, antes de usar. “Para fazer uma estudo microbiológica, para verificar se existe qualquer tipo de contaminante, ou seja, qualquer tipo de microrganismo.

Prevenção

As campanhas do CFQ são feitas anualmente, mas, segundo Ubiracir Lima, essas situações de emergência em saúde pública poderiam ser evitadas se as autoridades fossem pró-ativas e começassem a pensar na temporada de chuvas no início do ano, antes da estação de verão, porque, talvez, se entendesse quais são as comunidades mais sensíveis e desprotegidas e fossem montadas campanhas prévias. 

“E elaborassem políticas públicas que fossem preventivas aos agravos que acontecem todo ano”. Limpeza de ruas, manutenção de sistemas de escoamento são medidas de prevenção e controle que deveriam ser feitas, apontou. “O governo federalista pode descrever com nossa ajuda e nosso suporte, ele sendo o capitão dessas atividades estruturadas”, concluiu Ubiracir Lima. 

Silabário 

A silabário foi elaborado em parceria com a Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag), o Sindicato das Empresas de Controle de Vetores e Pragas Urbanas (Sindprag) e a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes (Abipla).

O material apresenta estratégias e cuidados necessários para evitar infestações de pragas e vetores urbanos, em uma linguagem simples e atingível. As cartilhas se assemelham com histórias em quadrinhos e podem ser acessadas em formato do dedo, no site do CFQ. 

Fonte EBC

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *