Casal Que Desafia A Morte Vira Documentário 23/07/2024

Casal que desafia a morte vira documentário – 23/07/2024 – Televisão

Celebridades Cultura

Um jovem parelha se entreolha no sol da manhã. O varão se move para erguê-la, mas ela hesita. “Relaxa, estou segurando.” Ele a tranquiliza, enquanto a levanta sobre a cabeça, repetindo a famosa cena de Patrick Swayze e Jennifer Grey, no filme “Dirty Dancing: Ritmo Quente” (1987).

O parelha compartilha com o mundo levante íntimo momento romântico no novo documentário da Netflix, “Skywalkers: Uma História de Paixão”. Mas há um pormenor que pode revirar o estômago dos espectadores. A cena se passa no sobranceiro de um prédio de 678,9 metros de fundura —no topo de um pináculo com unicamente 1,8 metro de largura. Se Ivan Beerkus deixar Angela Nikolau desabar, os dois irão despencar pelo profundeza de centena andares.

O filme conta a história da dupla de rooftoppers —o nome em inglês dos escaladores de arranha-céus, que desafiam as alturas sem equipamento de segurança. A produção é repleta de mergulhos e quedas livres, que fazem o próprio testemunha encontrar que também corre o risco de perder seus calçados para a sisudez.

O parelha russo Angela Nikolau e Ivan Beerkus formam o primeiro parelha a praticar junto esta atividade. E, certamente, eles são agora os mais famosos, principalmente depois que afirmaram terem adentrado (ilegalmente) e escalado, em dezembro de 2022, o pináculo do segundo prédio mais sobranceiro do mundo—a torre Merdeka 118, na Malásia. Eles postaram imagens comprovando a façanha.

“Skywalkers: Uma História de Paixão” cobre, em secção, a jornada até escalar aquele arranha-céu. Mas, ao longo do filme, Nikolau e Beerkus mostram seu talento visual e sua aparente insanidade na sua ânsia por decorrer riscos.

Eles escalam guindastes cobertos de gelo suspensos em grande altitude sobre uma cidade e mostram o pôr do sol e a paisagem urbana de pontos assombrosamente privilegiados, acessíveis a poucos seres humanos.

O crédito do parelha no documentário menciona “cinematografia extrema”, já que grande secção das filmagens com drones das suas escaladas foi feita por eles próprios.

Não surpreende que a primeira imagem do documentário seja um alerta, dizendo: “Leste filme contém atividades ilegais e extremamente perigosas. Não tente imitá-las.”

Contada pelos diretores Jeff Zimbalist e Maria Bukhonina (ele, americano e ela, russa), a história começa com os protagonistas adolescentes e mostra uma vez que eles começaram as escaladas.

O rooftopping faz secção da subcultura desde os anos 1990. O diretor Jeff Zimbalist conta que praticou a atividade nos Estados Unidos quando era jovem.

Ivan Beerkus começou a escalar nos anos 2010, em Moscou, na Rússia, onde a atividade de escalada de prédios estava em propagação. Aliás, alguns dos momentos mais facilmente identificáveis do filme ocorrem quando os pais de Beerkus imploram a ele que consiga um trabalho “firme”.

Beerkus conta no documentário que “quanto mais sobranceiro eu ia, mais fácil era respirar”. E, para a BBC, ele declarou que a procura de adrenalina faz secção da sua identidade. “Ela me dá inspiração, ela me dá motivação para viver”, conta. “Depois que a descobri, ela passou a vir naturalmente.”

Angela Nikolau é filha de artistas circenses e frequentou a escola de artes. Com o propagação do Instagram e, depois, do TikTok, nos anos 2010 e 2020, os rooftoppers usaram essas plataformas potencialmente lucrativas para postar vídeos.

Mas ela diz que a motivação do parelha vai muito além de conseguir cliques e nomeada nas redes sociais. “O rooftopping é a minha forma de arte”, declarou ela à BBC. “Ter sido a primeira mulher a praticar me motivou e eu sempre me interessei em fazer alguma coisa novo no espaço artístico.”

“Sempre que definimos uma imagem, nós a desenvolvemos uma vez que uma obra de arte. Eu escolho as cores e o que irei vestir. Ivan escolhe onde ficarão os drones e uma vez que a imagem será fotografada. Nós fazemos uma pintura no ar, todas as vezes.”

Com sua combinação de imagens de desabar o queixo e atraentes protagonistas jovens, “Skywalkers: Uma História de Paixão” possui todos os elementos para ser um sucesso —uma vez que o filme “Free Solo” (2018), da National Geographic, sobre a tentativa do alpinista Alex Honnold de escalar uma face rochosa vertical de 900 metros no Parque Vernáculo de Yosemite, na Califórnia (Estados Unidos), sem equipamento de segurança.

Voltando um pouco mais, ele relembra o documentário “O Equilibrista” (2008), do diretor James Marsh, que mostra a façanha de Philippe Petit em 1974, realizando acrobacias sobre um arame esticado entre as Torres Gêmeas, em Novidade York (EUA).

“Free Solo” e “O Equilibrista” ganharam o Oscar de melhor documentário e foram grandes sucessos comerciais.

Será que existe alguma atração peculiar em filmes que mostram pessoas se arriscando a desabar de grandes alturas, para nós que observamos em piso firme?

“É uma vez que uma montanha-russa”, conta Nikolau. “Quando você anda nela, irá testar uma série de emoções.”

“Achamos que o nosso filme irá gerar esse tipo de emoções, pois não é unicamente sobre a escalada de um prédio. Você irá ver o lado negativo do esporte, os perigos e também os altos e baixos do nosso relacionamento.”

“As pessoas costumam nos proferir que, depois de verem o filme, elas saem se sentindo mais vivas do que o normal”, segundo ele. “Talvez esse gênero forneça a adrenalina que você conseguiria em uma montanha-russa, para se ‘resetar’ e se sentir vivo de novo.”

Free Solo também usou uma vez que ponto focal da narrativa o relacionamento de Honnold com Sanni McCandless, agora sua esposa.

Os diretores de Skywalkers: Uma História de Paixão também destacam que a emoção do filme é fundamental. Segundo eles, não se trata de uma história sobre o susto de desabar das alturas, mas sobre o susto de se gostar.

Finalmente, Nikolau foi abandonada pelo pai quando rapaz e, muitas vezes, enfrenta dificuldade para encarregar no parceiro.

“A história de paixão foi nossa visão desde o princípio”, conta ele à BBC.

“Existe uma [sensação de] realização de desejos quando assistimos a seres humanos rompendo fronteiras de formas surpreendentes”, destaca ele. “É inspirador.”

“Mas não queríamos nos concentrar nisso uma vez que um espetáculo de suscitar vertigens. Queríamos direcionar o filme para o susto de se gostar e o que isso significa. Sentimos que, se pudéssemos seguir nesta direção, faríamos alguma coisa que atingiria o público que talvez não se interesse pelo visual do filme.”

‘Não havia motivo para esconder zero’

Existe muito mais nesta história além dos arranha-céus.

O filme levou sete a oito anos para ser feito. Neste período, o parelha se conheceu e se apaixonou.

Eles saíram da Rússia depois da invasão da Ucrânia, em 2022, quando o bloqueio das redes sociais no país fez com que eles perdessem sua manadeira de renda.

A pandemia de covid-19 também havia fechado a indústria do turismo e eles perderam seus patrocinadores. Eles sobreviveram vendendo sua arte para compradores particulares, mas admitem que escalar o Merdeka foi quase a sua última aposta.

O rooftopping não é uma curso que ofereça longevidade, em todos os sentidos da vocábulo. O filme mostra o parelha lamentando o tramontana de pessoas conhecidas que perderam a vida na prática desta atividade.

Angela Nikolau não tem susto unicamente de encarregar nas pessoas. O filme a mostra visivelmente com susto durante suas proezas.

Enquanto treinava na Tailândia para escalar o Merdeka, ela teve um ataque de pânico e congelou – ficou “paralisada”, segundo suas palavras, sobre uma estrutura que tem menos de um metro de largura, em grande altitude sobre uma cidade.

O público acompanha sua sensação enquanto Beerkus move os membros dela, um de cada vez, para que ela se sente, ainda vulnerável.

Em outros momentos mais prosaicos, eles discutem no topo de uma torre, enquanto escalam em procura da melhor imagem. Nikolau repreende Beerkus, dizendo que ele “sempre faz isso”. Em outro momento, ela se queixa porque ele ainda não tirou uma boa foto das suas pernas.

“No início, nós queríamos evitar mostrar um relacionamento imperfeito para as câmeras”, conta Nikolau. “Mas acabamos nos acostumando a passar tanto tempo com a equipe e vê-los logo de manhã cedo até um pouco antes de ir dormir. Percebemos que não havia motivo para esconder zero.”

O relacionamento da dupla começou em um compromisso mercantil e ninguém duvida que ele seja real. Mas eles são frequentemente acusados de publicar informações ou imagens falsas – uma vez que ocorreu logo em seguida a escalada do Merdeka.

“Ah, eu adoro esses críticos do sofá”, responde Nikolau. “Adoro quando as pessoas começam a proferir ‘não, deve ter sido tela virente. Você pode ver que havia um telhado e um piso. Você pode ver que foi Photoshop ou que ela está usando um cinto de segurança.'”

“Na verdade, isso nos traz mais visualizações, mais pessoas online. Agora, fico feliz quando as pessoas inventam novas formas de nos acusar de imagens falsas.”

O documentário traz uma solução inteligente para a questão dos idiomas: o parelha fala principalmente russo, mas a tecnologia faz com que o som apareça em inglês quando eles narram as cenas (e, simples, a Netflix oferece o filme com legendas em português).

E o documentário também dá crédito aos “produtores da história”. Jeff Zimbalist, o diretor, conta que informou aos interessados em estribar o filme que Skywalkers é, essencialmente, cinema de guerrilha.

A maior secção das ações do parelha era proibido, incluindo a escalada do Merdeka 118. O documentário mostra Nikolau e Beerkus passando tapume de 30 horas no prédio, filmando a si próprios e se escondendo dos trabalhadores na construção.

Depois do sucesso da cena no topo da torre, “fizemos Ivan mandar voando os cartões [de memória, pelo drone] com a filmagem, para que eles não estivessem com os cartões, se fossem pegos na descida do prédio”, conta o diretor Jeff Zimbalist.

Em procura de novas oportunidades, o parelha se mudou recentemente para Novidade York. É uma cidade de arranha-céus, mas será que eles pretendem continuar com as escaladas, principalmente agora, que muitos seguranças irão reconhecê-los, depois do documentário?

“Realmente esperamos que, agora que o filme está sendo lançado internacionalmente, mais pessoas queiram colaborar conosco”, afirma Ivan Beerkus.

“Talvez alguma coisa no espaço mercantil publicitário. Nós adoraríamos. Mas também estamos ansiosos para fazer outras coisas. Angela é pintora, eu componho música. Estamos sempre tentando pensar em novas formas criativas de continuar e lucrar a vida com isso.”

Não importa o quanto seus produtores tentem orientar o público para observar o relacionamento do parelha uma vez que a história principal de Skywalkers: Uma História de Paixão. Uma sensação preponderante de assombro se mantém por todo o filme, quando assistimos aos protagonistas trabalhando sob extrema pressão mental, em grandes altitudes.

Nas cenas filmadas no sobranceiro do Merdeka 118, alcançando o firmamento e quase sem zero embaixo deles, Beerkus demonstra sua concentração e regra para aproveitar a chance única de conseguir a imagem que ele tanto deseja.

“Eu senti que era uma chance em um milhão”, ele conta. “Toda a minha coragem estava fluindo, eu acho. Eu sabia que não iria deixar Angela desabar e estava pronto para fazer aquilo que fomos fazer.”

“Parecia um momento perfeito. E, quando ergui Angela, eu me lembrei do silêncio. Devia estar ventando naquela fundura, mas não senti zero e não ouvi zero. Era simplesmente o mais perfeito momento de silêncio e zen que já vivi.”

“Skywalkers: Uma História de Paixão” está disponível no Brasil na Netflix.

Esse texto foi publicado originalmente cá.

Folha

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