Cássio Diz Que Sai Do Corinthians Pela Porta Da Frente

Cássio diz que sai do Corinthians pela porta da frente – 18/05/2024 – Esporte

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Cássio recusou a oferta de um jogo de despedida, com sarau diante dos torcedores no estádio de Itaquera. Depois 12 anos e meio, deu adeus ao Corinthians em uma entrevista coletiva no CT do Parque Ecológico do Tietê, na tarde de sábado (18), na qual repetiu quase incontavelmente as construções “obrigação cumprido” e “muito tranquilo”.

Incomodado sobretudo com as críticas nas redes sociais a reverência de seu desempenho declinante, o goleiro de 36 anos pediu à diretoria para rescindir seu contrato, que tinha término previsto para dezembro. Atendido, recebeu homenagens e a promessa da confecção de um busto com suas feições no Parque São Jorge, o que lhe deixou convicto de que não está partindo de maneira pouco honrosa.

“Honestamente, com todas as festas, homenagens, não tenho incerteza de que saio pela porta da frente. Não é a situação que muitas pessoas imaginavam, mas a gente não consegue controlar o porvir. Saio em tranquilidade, feliz, com o obrigação cumprido. Tenho tranquilidade, porque sempre tentei ajudar o Corinthians de todas as formas”, afirmou.

“Tem esse papo de que todo jogador sai do Corinthians pela porta dos fundos. Mas não teve atrito, foi tudo conversado. O pessoal [da diretoria], evidente, defendeu o lado do Corinthians, mais foi tudo muito bacana. Tenho tranquilidade de ser um dos jogadores mais vitoriosos da história do Corinthians e que sai pela porta da frente, não pelo fundo, uma vez que falaram”, acrescentou.

O gaúcho vestiu 712 vezes a camisa do clube da zona leste paulistana e foi nove vezes vencedor –estão entre esses títulos dois do Campeonato Brasiliano, um da Despensa Libertadores e um do Mundial–, mas o último troféu foi levantado há cinco anos. O período mais recente vinha sendo de derrotas e questionamentos, que acabaram minando a força do jogador.

“Os últimos anos foram difíceis, a gente bateu na trave de quase ser rebaixado. Chega um tempo em que as coisas pesam. Eu sou um ser humano”, afirmou, explicando a sensação de esgotamento e o motivo de ter buscado um novo repto. “Muitas pessoas entendem ou não entendem. Mas eu acho que tudo aconteceu uma vez que tinha que suceder. Logo, fico muito tranquilo.”

Cássio preferiu não falar francamente sobre seu porvir, mas vai se apresentar na próxima semana ao Cruzeiro, clube com o qual vai assinar um contrato de três anos. O Corinthians procurou igualar as condições oferecidas pela assembleia mineira para que o arqueiro renovasse seu compromisso, porém ele estava resolvido.

Secção da torcida torceu o nariz, principalmente pela insistência na quebra do contrato. O goleiro respondeu dizendo que desrespeito teria sido permanecer em uma situação na qual não estava confortável –e na suplente. “Acho que a mudança vai prolongar minha curso, trazer um novo repto. Aonde eu for eu vou jogar muito, pode ter certeza.”

No Corinthians, Cássio jogou muito, muito muito. Tido uma vez que um dos maiores ídolos na história do clube, certamente o maior do século 21, recebeu placas das organizadas Gaviões da Leal e Camisa 12. Também deixou suas mãos marcadas na lajeada da nomeada no memorial do clube. E vai ser perpetuado em bronze.

“É um dia triste para os corintianos, mas faz secção. Só temos a agradecer a uma pessoa fantástica, um grande varão, um grande ídolo. Obrigado, Cássio, por esses 12 anos, pelos títulos maravilhosos. Você vai estar eternamente em nossos corações”, afirmou o presidente Augusto Melo, que assumiu a assembleia em janeiro e a comandará até o término de 2026.

“Você vai ser lembrado todos os dias por quem entrar neste CT. É um ciclo que se encerra, faz secção da vida. Que você seja muito feliz. O Corinthians vai seguir seu caminho. Você vai trespassar na minha gestão, mas vai ser na minha gestão que vamos fazer um busto, e você vai ser perpetuado no Parque São Jorge”, concluiu o dirigente.

Em suas palavras finais em preto e branco, Cássio demonstrou carinho peculiar aos funcionários do clube e fez elogios protocolares a Carlos Miguel, que lhe tomou a posição. Em entrevista acompanhada por agora ex-companheiros uma vez que Paulinho, recordou defesas históricas e procurou provar serenidade.

“Para muitas pessoas, pode ser um dia triste, mas olho para trás e vejo muitas coisas boas. Saio em tranquilidade, porque tentei de todas as maneiras dar o meu melhor em prol do Corinthians”, insistiu. “Creio que algumas pessoas não ficarão felizes, mas me perdoa. Acho que era o momento de seguir o meu caminho. Meu muito obrigado a todos.”

Folha

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