Murado de 600 eleitores do Oscar, entre os quais estão Olivia Colman e Joaquim Phoenix –ambos com ressaltado trânsito em Hollywood– assinaram uma missiva ocasião com críticas à Ateneu por seu posicionamento acerca da prisão de Hamdan Ballal, vencedor da premiação na categoria documentário.
Eles cobram escora ao cineasta palestino, que foi atacado por colonos israelenses poucas semanas depois receber a estatueta. Ballal é codiretor do documentário “Sem Soalho” – “No Other Land”, no título em inglês.
O longa, que trata sobre a expulsão de palestinos de vilarejos no sul da Cisjordânia, levou 62 prêmios desde o ano pretérito, nas categorias de público e documentário, e arrebatou láureas no Spirit e no Gotham Awards e na Mostra de Cinema em São Paulo.
No índice online Rotten Tomatoes, o filme tem 100% de aprovação do público.
Semanas depois a premiação, no entanto, Ballal teria sido espancado por um grupo de colonos na região de Masafer Yatta, na Cisjordânia. Em seguida, soldados israelenses teriam sequestrado a ambulância requisitada pelo palestino e o levado para um lugar ignoto.
A informação foi compartilhada por Yuval Abraham, jornalista israelense que aparece nas filmagens e também esteve avante da produção, em seu perfil no X.
A missiva assinada pelos eleitores do prêmio sugere uma postura pouco interessada da liceu com a prisão do diretor.
“É indefensável para uma organização reconhecer um filme com um prêmio na primeira semana de março e, em seguida, deixar de tutelar seus cineastas exclusivamente algumas semanas depois”, diz um trecho do texto, atualizado na sexta-feira (28).
A missiva é uma reação a uma enunciação da feita na quarta (26) pelos líderes da Ateneu, Bill Kranner e Janet Yang, que sugeria que o espancamento e prisão do recente vencedor do Oscar Hamdan Ballal é um tanto sobre o qual os membros da Ateneu terão “muitos pontos de vista únicos”.
Outros membros conhecidos da Ateneu que assinaram a missiva incluem Mark Ruffalo, o diretor vencedor do Oscar de Zone of Interest Jonathan Glazer, Emma Thompson, Tony Kushner, Richard Gere, Andrea Riseborough e Todd Haynes.
Ballal foi atacado e recluso pelos militares israelenses durante um confronto com colonos que ocorreu na Cisjordânia, na vila de Susiya, sua cidade natal.
O cineasta palestino sofreu ferimentos na cabeça e no estômago, e foi atado com zíper e vendado, de consonância com o codiretor Yuval Abraham, antes de ser liberado no dia seguinte.
A missiva ocasião alegou que a Ateneu mostrou uma “falta de escora” a Ballal. “O ataque a Ballal não é exclusivamente um ataque a um cineasta — é um ataque a todos aqueles que ousam testemunhar e recontar verdades inconvenientes. Continuaremos a vigiar esta equipe de filmagem. Lucrar um Oscar colocou suas vidas em transe crescente, e não mediremos palavras quando a segurança de colegas artistas estiver em jogo”, afirma a missiva.
A Ateneu foi procurada pelo The Hollywood Reporter, que revelou a informação, mas não se posicionou.
LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA
Os membros da AMPAS respondem à falta de escora ao cineasta Hamdan Ballal da liderança da AMPAS. Em 26 de março de 2025, a liderança da Ateneu de Artes e Ciências Cinematográficas enviou por e-mail aos seus membros uma enunciação com o tema “Nossa Comunidade Global de Cinema”. A enunciação estava ostensivamente respondendo à detenção do cineasta palestino e vencedor do Oscar de Melhor Documentário de 2025, Hamdan Ballal, um dos diretores de “No Other Land”, embora não tenha mencionado Ballal ou o filme pelo nome, nem descrito os eventos aos quais estava respondendo. A enunciação de Bill Kramer e Janet Yang ficou muito aquém dos sentimentos que oriente momento exige. Portanto, estamos emitindo nossa própria enunciação, que fala pelos membros aquém assinados da Ateneu de Artes e Ciências Cinematográficas.
Condenamos o ataque brutal e a detenção proibido do cineasta palestino vencedor do Oscar Hamdan Ballal por colonos e forças israelenses na Cisjordânia. Uma vez que artistas, dependemos de nossa capacidade de recontar histórias sem represálias. Os documentaristas frequentemente se expõem a riscos extremos para esclarecer o mundo. É indefensável para uma organização reconhecer um filme com um prêmio na primeira semana de março e, em seguida, deixar de tutelar seus cineastas exclusivamente algumas semanas depois. Lucrar um Oscar não é uma tarefa fácil. A maioria dos filmes em competição é impulsionada por ampla distribuição e campanhas com preços exorbitantes direcionadas a membros votantes. O trajo de “No Other Land” lucrar um Oscar sem essas vantagens mostra o quão importante o filme é para os membros votantes.
O ataque a Ballal não é exclusivamente um ataque a um cineasta — é um ataque a todos aqueles que ousam testemunhar e recontar verdades inconvenientes. Continuaremos a zelar por esta equipe de filmagem. Lucrar um Oscar colocou suas vidas em transe crescente, e não mediremos palavras quando a segurança de colegas artistas estiver em jogo.