Celly Campello é Retratada Em Livro Como Esquecida Do Rock

Celly Campello é retratada em livro como esquecida do rock – 14/06/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

O jornalista Gonçalo Junior é responsável de algumas dezenas de livros, grande secção retratos de personagens da cultura brasileira, tendo a música porquê profissão.

Ele foi percebendo que nas pesquisas que fazia, para coletar informações para o próximo livro, havia uma infinidade de referências a uma cantora que tinha feito um enorme sucesso no pretérito e havia emplacado alguns sucessos no que ficou espargido porquê o rock and roll brasílio. Era Celly Campello e seus hits inesquecíveis “Estúpido Cupido”, “Banho de Lua”, “Novedio Legítimo”, entre outros no final dos anos 1950.

O responsável notou que havia ali uma grande personagem para ser biografada e, mais importante ainda, que não tinha tido o reconhecimento que merecia pelo papel que desempenhou para a música brasileira e para o mercado de música jovem do país, que naquela quadra ainda não existia.

O que predominava nas letras do samba-canção, dos boleros e de outros gêneros eram temas adultos e carregados de sofrimentos, dores por perdas irreparáveis de amores desfeitos e grandes paixões arrebatadoras.

O encontro com o documentarista e plumitivo Dimas Oliveira Junior foi importante para que ele tomasse a decisão de grafar a primeira biografia de Celly Campello, já que ele tinha aproximação à família da cantora. Ou por outra, Oliveira Junior já havia realizado um documentário sobre ela e guardava alguns materiais e fotos da artista. Ou seja, tinha material prévio.

“Eu não pensei duas vezes, convidei Dimas para assinar comigo a biografia e tombar em campo para fazer. Pensei que o livro ajudaria a resgatar e restaurar a sua relevância para a música brasileira, especificamente para a gênese do rock no Brasil, já que ela fora uma desbravadora, uma pioneira mesmo, um fenômeno nunca visto no meio artístico do país”, afirma Gonçalo Junior.

Depois de seis anos de pesquisas, inúmeras entrevistas e aproximação a tudo o que fizesse referência a Celly Campello, Gonçalo Junior lança mais uma biografia de um artista da música, a sua primeira de uma mulher, “Pequena Fenomenal – Celly Campello e o promanação do Rock no Brasil”, escrito em parceria com Dimas Oliveira Junior. A obra será lançada neste sábado na segunda edição da feira do livro do festival In-Edit, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.

Assim porquê já havia feito em outras biografias de cantores, em “Pequena Fenomenal”, Gonçalo Junior não se limita ao retrato minucioso e revelador de Celly Campello. Na verdade, ele realiza uma detalhada contextualização da gênese do rock’n’roll no Brasil e da relevância de Campello para a jovem guarda

Embora a artista tenha desbravado o rock antes de nomes porquê Os Mutantes, Rita Lee e Raul Seixas, ela não teve a sua taxa para o gênero reconhecida.

“Celly Campelo e Cauby Peixoto inauguraram a cena do rock brasileira antes da jovem guarda. O sucesso de “Estúpido Cupido” repercutiu nos anos 1970. Raul Seixas também lançou um disco de clássicos do rock. Eles são fundamentais”, diz Léo Jaime.

Celly Campello desde cedo conviveu no meio artístico. Ainda moço, já cantava na Rádio Difusora Taubaté, lo calizada no interno de São Paulo. Na juvenilidade, apresentou um programa infantojuvenil na Rádio Cacique, também na cidade de Taubaté, e atingiu o sucesso repentino com a gravação da música “Estúpido Cupido”, em 1959, quando tinha 16 anos.

O cantor Ney Matogrosso diz que, quando foi morar no Rio de Janeiro em 1961 para servir o Tropa, “só tocava nos rádios Celly Campello e Cartola”. “Eu escutava umas dez vezes por dia ‘Banho de Lua’. Portanto, é uma memorandum que tenho da minha chegada ao Rio de Janeiro quando tinha 17 anos”, afirma ele.

Celly Campello, ou Celinha, porquê os familiares a chamavam, nunca almejou ser artista e viver uma vida de artista. Queria, isso sim, terminar os estudos, se matrimoniar e ter filhos, porquê quase todas as jovens da sua quadra que eram talhadas a pensar e realizar esse trajectória de moça comportada e de família. Namorou e depois casou com Eduardo Gomes Chacon, que trabalhava porquê contador da Petrobras.

Quem lê a biografia compreende que Celly Campello não viveu um sonho acalentado por ela, e sim o sonho de seu irmão mais velho, o também cantor Tony Campello. Ele sacrificou sua curso para a transformar não só em cantora, mas também fenômeno artístico da indústria.

De 1959 a 1962, quando decidiu, sem ouvir ninguém, largar tudo para se matrimoniar com Chacon, Campello emendou um hit detrás do outro, começando com “Estúpido Cupido”. Depois viriam “Banho de Lua”, “Novedio Legítimo”, “Lencinhos Cor-de-Rosa”, “Túnel do Paixão”, entre outras.

Ela virou uma febre vernáculo, cultuada pelos adolescentes e jovens, participando de dois filmes de Mazzaroppi e apresentando com Tony Campello o programa “Celly e Tony em Hi-Fi”, na TV Record. Isso ainda antes de o programa da jovem guarda, com os cantores Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, estrear em 1965.

Foram várias as tentativas de voltar ao sucesso apanhado entre 1959 e 1962, uma delas em 1976. Esse foi o esforço que mais teve sucesso, uma vez que foi amparado pela romance “Estúpido Cupido”, que foi exibida na TV Mundo. A trilha da trama trazia dois dos maiores sucessos da cantora, “Estúpido Cupido” e “Banho de Lua”.

“Celly tinha virado uma espécie de ‘dinossaura’ do rock brasílio. A prensa não dava globo para ela. Pior do que isso, massacrava seu estilo de dona de lar, sua semblante de senhora, mesmo que ainda fosse jovem, suas atitudes antiquadas, muito dissemelhante do que se podia esperar de uma cantora de rock. As reportagens sobre ela, inclusive as de veículos direcionados às mulheres, eram impiedosas”, afirma Gonçalo Junior.

Em 1995, ela fez ao lado do irmão, Tony Campello, um dos poucos registros em vídeo sobre sua curso. No programa “Experimento”, exibido pela TV Cultura, a artista cantou seus grandes sucessos e lembrou sua vida em Taubaté ao lado dos pais e dos dois irmãos. Um ano depois, em 1996, ela descobriu um cancro de úbere que a matou em 4 de março de 2003 depois de se espalhar por outros órgãos do corpo.

Folha

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