Cinco Séries Que Nunca Ganharam Emmys, Como 'better Call Saul'

Cinco séries que nunca ganharam Emmys, como ‘Better Call Saul’ – 19/01/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

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Ao final da cerimônia do Emmy na madrugada da última terça (16), “Better Call Saul” entrou para uma lista indesejada: a de séries que nunca ganharam um prêmio da Ateneu de Televisão, o mais prestigioso do meio.

Prêmios uma vez que o Oscar, os Emmys e (principalmente) o Mundo de Ouro não querem expressar zero, exceto quando o seu predilecto ganha. Mas ainda que a Ateneu de Televisão distribua láureas em mais de 120 categorias (até o Barack Obama tem dois), vira e mexe alguém sai de mãos abanando, mesmo depois de temporadas e temporadas.

“Better Call Saul” (Netflix), seriado derivado de “Breaking Bad”, entrou para essa lista na madrugada de terça (16), apesar de ter somado 53 indicações ao longo de seis temporadas. A situação causou revolta entre fãs —uma vez que sói ocorrer— e entre críticos (acho que o Alan Sepinwall, da Rolling Stone, não deve ter dormido essa semana, só de raiva de ver Rhea Seehorn transpor do auditório sem nenhuma estatuazinha).

Mas “Saul” não está sozinho: há muitas séries consideradas de subida qualidade, favoritas da audiência e dos especialistas, que nunca foram premiadas. Sintoma do “peak TV”, mas também das regras do jogo, da constituição do escola eleitoral, da competição, do eventualidade.

Listo cá cinco outras séries que também nunca levaram um Emmy para moradia, apesar das expectativas e de seu prestígio.

“The Leftovers”

Baseada no livro de Tom Perrotta de mesmo nome e contando com o responsável entre seus roteiristas, “The Leftovers” é, sem dúvidas, a minha série favorita (o que isso diz sobre mim caberá ao leitor julgar).

A história se passa três anos depois um evento global inexplicado e inexplicável: num mesmo momento, em 14 de outubro de 2011, 2% da população mundial simplesmente desapareceu sem deixar rastros. Quem ficou para trás tem agora que encontrar um jeito de continuar vivendo num mundo onde nem a ciência nem a religião têm respostas.

Além dos roteiros, guiados por Damon Lindelof (cocriador de “Lost”, mas que aprendeu a prelecção e não tenta solucionar mistérios mais), da direção experiente de Mimi Leder e da trilha sonora de Max Richter, a série merecia atenção por seu elenco, em próprio a sempre óptimo Carrie Coon (“A Idade Dourada”). Em três temporadas, “The Leftovers” recebeu unicamente uma indicação, para Ann Dowd, uma vez que atriz convidada.

HBOMax. Três temporadas, 28 episódios.

“A Escuta”

Geração do irascível David Simon, inspirada em seu tempo uma vez que repórter policial no jornal The Baltimore Sun, “A Escuta” (ou “The Wire”) é sempre o primeiro exemplo citado de série que foi injustiçada pelos Emmys (mas esta lista é minha! Mua-hua-hua!).

Elogiada por sua visão dos problemas sistêmicos de Baltimore (e dos Estados Unidos uma vez que um todo) com relação à guerra às drogas, o trabalho policial, a política, a ensino e a mídia, a série foi indicada duas vezes ao Emmy, ambas na categoria de roteiro, mas nunca ganhou. Mesmo seu grande e talentoso elenco, que contava com nomes uma vez que Idris Elba, Amy Ryan, Michael K. Williams e Wendell Pierce, passou sem ser notado pela ateneu.

HBOMax. Cinco temporadas, 60 episódios.

“Jornada nas Estrelas”

Às vezes, a ignorância do Emmy é um sintoma do excesso de televisão disponível. Esse, porém, não é o caso da versão original de “Jornada nas Estrelas”, que foi ao ar quando havia unicamente três canais nos Estados Unidos.

Criado por Gene Roddenberry, o seriado acompanha a tripulação da Enterprise, uma nave da Frota Estelar que tem a tarefa de explorar a Via Láctea em procura de novos planetas e formas de vida (onde nenhum varão foi antes etc.).

Em retrospecto é fácil ver a enorme influência que a série teria sobre a cultura pop nas décadas seguintes, mas durante sua exibição as 13 indicações acumuladas (incluindo de Melhor Série – Drama e Melhor Ator Coadjuvante – Drama, para Leonard Nimoy) nunca se converteram em vitórias. Em 2018, a Ateneu de Televisão reconheceu a influência cultural do programa com o Governors Award.

Netflix. Três temporadas, 79 episódios.

“Bojack Horseman”

A melhor série original da Netflix, sobre um ator decadente de sitcoms dos anos 1990 que também é um cavalo antropomorfizado, foi indicada a unicamente três Emmys ao longo de suas seis temporadas: duas vezes na categoria de melhor série de animação, e uma para a atuação vocal de Kristen Schaal.

Não há vergonha nenhuma em perder para “Bob’s Burgers” ou “Os Simpsons” (talvez um pouco de vergonha em perder para Seth McFarlane, de “Family Guy”), e são poucas as categorias da premiação voltadas para animações, mas não deixa de ser lastimoso que o design de produção escrupuloso, os roteiros que equilibram com finesse drama e sátira e o restante do elenco vocal, com Will Arnett, Alison Brie, Amy Sedaris e Paul F. Tompkins, tenham ficado sem nenhum reconhecimento.

Netflix. Seis temporadas, 77 episódios.

“The Good Place”

Nem a premissa esperta de “The Good Place”, que esconde ervilhas de filosofia em cada colherada de piadas absurdas, dando uma faceta de Programa Importante para uma sitcom, foi capaz de recrutar o tipo de aprovação necessário para prometer Emmys.

Na série, Eleanor Shellstrop (Kristen Bell) acorda no “Bom Lugar” depois de morrer, cercada de pessoas boas e pronta para seu sota eterno em condições perfeitas. O único problema é que ela foi uma pessoa ruim em vida, e até ela sabe que aquele não é o seu lugar.

Em quatro temporadas, a série somou 12 indicações, inclusive de Melhor Comédia e várias para seu poderoso elenco, encabeçado por Bell e o lendário Ted Danson.

Netflix. Quatro temporadas, 50 episódios.

O QUE ESTÁ CHEGANDO

As novidades nas principais plataformas de streaming

“Cristóbal Balenciaga”

Minissérie espanhola sobre o período em que o famoso estilista espanhol, interpretado por Alberto San Juan, viveu em Paris, a partir de 1937, e sua rivalidade com Christian Dior, Coco Chanel e a cena de tendência francesa.

Star+, seis episódios.

“Folhas de Outono”

Pequeno romance do finlandês Aki Kaurismaki sobre um varão alcoólico e uma moça solitária, que se encontram e desencontram pelo eventualidade.

Mubi, 81 min.

“Hazbin Hotel”

Animação músico inspirada numa websérie sobre uma princesa do Inferno que decide tentar reabilitar demônios para mourejar com a superpopulação no marchar debaixo.

PrimeVideo. Uma temporada, oito episódios. Os quatro primeiros estreiam nesta sexta (19), e dois em cada semana seguinte.

“June”

Documentário sobre June Carter Cash, com imagens inéditas da vida da cantora e compositora, indo além de sua relação com John Cash.

Paramount+, 98 min.

“Um Pesadelo Americano”

Documentário true transgressão sobre o sequestro de Denise Huskins, a quem a polícia de Vallejo, na Califórnia, acusou de forjar o próprio sumiço, à la “Pequena Réplica”.

Netflix, três episódios.

“Ponto Final”

Sandra (Roberta Rodrigues) e Ivan (Rodrigo Sant’Anna) compartilham um sítio de trabalho (ela é motorista de ônibus, e ele, de van clandestina no mesmo terminal carioca), uma moradia e um divórcio.

Netflix, sete episódios.

“Tipo Isso”

Sabi (Bilal Baig) é uma pessoa não binária que trabalha em Toronto uma vez que babá de uma família aparentemente perfeita, mas que esconde suas complicações. Não bastasse, a própria família tradicional paquistanesa de Sabi não aceita sua identidade, o que é a manancial de muito estresse.

A terceira temporada, com oito episódios, chegou ao Brasil nesta quinta (18).

HBOMax. Três temporadas, 24 episódios.

“Wonka”

Chega às plataformas digitais a novidade história sobre o chocolateiro Willy Wonka, desta vez vivido por Timotheé Chalamet. O músico, dirigido por Paul King (dos filmes do urso Paddington), conta a origem do varão que se tornaria o maior operário de chocolates e doces especiais do mundo.

Disponível para aluguel a partir de domingo (21) em Amazon, Simples TV+, YouTube, Vivo Play, Watch Brasil, Microsoft, e Apple TV. 116 min.

VEJA ANTES QUE SEJA TARDE

Uma dica de filme ou série que sairá em breve das plataformas de streaming

“Os Outros”

Grace (Nicole Kidman) vive em uma mansão no interno inglês com seus dois filhos alérgicos ao sol. A moradia, porém, começa a parecer ser mal-assombrada e Grace fará de tudo para proteger sua família.

Disponível na Mubi até o dia 31.jan. 105 min.

Folha

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