Com Protagonismo Feminino, Brasil Faz Sua Melhor Campanha 08/09/2024

Com protagonismo feminino, Brasil faz sua melhor campanha – 08/09/2024 – Esporte

Esporte

Antes do início dos Jogos Paralímpicos de Paris, o presidente Mizael Conrado lembrou em entrevista à Folha do planejamento feito no distante 2017.

“A gente tem no projecto estratégico, formulado lá em 2017, a meta de invadir entre 70 e 90 medalhas e de permanecer entre os oito primeiros. Mas a real expectativa é fazer em Paris a melhor campanha de todos os tempos.”

Neste domingo (8), ao fazer um um balanço sobre a competição, Conrado, uma vez que um bom político, voltou a referir o planejamento. “Não dá para falar dos resultados sem voltar a 2017, quando elaboramos nosso projecto”, disse.

O Brasil ficou a uma medalha das 90, o limite da meta do comitê. Os 89 pódios superaram com folga os 72, estabelecidos uma vez que recorde em Tóquio-2020 e Rio-2016. Foram 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes.

Percutir os 22 títulos paralímpicos de Tóquio já não foi tão fácil, até o penúltimo dia (quando tinha 17), parecia que a marca não seria alcançada. Mas a delegação teve um sábado (7) luzidio, principalmente no judô. Neste domingo, mais dois ouros (atletismo e canoagem) coroaram a campanha.

“Além de ter sido um resultado inimaginável, com três modalidades que nunca tinham medalhado, triatlo, tiro e badminton, a gente avançou no halterofilismo, muito orgulho. Uma campanha irretocável. Muita sensação de que o trabalho compensa.”

Na risco do balanço do COB, que reclamou do vento ter tirado o ouro de Gabriel Medina, Conrado também lamentou algumas derrotas. “A campanha podia ser ainda melhor, perdemos duas provas por centésimos. Nossa equipe de goalball era favorita.”

O Brasil fecha a competição no histórico top 5 do quadro universal de medalhas, detrás de China (220, com 94 ouros), Grã-Bretanha (124 e 49 ouros), EUA (105 e 36) e Holanda (56 medalhas, mas com mais ouros, 27).

De olho na eficiência holandesa, Conrado já faz planos para melhorar a campanha no porvir. “Simples que a gente sai com lições aprendidas. O ciclismo dá 51 medalhas, não ganhamos nenhuma. A Holanda ganhou 12 de ouro. Por isso começamos a erigir um velódromo”, afirma. A pista deve ser anexa ao elogiado meio paralímpico, na região sul de São Paulo.

Ao olhar o resultado por gênero, os Jogos Paralímpicos são um filme repetido para o Brasil. Assim uma vez que aconteceu nas Olimpíadas, quase um mês detrás, as mulheres foram protagonistas. Nunca conquistaram tantos pódios. O resultado de Tóquio, antes o melhor —com 7 ouros, 7 pratas e 12 bronzes, 26 no totalidade—, foi pulverizado. Em Paris, foram 13 ouros, 12 pratas e 18 bronzes, totalidade de 43 medalhas. Exatamente o mesmo número do masculino, mas com menos atletas (foram 45,9% da delegação). As outras três medalhas foram de equipes mistas.

“Nosso objetivo é aumentar a participação feminina. Se a gente olhar para a China, mais de 60% das medalhas conquistadas foram por mulheres. Se a gente der oportunidades, elas vão ser cada vez mais protagonistas”, comentou o dirigente, sem relevar tanto assim as conquistas femininas.

Ao todo, foram 12 modalidades com pódios, com atletismo, natação e judô. A nadadora Carol Santiago sai uma vez que a novidade recordista entre as mulheres com medalhas de ouro (6) e entra no top 5 de todos os tempos.

E Gabriel Araújo, com três ouros e muito carisma, deixa Paris uma vez que uma das principais estrelas do paradesporto mundial.

O balanço de forças em Paris

Em relação a Tóquio, quando foi sétimo, o Brasil precisou superar somente a Ucrânia para terminar em quinto lugar na classificação universal. A Rússia, quarta colocada em 2021, teve uma delegação reduzida a 88 atletas, e seus pódios não foram contabilizados pela organização do evento no quadro universal de medalhas —assim uma vez que os dos bielorrussos—, uma vez que uma sanção imposta pela invasão à Ucrânia.

Atletas dos dois países não participaram das cerimônias de franqueza ou fecho, não puderam exibir suas cores ou símbolos nos uniformes e não ouviram os respectivos hinos no pódio.

Apesar do conflito armado, a Ucrânia conseguiu ter rendimento similar ao dos Jogos de Tóquio, e brigou com o Brasil pelo top 5 até as últimas medalhas.

Já a ousada previsão de Marie-Amélie le Fur, presidente do Comitê Paralímpico Galicismo, que quase causou risos quando anunciada antes da competição, ficou muito perto de se concretizar.

Empurrados sempre pela vibrante torcida, os donos da moradia saltaram de 54 para 75 pódios, aumento de quase 40%. Também terminaram em oitavo, no limite do top 8 desejado por Le Fur. Só faltou uma medalhinha de ouro para chegar nas 20, estabelecidas uma vez que meta. Ainda assim, o número foi muito superior aos 11 dos Jogos passados.

Folha

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