Com Recorde De Participantes, Lbf Abre Temporada Com Duelo Paulista

Com recorde de participantes, LBF abre temporada com duelo paulista

Brasil

A 13ª edição da Liga de Basquete Feminino (LBF) começa nesta sexta-feira (1º) – veja a tábua completa do primeiro vez. A partir das 20h (horário de Brasília), Corinthians e São José se enfrentam no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo. O duelo opõe equipes que, além de paulistas, estão de volta à competição, ainda que em contextos diferentes.

O Timão disputou as temporadas 2015/2016 (vice) e 2016/2017 (vencedor), em parceria com a equipe de Americana (SP), maior vencedora da LBF, com quatro títulos. Desta vez o projeto é encabeçado pelo próprio clube. O Alvinegro é a primeira junta a simbolizar a capital paulista na história da competição.

No elenco corintiano o destaque é a pivô Kelly, de 44 anos, medalhista de bronze na Olimpíada de Sydney, na Austrália, em 2000. A veterana é uma das entusiastas do projeto, que tem Rosana Lopes na gestão. A coordenadora foi a primeira mulher a integrar a percentagem técnica de uma equipe do Novo Basquete Brasil (NBB), que é o principal campeonato pátrio masculino.

“O torcedor do Corinthians deseja que [as atletas] coloquem o coração dentro de quadra. As atletas realizando, trabalhando com raça e garra, vão trazer a torcida junto. No futebol, o Corinthians tem as Brabas [apelido do time feminino]. No basquete, [as jogadoras] já estão sendo chamadas de Furiosas”, declarou Rosana.

O São José, por sua vez, esteve na LBF até a edição 2014/2015, encerrando-a em terceiro lugar. O retorno se dá posteriormente resultados importantes na base, uma vez que o título brasílio sub-23 em 2023. Entre as jogadoras contratadas estão a renque Nany, que já defendeu a seleção feminina, e a ala-armadora Carol Ribeiro, que fez secção da última formação joseense a disputar a liga.

“Se eu conseguir passar um pouco da minha experiência, provar uma vez que é importante vestir essa camisa e o que representa essa cidade [São José dos Campos], que o pessoal apoia muito, será incrível. Quero fazer um bom papel e entregar o que a cidade já me ofereceu”, disse Carol, revelada em um programa de formação de atletas da prefeitura sítio.

Tradição paulista

Além de Corinthians e São José, outras cinco equipes representam São Paulo, estado com mais times nesta LBF. Em 12 temporadas, ao menos uma das agremiações finalistas era paulista.

O atual vencedor, inclusive, é de São Paulo. Em 2023, o Sesi Araraquara ficou com o título inédito ao superar o Sampaio Corrêa. Na mesma temporada, a equipe ainda conquistou o tricampeonato estadual. Não à toa, o time foi o que mais teve jogadoras (quatro) entre as convocadas da seleção brasileira para o Pré-Olímpico de Belém, em fevereiro.

“Acho que será uma LBF muito disputada, até pela quantidade de equipes. Estou muito feliz, aliás, com o incremento do basquete feminino. A certeza que tenho é de que não será fácil. Queremos o bicampeonato, mas há muito caminho pela frente”, projetou a pivô Aline Moura, eleita a melhor jogadora da última liga e uma das atletas do Sesi Araraquara que esteve no Pré-Olímpico.

Dos demais quatro times de São Paulo, três já foram campeões da LBF: Santo André (2010/2011), Unimed Campinas (2018, uma vez que Vera Cruz Campinas) e Ituano (2021). Merece destaque a equipe do ABC, a única presente em todas as edições da liga. O Bax Catanduva, por sua vez, procura um título inédito, tendo uma vez que melhor resultado um terceiro lugar, na temporada 2011/2012.

Mulheres avante

As agremiações de Campinas e Catanduva, aliás, são presididas por mulheres. A primeira é gerida pela ex-ala Karla Costa, que representou a seleção brasileira em três Olimpíadas (2004, 2008 e 2012). A segunda tem Naty Burian, de 39 anos, não somente uma vez que dirigente, mas também uma vez que armadora do time profissional.

“Tem momentos que não estou treinando, mas correndo detrás das coisas para melhorar o projeto, logo o elenco compreende muito. Espero que façamos um bom trabalho. Tenho certeza de que será uma LBF óptimo para todos e que, com isso, venham mais equipes e cheguemos ao patamar que o basquete feminino merece”, destacou Naty.

O Blumenau, por sua vez, é o único time da liga feminina a ter uma mulher uma vez que treinadora. Ex-jogadora da equipe catarinense, Bruna Rodrigues era ala-armadora e encerrou a curso de forma precoce por motivo de uma lesão no joelho. Desde 2016 na percentagem técnica, ela assumiu o comando em 2022. A temporada atual será a terceira dela no função.

“Venho observado nos campeonatos de base, uma vez que no Brasílico sub-23, cada vez mais mulheres atuando [nas comissões técnicas]. É um processo que está sendo trabalhando. Conforme surgem novas equipes, jogadoras e treinadoras, isso também acontecerá e teremos novas mulheres [como técnicas] na LBF”, avaliou Bruna.

Temporada histórica

Além de São Paulo e Paraná, mais três estados estão representados na edição 2024 da LBF: Rio de Janeiro (Sodiê Mesquita), Paraná (Ponta Grossa) e Maranhão (Sampaio Corrêa). Nascente último, além de atual vice-campeão, já conquistou três títulos (2015/2016, 2019 e 2022). Para buscar o tetra e se igualar ao Americana uma vez que maior vencedor, a Bolívia Querida trouxe, entre os reforços, duas norte-americanas: a pivô Trinity Baptiste e a armadora Chrislyn Carr.

A competição reunirá 11 equipes, um recorde. Na primeira tempo os times se enfrentam em vez (março e abril) e returno (abril a junho). Os oito primeiros avançam às quartas de final, que serão disputadas em melhor de três partidas (avança quem lucrar duas). A mesma regra se aplica às semifinais. Já decisão será em até cinco jogos. O vencedor será quem chegar a três triunfos. O mata-mata será realizado entre junho e agosto.

A novidade para 2024 será a realização da Despensa LBF, que reunirá os quatro melhores times do primeiro vez. O torneio de tiro limitado está marcado para os dias 17 e 18 de maio, em Araraquara (SP).

“Mesmo com todas as dificuldades que se apresentaram nos últimos anos, a LBF vem se tornando cada vez mais possante. A temporada 2024 da LBF foi planejada com muito carinho para que clubes e atletas desfrutem da melhor maneira provável, para que possamos proferir, ao término, que essa foi a melhor da história”, concluiu o presidente da liga, Valter Ferreira.



Fonte EBC

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