Comme des garçons abre loja em são paulo nesta sexta feira

Comme des Garçons abre loja em São Paulo nesta sexta-feira – 10/06/2025 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Embora sejam peças muito distintas, uma camiseta estampada com um coraçãozinho de olhos esbugalhados e um moletom furado porquê uma rede têm, por trás delas, um tanto em geral —a visão criativa de Rei Kawakubo, fundadora e diretora criativa da Comme des Garçons. A marca, uma das mais importantes da história da voga, abre nesta sexta-feira uma loja em São Paulo, a sua primeira na América Latina.

Quando se fala da japonesa de 82 anos, seu nome carrega predicados porquê vanguardista e inovadora, porque ela ajudou a definir, desde os anos 1970, segmento do que se vê na voga atual. Kawakubo é creditada porquê uma das primeiras a fazer roupas com vista destruído, a popularizar o look todo preto dos criativos das grandes cidades e a produzir peças com proporções exageradas, esculturas de tecido para vestir.

Se estes looks tendem a ser preferidos pelos mais ousados, há um outro, mais fácil de vestir, que também leva a assinatura da Comme des Garçons. É a risco Play, do coraçãozinho vermelho, que está nos pés de muita gente gravado num tênis All Star popular em São Paulo, calçado que dá a quem o usa um ar de descolado, por ter sido venturoso por Kawakubo.

Na loja de 160 metros quadrados que inaugura nesta semana no shopping Iguatemi, com design concebido pela própria Kawakubo, um pouco de cada um desses universos fashion estará presente, além de algumas peças de desfile, ainda mais experimentais.

Quem conta é Adrian Joffe, marido e porta-voz de Kawakubo e presidente da marca, e James Gilchrist, vice-presidente da Comme des Garçons para as Américas.

“As pessoas estão procurando cada vez mais se expressar individualmente ao invés de seguir os outros, e se vestir é a maneira mais fácil de se expressar. Elas estão querendo mais coisas criativas. Não querem se parecer porquê tudo mundo, necessariamente”, afirma Joffe, ao comentar o que atrai os consumidores para a Comme des Garçons, conhecida pelos seus designs fora do geral.

Se fora do Brasil é geral encontrar Comme des Garçons em lojas multimarca ao lado de outras grifes conceituais —porquê Rick Owens e Ann Demeulemeester—, em São Paulo a etiqueta estará num shopping que é a moradia das marcas de luxo preferidas dos ricos brasileiros, porquê Gucci e Louis Vuitton. Isto não seria uma incongruência?

“Temos uma gama muito ampla de clientes. Qualquer pessoa, três gerações, às vezes quatro gerações, porque estamos no mercado há muito tempo. Somos uma empresa de sucesso, mesmo que de vanguarda e muito criativa”, diz Joffe, acrescentando que se sente “muito muito” pela Comme des Garçons estar nos mesmos corredores de etiquetas de luxo com apelo mercantil.

Ele afirma também que, nos últimos cinco ou dez anos, a marca está vendendo mais os looks de desfile e as peças ousadas, itens que antes eram reservados para a passarela, as vitrines ou a produção de uma imagem. O principal mercado para levante tipo de roupa são os Estados Unidos, acrescenta Gilchrist.

Joffe credita levante indumento a uma “reação ao peso das marcas de luxo”, que ele afirma —e isto é indumento— venderem em todos os lugares e trocarem de designers o tempo todo. “A fidelidade a marcas talvez tenha enfraquecido. Logo as pessoas estão mais livres para escolher por elas mesmas, talvez”, diz, com a diplomacia de quem não quer confusão com os vizinhos.

A loja de São Paulo também vai vender carteiras e os perfumes da marca —com o vestuário, o mix de produtos dará uma boa teoria da estética da Comme des Garçons. Existem outras murado de 30 lojas no mundo porquê esta, sendo 17 no Japão, o principal mercado da empresa, responsável por 50% das vendas, de entendimento com os executivos.

Uma vez que a prensa só terá entrada à loja na quinta-feira, ainda não foi verosímil ver sua arquitetura, mas Kawakubo —que não veio ao Brasil para a inauguração e quase nunca dá entrevistas— acompanha à intervalo, por fotos, os toques finais no espaço, além de ter enviado um arquiteto nipónico de sua crédito para a finalização.

Segundo Gilchrist, a vitrine da loja será toda preta, só com o logo da marca muito pequeno num quina, uma escolha inusual de design, sobretudo se considerarmos que o ponto de venda fica num shopping. Isso tem a ver com o pensamento de Kawakubo de que a invenção tem que permanecer a função das pessoas, de entendimento com seu marido.

“Se [alguém] disser onde um tanto está, você fica feliz, porque você gosta. Mas se você desenredar sozinho, sem que ninguém lhe diga, você fica mais feliz. Logo é isso que ela quer”, diz Joffe.

Folha

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *