A capital paulista é um palco lhano com diversas peças gratuitas em espaços culturais, centros públicos e até nas ruas. Do teatro tradicional a experimentações contemporâneas, sempre há opções acessíveis para quem quer curtir arte sem gastar zero.
Fique sempre de olho em programas porquê Sesc, Núcleo Cultural São Paulo, Theatro Municipal, CEUs e projetos independentes – muitos com ingressos gratuitos ou por tributo consciente. O teatro é para todos, e a cultura não tem preço. Veja a seguir algumas montagens em edital de terça-feira (6) até domingo (11).
A Falecida
Direção: Sérgio Módena
Camila Morgado é Zulmira na obra-prima “A Falecida”, de Nelson Rodrigues, sob direção de Sérgio Módena. Uma mulher que planeja seu próprio velório luxuoso, em um misto de comédia ácida e tragédia. A atriz brilha nesta sátira mordaz sobre vaidade e hipocrisia, com a habilidade de Módena em lastrar humor e negrume. Nelson Rodrigues em seu melhor – irreverente, cruel e genial.
Caixa Cultural São Paulo – terreiro da Sé, 111, Núcleo Histórico. De 6 a 11 de maio. Terça à sexta, 19h. Gratuito | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência
Nas Ondas do Rádio
Direção: Sebastião Apolonio e Roberto Taty
“Nas Ondas do Rádio” é o novo espetáculo dos moradores do Palacete dos Artistas, um prédio residencial mantido pela Cohab-SP talhado a amparar profissionais das artes, aposentados que passam por dificuldades financeiras ou não possuem moradias. A peça homenageia os anos dourados da rádio no Brasil, destacando a programação da icônica Rádio Pátrio e o Teatro de Revista. Haverá apresentações em três locais na capital, sempre com ingresso gratuita.
Teatro Cacilda Becker – rua Tito, 295, Lapa, região oeste. De 8 a 18/5, quinta a sábado, 20h30, domingo, 19h. Gratuito | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência
Umbigo do Infinito
Direção: Yuri Fidelis
O Coletivo Truvação apresenta seu teatro de rua pela primeira vez em São Paulo. Em “Umbigo do Infinito” uma moça procura ajuda: qualquer truque para enfrentar uma doença misteriosa. Sente sintomas nunca antes sentidos, tem a sensação de estar acompanhada mesmo estando sozinha. Em sua procura por qualquer conforto das dores, alguma trégua nas tonturas, alguma esperança de trato, ela se depara com estranhas criaturas, todas de olhos voltados para isso e responsáveis pelo inchaço de seu umbigo.
Rossio Roosevelt – sexta (9), às 19h; rua Dom José de Barros (ao lado da Galeria Olido) – sábado (10), às 19h; Minhocão (espaço 4) – domingo (11), 18h
Mirar: Quando os Olhos Se Levantam
Direção: Jé Oliveira
Quatro caminhantes percorrem lugares e histórias da América Latina em uma espécie de busca-viagem por pertencimento “Mirar: Quando os Olhos Se Levantam”. O espetáculo lança mão de expedientes contemporâneos para revelar o lastro da colonização, festejar a potência da volubilidade dos povos, e refletir aspectos contraditórios do nosso continente para mirar além das fronteiras. Ao longo deste semestre a peça percorre todas as regiões da cidade.
Teatro Alfredo Mesquita – avenida Santos Dumont, 1.770, Santana, região setentrião. De 9 a 11 de maio, sexta e sábado, 20h, domingo, 19h. Gratuito | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência
Ana Marginal – Um Navio Fundeado no Espaço
Direção: Nelson Baskerville
“Ana Marginal” é um espetáculo que mergulha na vida e na obra da poeta Ana Cristina Cesar, ícone da geração marginal dos anos 1970. Com um elenco formado por Bruna Brignol, Carol Gierwiatowski e Nataly Cavalcanti, sob a direção de Nelson Baskerville, a peça explora a força poética e a inquietação existencial de Ana C., trazendo sua escrita confessional e fragmentada para o palco de forma intensa.
Teatro Paulo Eiró – avenida Adolfo Pinho, 765, Santo Amaro, região sul. De 9 a 11/5, sexta e sábado, 21h, domingo, 19h. Gratuito | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência
Cavalo Insubmisso Não Se Amansa
Direção: Marcelo Soler
Em uma encruzilhada, expandida para um jardim comunitário, um estacionamento e um viaduto, abre-se uma fresta na cidade para resgatar a memória de José Miranda Rosa, o Mineirinho. Ele foi um “fora-da-lei” indiciado de vários crimes, porquê assalto à mão armada, e ficou espargido pelo morro da Mangueira porquê uma espécie de “Robin Hood brasílico”. A história é resgatada pela Cia. Teatro Documentário, com dramaturgia de Marcelo Soler e Éder Lopes.
Viaduto Júlio Mesquita Fruto (entre rua Major Diogo e Prof. Laerte Ramos de Roble), Bela Vista, região médio. Até 18 de maio. Sábado, 16h30 e domingo, 11h. Gratuito | Mediante suplente de ingressos na Sympla. É recomendado chegar com 30 minutos de antecedência ao lugar. Em caso de chuva, não haverá apresentação
Labirinto Sonido – Uma quase jornada de um meio herói
Direção: Ronaldo Adriano
“Labirinto Sonido”, com dramaturgia de Ana Flávia Garcia, explora memórias do elenco a partir de objetos pessoais, mesclando verdade e ficção. A peça aborda temas porquê sexualidade, traumas e relações de gênero, além de criticar o desenvolvimento desordenado da Amazônia, exemplificado por cidades porquê Subida Floresta, atraídas por promessas de prosperidade.
Teatro Arthur Azevedo – avenida Paes de Barros, 955, Tá da Mooca, região leste. De 9 a 11/5, sexta e sábado, 20h, domingo, 18h. Gratuito | ingressos retirados na bilheteria ou através da Sympla