O pretérito é a grande tendência do momento nos cinemas brasileiros. Um batalhão de filmes dos anos 1980, 1990 e 2000 invadiu as salas do país nos últimos meses, competindo em pé de paridade com as estreias de cada novidade semana.
As reprises variam, de séries porquê “Harry Potter” e “Star Wars” a hits nacionais porquê “A Hora da Estrela” e “Estômago”. Com boas médias de público, elas arrastam multidões em um momento de retomada das bilheterias nacionais. Elas contornam a crise com datas comemorativas e porquê marketing de continuações, a exemplo de “Os Fantasmas se Divertem”, cuja sequência chega aos cinemas nesta quinta-feira.
Também está em edital “Stop Making Sense”, famoso documentário de 1984 da margem Talking Heads. O filme chegou ao rodeio na semana passada com novidade remasterização, um ano depois dos cinemas americanos, mas a distribuidora O2 Play aposta cume na reprise —que conta até com sessões em formato Imax.
Boa segmento da crença da empresa se deve ao sucesso do filme no Instituto Moreira Salles, onde ganhou exibições especiais em março. O público lotou tão rápido as poucas sessões que o museu abriu novos horários, esgotados em uma hora.
O programa do IMS surpreendeu Igor Kupstas, diretor da O2 Play, que negociava a distribuição de “Stop Making Sense” na idade. “Quando vi que iam passar o filme, achei por um segundo que outra pessoa havia o comprado”, afirma o executivo.
Ele diz que a empresa tinha interesse na versão restaurada do longa desde a reprise lá fora, mas a negociação do título demorou a trespassar. A preocupação com um detença na distribuição desapareceu na euforia coletiva do início do ano.
Curador de cinema do IMS, o diretor Kleber Mendonça Rebento foi quem teve a teoria de trazer “Stop Making Sense” ao museu. Ele afirma que alinhou o seu libido de exibir o filme com a programação do cinema, que abriu espaço a documentários de música —porquê os filmes “Woodstock” e “Prince: Sign ‘o’ the Times”.
“Cada programação é um mistério, mas eu esperava”, diz o curador sobre o sucesso das sessões. “Não só o filme é sensacional, mas as salas estavam à fundura da qualidade de som. Foi impactante, do balacobaco.”
O mercado de cinema compartilha do exalo da O2 Play, vendo boa procura nas reprises. Caso emblemático é o de “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, que comemorou os 20 anos de lançamento com sessões em 4 de junho. Segundo a Warner Bros., mais de 500 milénio ingressos foram vendidos no dia, lotando salas ao volta do país.
O volume de público impressiona, em privativo porque foram 866 milénio espectadores que o longa conquistou na estreia no país em 2004. O estúdio também promoveu, no último domingo, uma maratona dos três primeiros capítulos da série.
Sucesso parecido aconteceu com “Coraline e o Mundo Secreto”, que voltou aos cinemas no mês pretérito para festejar os 15 anos da estreia. O Comscore afirma que a animação da Laika foi o quarto filme mais visto no final de semana retrasado no Brasil, com R$ 2,85 milhões arrecadados. A obra teve por cá um desempenho parecido com o dos Estados Unidos, onde foi o quinto mais visto no mesmo período —lá com US$ 12,5 milhões, ou R$ 69,4 milhões.
As reexibições também funcionam com obras nacionais. O filme “A Hora da Estrela”, adaptação de 1985 do livro de Clarice Lispector, voltou ao rodeio em maio, mas só saiu de edital no meio de agosto. Segundo a distribuidora Vitrine Filmes, mais de 20 milénio espectadores assistiram ao filme nos cinemas nos últimos três meses.
A reprise do longa aconteceu pela Sessão Vitrine Petrobrás, que destaca o cinema do país a preços populares. Mas o sucesso de “A Hora da Estrela” foi desproporcional até para o selo. Criadora do projeto, Silvia Cruz diz que o filme ultrapassou a bilheteria dos outros filmes do projeto, incluindo títulos antecipados porquê “Sem Coração”.
A teoria do relançamento pode ser a tendência atual no Brasil, mas tem pé na história do cinema. Responsável do livro “Hollywood e o Mercado de Cinema no Brasil”, Pedro Butcher diz que os estúdios trabalham com relançamentos desde a sua geração. Eles usaram as reprises primeiro para impulsionar novos artistas e, depois, para restabelecer o prejuízo de filmes nem tão muito sucedidos.
Para o pesquisador, a popularidade atual dos relançamentos envolve a crise do streaming, que virou problema ao testemunha. A multiplicação de serviços porquê a Netflix frustram o assinante, que tem contas demais e não sabe onde testemunhar aos filmes.
“O mercado audiovisual está desorganizado, em privativo no streaming”, diz Butcher. “Para uma segmento das pessoas, a experiência da sala volta a ser atrativa. A nostalgia da experiência coletiva se liga à nostalgia das memórias com as obras, além da vontade de ver coisas diferentes das novidades desses canais.”
A remasterização dos filmes em 4K é outro fator importante na disputa silenciosa da tela do cinema com a TV de morada. A tecnologia permite imagens muito mais nítidas, que melhoram a experiência da sessão, e por isso virou pilar na divulgação dos relançamentos —incluindo os citados “Stop Making Sense” e “A Hora da Estrela”.
“Existe um oceano de filmes e shows relevantes que, se apresentados de forma adequada nas imagens, nos efeitos e nos sons, merecem a sala de cinema. Assim, eles acham a sua audiência”, diz Igor Kupstas.
O diretor da O2 Play confirma que a empresa apostará em novos relançamentos. A próxima reprise da distribuidora é “Edukators”, sucesso boche de 2004 que está para ser agendado no calendário dos cinemas.
No marchar dessa carruagem, as distribuidoras seguem os passos dos cinemas de repertório, que viram no 4K uma maneira de atrair o público. Em São Paulo, estabelecimentos porquê o Cinesesc e o IMS usam o formato porquê segmento da divulgação já há alguns anos.
O Cinesesc em privativo investe de maneira considerável nessas exibições. No primórdio do ano, o cinema criou a mostra “Clássicos em 4K”, com sessões de filmes porquê o italiano “Noites de Cabíria” e o americano “O Exorcista”. Em agosto, estreou no país a imitação no formato de “O Fundo do Coração”, músico de 1981 dirigido por Francis Ford Coppola.
Coordenadora de programação do Cinesesc, Graziela Marcheti Gomes afirma que o 4K ajuda na missão do estabelecimento. “Esses programas importam na formação de públicos, unindo tecnologia de ponta com o conhecimentos dos filmes”, diz a curadora.
Calendário de reprises nos cinemas do Brasil em 2024
- 8/2: Duna: Secção 1 (lançamento da segmento 2)
- 4/5: Star Wars: A Prenúncio Fantasma (natalício de 25 anos)
- 16/5: A Hora da Estrela (Sessão Vitrine Petrobrás)
- 4/6: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (natalício de 20 anos)
- 6/6: 9 ½ semanas de paixão (natalício de 70 anos de Kim Basinger)
- 1/8: Estômago (lançamento de Estômago 2)
- 15/8: Coraline e o Mundo Secreto (natalício de 15 anos)
- 15/8: Os Fantasmas se Divertem (lançamento de Os Fantasmas Ainda se Divertem)
- 29/8: Stop Making Sense
- 31/8: Maratona dos três primeiros Harry Potter
- 19/9: Batman 1989/2022
- 26/8: Superman
- 28/11: Relatos Selvagens