Como Foi A Ccxp No México, Com Filas Curtas E

Como foi a CCXP no México, com filas curtas e sem gritaria – 06/05/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

A CCXP, maior feira de cultura pop do mundo, criada em São Paulo há dez anos, viajou até o hemisfério setentrião para lucrar uma edição na Cidade do México. O evento ocorreu entre sexta-feira (3) e domingo (5) no meio de convenções Citibanamex.

Foi, de certa forma, uma CCXP bastante similar à do Brasil, ao menos em termos de teor. Havia estandes de filmes e séries e TV, atividades interativas, espaços instagramáveis, souvenires vendidos a preços inflacionados, além da presença de astros de Hollywood.

Porém, uma diferença notável. A CCXP MX foi muito menos lotada e caótica em relação à no Brasil, que nos últimos anos vem sofrendo com corredores cada vez mais tumultuados e filas imensas.

A produção do evento mexicano estimou a passagem de 90 milénio visitantes ao longo de três dias. Para conferência, a última CCXP brasileira durou cinco dias e recebeu 287 milénio pessoas.

Isso não significa que a aposta no México foi malsucedida. Pelo contrário, a CCXP MX fez lembrar uma vez que é saudável curtir uma feira desentupida, uma vez que eram as primeiras no Brasil.

Na sexta-feira, os mexicanos caminhavam com tranquilidade, sem aquele empurra-empurra generalidade do evento paulistano.

Era provável gastar quanto tempo quisesse ponderando se compraria ou não um resultado, observando cada estande com calma, ou admirando uma obra qualquer no Artist’s Valley, espaço devotado a quadrinistas e ilustradores independentes.

Em termos de estrutura e espaço, a CCXP mexicana não fez mal-parecido para uma estreia. Foram ocupados 35 milénio m² do Citibanamax, exclusivamente três vezes menos que o tamanho da décima edição feita na capital paulista, que cobriu 115 milénio m² do São Paulo Expo.

O estande da Disney era o mais disputado. A empresa cobriu um largo pedaço do evento com espaços imersivos de “Planeta dos Macacos: O Reinado” e “Divertida Mente 2”, além de ter exposto uma nave imensa de “Star Wars” na intenção de publicar a série “The Acolyte”. Havia também um jogo inspirado em “Deadpool & Wolverine”, da Marvel.

Estas produções da Disney, que chegam ao público até o termo de julho, seriam consideradas velhas para a próxima feira em São Paulo, marcada para ocorrer entre 5 e 8 de dezembro.

“Fazer em maio culpa um efeito bacana porque a gente consegue manter uma conversa com os estúdios no ano inteiro”, diz Roberto Fabri, vice-presidente de teor e marca da CCXP. “Não podemos concorrer com nós mesmos.”

Fora a Disney, havia grandes estandes de empresas uma vez que Warner Bros., Max, Paramount e Mattel, todos com estruturas grandiosas que em zero perdiam para as feitas no Brasil.

A Warner, por exemplo, levou à CCXP MX uma escadaria inspirada em “Coringa” para publicar a sequência do filme que estreia em outubro. A Paramount, por sua vez, entreteu os mexicanos com um touro mecânico inspirado em “Yellowstone”. As filas para cada atividade não demoravam mais de 15 minutos.

Antes do México, a CCXP só havia migrado para Colônia, na Alemanha, em 2019. A capital do país latino foi eleita uma vez que novo direcção pela proximidade com Los Angeles, onde se concentra a produção cinematográfica dos Estados Unidos, conta Fabri, o executivo. As cidades ficam a respeito de quatro horas de voo.

Aliás, o México também tem um dos principais mercados de cinema do mundo. No ano pretérito, o país vendeu tapume de R$ 4,7 bilhões em ingressos, segundo o site Deadline, quase 42 vezes a mais que o Brasil, que comercializou R$ 113 milhões.

“Estar perto de Los Angeles gera uma facilidade para os artistas e executivos viajarem. Para levar um ator ao Brasil, precisamos de três dias da agenda dele. No México, se ele quiser, pode tomar moca da manhã com a família nos Estados Unidos e ainda jantar por lá no termo da noite.”

É o que fez a atriz Sydney Sweeney, que foi à feira na sexta-feira publicar o terror “Imaculada”. Ela pediu para seus negócios serem marcados para de manhã —à noite, teria um jantar imperdível em Los Angeles.

O evento recebeu também Amandla Stenberg, a protagonista de “The Acolyte”, série do universo “Star Wars”, atores de “A Mansão do Dragão”, prelúdio de “Game of Thrones” que chega à segunda temporada no mês que vem, além de segmento do elenco de “The Boys”, do Prime Video, que lança o quarto ano da série em 13 de junho.

Não foi uma constelação tão estrelada quanto a da última CCXP. Em dezembro do ano pretérito, só a Warner levou ao Brasil os megapopulares Timothée Chalamet, Zendaya, Austin Butler, Jason Momoa, Chris Hemsworth e Anya Taylor-Joy.

Os painéis que colocam os artistas em contato com os fãs também não tiveram a mesma força no México. Os atores de “The Boys”, por exemplo, que fecharam a programação de sexta-feira, foram saudados com uma recepção morna dos mexicanos se comparada aos gritos histéricos que explodem quando qualquer ator estrangeiro surge na feira brasileira.

Ainda que mais tímidos, os mexicanos aprovaram a CCXP. A arquiteta Fernanda Becerril, que trabalhou no planejamento do evento, disse permanecer impressionada por ver tanta cultura pop num só lugar.

“Parece que estou num universo completamente dissemelhante. Me sinto dentro de uma história em quadrinhos, de um livro e também de um filme”, disse, enquanto via passarem um varão fantasiado de Varão de Ferro, e uma moça vestida uma vez que o urso vermelho da animação “Red: Crescer É uma Fera”.

O jornalista viajou a invitação do Prime Video

Folha

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