Como O Bring Me The Horizon Conquistou A Geração Z

Como o Bring Me the Horizon conquistou a geração Z – 08/10/2024 – Ilustrada

Celebridades Cultura

Dizem as regras não escritas que bandas de metal precisam estar associadas à uma iconografia macabra, porquê caveiras, cadáveres e corvos, e desmandar do preto no visual e nas capas dos discos. Mas o Bring Me the Horizon, conjunto britânico muito popular entre os adolescentes, responsável por expandir o noção de música pesada no século 21, subverte essas regras.

No palco, tingido, a margem toca em frente a telões onde flutuam corações sobre fundo rosa. As capas dos discos podem trazer figuras com referências ao universo dos animes, a exemplo de seu novo álbum, lançado leste ano, “Post Human: NeX GEn”, que ainda tem título escrito em letras maiúsculas e minúsculas, porquê um chat dos primórdios da internet.

E as músicas são únicas —uma mistura de guitarras pesadas com elementos de pop e de eletrônica, base para os vocais às vezes cantados e às vezes berrados. Embora os metaleiros tradicionais ignorem a margem devido à sonoridade mais palatável e à postura de boy band, o Bring Me the Horizon soa fresco, novidadeiro, sem não ter feito duas vezes o mesmo disco em seus quase 20 anos de curso.

Em novembro, a margem volta para a capital paulista, em única apresentação, no estádio Allianz Parque, dia 30, ao lado dos também renovadores da música pesada Spiritbox. Completam leste mini-festival as menos interessantes Motionless in White e The Plot in You.

No auge da curso depois de ser indicada para um grammy por seu álbum “Senhoril”, de 2019, e encabeçado o importante festival inglês Download, a margem desembarca no Brasil com o show de seu mais recente disco, que saiu em maio e foi anunciado de surpresa no Instragram do vocalista, Oliver Sykes, numa foto em que ele posava de copeira lavando louça na cozinha de uma mansão brasileira —ele mora no interno de São Paulo.

“Leste é um dos discos mais coloridos que fizemos desde ‘Senhoril’, com uma grande variedade de sons diferentes e diferentes níveis de peso e coisas mais suaves. Tudo o que você ouve agora é o que sempre sonhei que a nossa margem seria, mas há dez, 15 anos detrás, nós não éramos musicalmente capazes de produzir o que estamos fazendo agora”, diz Sykes, em entrevista por vídeo.

No novo álbum, um liquidificador de referências musicais, acompanhamos o vocalista lidando com uma recaída em sua compulsão pelas drogas na fita “n/A”, que começa com os versos “oi, meu nome é Oli e eu sou um viciado”. Ele afirma que o disco tinha que inspecionar certos problemas seus, projetar aspectos que percebeu em si que não são bons e tratar de porquê ele os superou.

É um trabalho mais introspectivo em relação ao álbum anterior, “Post Human: Survival Horror”, lançado durante a pandemia e que lidava com a raiva gerada por aquela situação, pela crise climática e o estado universal do mundo, segundo o vocalista. Esse nervosismo se traduzia também na sonoridade, mais furiosa, com elementos do hardcore.

Por mais que o mundo estivesse parado durante a pandemia, a popularidade da margem deu um novo salto, impulsionada pelo trajo de uma de suas músicas mais antigas, “Can You Feel My Heart”, explodir e viralizar no TikTok. Sykes diz confiar que isto atraiu uma novidade geração de ouvintes para o grupo.

Prova disso foi o show que eles fizeram para dezenas de milhares de fãs em São Paulo, em 2022, porquê uma das principais atrações do festival de metal Knotfest. O público da margem —que ficou plantado na porta do hotel de luxo onde o grupo estava hospedado— é em universal mais novo, formado sobretudo por adolescentes e jovens adultos, até os 30 anos.

Para o vocalista, a margem conquista a geração Z por mesclar continuamente novos tipos de música em sua sonoridade, de modo que pareça sempre novidade. “É porquê nos mantemos frescos e animados em ser uma margem de rock.”

Mas a superficialidade do pop radiofônico também leva os jovens a procurarem a margem, ele diz. “Acho que a música pop hoje é de subida qualidade, mas muitas vezes falta a ela qualquer tipo de mensagem real ou emoção. Artistas porquê Dua Lipa e The Weekend fazem músicas incríveis, que podem falar sobre um ex-amor ou alguma coisa do tipo, mas elas nunca se aprofundam. Boa secção do pop é assim.”

“Os adolescentes sentem urgência de inspecionar a si mesmos e encontrar as respostas do por que eles se sentem uma bosta. Porque todos estamos deprimidos, todo mundo no mundo está deprimido em qualquer nível. E bandas porquê o Bring Me the Horizon estão aí para perguntar por que ou só manifestar isto em voz subida. É catártico reconhecer a dor e o terror”, acrescenta.

Sentimentos densos à secção, outro fator responsável pela grande popularidade da margem é a figura do vocalista. Magro, cimo e com o corpo tapado de tatuagens —incluindo o figura de uma pena na lateral do rosto—, o músico de 37 anos é um ídolo para os jovens que nasceram na era da internet e se tornaram uma geração ansiosa.

A julgar pelo repertório dos últimos shows da margem, o setlist da apresentação em São Paulo terá hits porquê “Mantra”, “Doomed” e “Throne” —a música mais ouvida do grupo no Spotify, com quase 460 milhões de plays— e faixas do novo disco. Mas nostalgia não parece fazer secção do vocabulário de Sykes.

“Eu não tenho teoria de porquê escrevi a maior secção das nossas melhores músicas. E se eu tentasse recriá-las, elas seriam uma versão piorada”, ele afirma, em relação a pedidos de fãs para que a margem retorne à sonoridade do disco “Sempiternal, de 2013, com o qual estourou.

“Percebi que você não pode redigir música para ninguém mais. Você tem que pensar: paladar disso? Isto me anima? E não se preocupar com o resto.”

Folha

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